Fogo Celestial

Especial Izzy e Simon


Quando Isabelle o telefonou pedindo que Simon a encontrasse, ela tinha uma voz muito triste que o deixou preocupado, mas ela não quis dizer o que havia acontecido o que só o deixou ainda mais ansioso.

Agora ele andava de uma lado para o outro – o que não era muito espaço - no apartamento que ele dividia com Jordan, esperando que Isabelle chegasse.

Quando a campainha tocou ele tropeçou na mesinha de centro, enroscou o pé na alça de uma bolsa jogada no chão e quase derrubou um copo do balcão antes que conseguisse abrir a porta quase arrancando-a das dobradiças. E quando ele viu o rosto de Izzy o que quase foi arrancado foi seu coração.

Sem dizer nada ele a puxou para um forte abraço, em seguida fechou a porta e a levou para o sofá, com seu corpo confortavelmente em seus braços ele lhe acariciava os longos e negros cabelos, esperando até que ela quisesse falar. Ele estava muito ansioso para saber o que tinha acontecido, se alguém a tinha machucado, mas ele ia esperar o seu tempo.

Não demorou muito, ela fungou em seu ombro, Simon notou que ela não estava chorando só estava muito triste.

- Obrigada. – Ela sussurrou.

Levantando a cabeça dela nas mãos para que pudesse olhar em seus olhos ele perguntou:

- Obrigado por que Izzy? – Simon nunca a tinha visto tão vulnerável, com os sentimentos tão a mostra.

- Por estar aqui.

- Eu vou sempre estar aqui.

Ficaram em silêncio por um momento novamente, contemplando o olhar um do outro.

- Um amigo de Clary... eu acho que é um amigo, apareceu lá no instituto. Ah Simon eu, eu não sei o que deu em mim, é só que... a história dele é tão triste.

Simon ficou em silêncio enquanto Izzy contava o que tinha acontecido no instituto desde que ela telefonou para ele dizendo que Alec e Clary estavam bem. Ela tremia levemente quando terminou e Simon não o conhecia, mas sentia uma certa inimizade com esse tal de Ben por ter feito Isabelle ficar tão triste. Ele ainda acariciava seu cabelo e agora seu rosto.

- Não fique triste assim. Você nem o conhece.

- Eu sei. Mas é triste não é? Ele era só um garotinho, você pode imaginar ir morar com os sinistros irmãos do silêncio deixando toda a família e tudo o que você conhece para trás? E ainda tinha, todo o resto. – Ela suspirou profundamente e se aconchegou nos braços de Simon. – Como eu disse eu não sei o que aconteceu comigo, eu só... fiquei triste. Obrigada por me ouvir.

Simon sorriu e olhou para ela meio envergonhado.

- Será que você não... está na TPM?

- É possível.– Ela se afastou e encarou ele. - Isso explicaria toda essa emotividade não é?!

Simon corou e murmurou. – Se você esta dizendo.

- Onde está Jordan? – Ela perguntou de repente.

- Ah, ele saiu, a dois dias, alguma coisa do preator lupus eu acho.

- Quando ele volta?

- Não sei. Por que o interesse? – Simon perguntou franzindo o cenho.

- Isso quer dizer que nós temos o apartamento só para nós. – Isabelle disse com uma voz muito, muito doce.

Simon corou e sentiu um estremecimento por todo o corpo.

- É. Isso é verdade. O que você tem em mente? – ele disse levantando uma sobrancelha em desafio.

Ela o pegou pela mão e o levou pelo corredor em direção ao seu quarto, entraram e ela fechou a porta, somente no caso de Jordan aparecer. Sem dizer nada ela o beijou, suavemente, lentamente, mas o cheiro a textura e os movimentos de Izzy não permitiram que Simon continuasse suave. Ele sentia-se queimando por Isabelle.

Ele a deitou em seu colchão, no chão, de repente desejando ter alguma coisa mais confortável para oferecer. Isabelle puxou a camisa de Simon por sua cabeça jogando-a no chão e passou para os botões de sua própria camisa enquanto Simon deixava uma trilha quente – mesmo tendo os labíos frios - de beijos molhados e pequenas mordidas por toda a extensão de sua pele. Era tão bom estar com ele, ela se sentia tão confortável e acolhida era como ela sempre pensou que seria a paz.

Isabelle acordou algumas horas depois com Simon passeando seus dedos por sua pele ainda sensível.

- Humm... isso é bom.

Simon sorriu e deu um suave beijo na testa de sua namorada semi nua. Ela usava um conjunto impressionante de lingerie de renda pêssego. Ela era mesmo linda, tão forte e corajosa e as pequenas cicatrizes esbranquiçadas que cobria todo seu corpo só o lembrava disso e fazia com que ela fosse ainda mais sexy, e ainda assim vê-la tão triste e vulnerável querendo sua atenção e seu carinho o lembrou que ela ainda era alguém que ele precisava de proteção, e ele faria isso, porque ele a amava muito.

Isabelle sabia que provavelmente tinha o melhor namorado do mundo e se sentia até mesmo um pouco culpada por não ter percebido isso antes. Ele a protegia, mas não a oprimia ele a ouvia mesmo quando ela era muito chata e ria quando isso acontecia, ele lhe fazia carinho mesmo quando ela estava emburrada e ele deixava que ela enfrentasse seus demônios – literalmente – sem achar que ela fosse quebrar como uma boneca de porcelana.

E ele nunca passava da linha com ela, por mais que as coisas esquentassem entre eles - e ultimamente isso estava sendo muito frequente – ele nunca a pressionava. Mesmo assim ela sabia que ele queria mais, mas ela nunca se sentiu pronta. Isso estava preste a mudar, ela se sentia pronta agora. Porque ela o amava.

- Simon – ela sussurrou – Eu amo você.

Ela sentiu o sorriso dele espalhando-se por seus cabelos e ouviu quando ele disse, também em um sussurro:

- Eu também amo você. Amo muito você.

E foi assim quando ela se levantou para beija-lo que ela viu a hora no relógio que Simon mantinha ao lado de seu colchão.

- QUATRO E VINTE DA MANHÃ? – Ela gritou e saltou pelo quarto procurando suas roupas. – Minha mãe deve achar que eu estou morta, e quando eu chegar em casa viva... ELA VAI ME MATAR.