Flor No Outono
Capítulo 1
O dia havia começado bem para a Rapunzel, o sol que entrava pela sua janela estava mais radiante do que nunca, o dia realmente parecia que a prometia alguma coisa diferente, algo com que se espantar, mas o que? Ela não sabia.
A garota desceu as escadas correndo feito uma doida e quase foi chegando ao fim dela, acabou tropeçando no seu próprio cabelo loiro.
-Rapunzel? É você?- Perguntou a mãe da garota, Gothel, com a mão sobre a adaga que escondia entre os seios.
-Sou eu, mamãe. –Respondeu a garota, se levantando e arrumando o vestido. –Bom dia!
-Por que esse sorriso bobo no rosto? Andou lendo aqueles romances de novo? Qual foi desta vez?
-Nenhum...- Disse ela com o rosto levemente corado, não queria contar que havia lido um diário de uma garota que a sua mãe a havia dado.
-Não minta! Foi Romeu e Julieta novamente?
-Não. Foi um daqueles diários que a senhora me deu uma vez.
-Diario? Hum...- Gothel fez uma pausa dramática.- Aquele da garota escocesa? – Rapunzel fez um sinal positivo.- Me conte qual parte você andou lendo?
-Foi no dia em que ela conheceu um rapaz mamãe... Nele ela diz que seus olhos eram azuis, seus cabelos brancos como a neve e sua pele fria como um floco de neve que cai no seu nariz, ela também que aqueles olhos azuis a fizeram sentir um pouquinho de peso no peito... –Dizia a Rapunzel com as mãos apertando o vestido na região dos seios.- E que queria fazer era apenas ficar ali o olhando, sem dizer nada...- Agora a garota estava com um olhar triste.- Mas ai o diário acaba, parece que a ex dona rasgou o resto das folhas, menos uma a qual diz. “Querendo ou não, sempre vou amar aquele pertubado do J.” O resto do nome está riscado e não consigo ler.
-Chega Rapunzel, essa historia me parece muito melosa de mais para uma garota como você, bom agora tenho que fazer algumas compras e você tem que arrumar a torre.
Após dizer isto, Gothel deu um beijo no rosto da garota de longos cabelos e se dirigiu a uma das janelas da enorme torre, onde desceu pendurada nos cabelos da garota.
...
Em Berk, Soluço estava mais enrolado que nunca na sua vida, tinha que ajudar o seu pai arrumando a pequena cabana, ele detestava o primeiro dia da primavera, por que justo nele, era tradição na aldeia arrumar a casa totalmente, tirar o pó até de cima do telhado, o que não era nada fácil para um viking magrelo igual a ele, mas com a ajuda de um certo dragão, isso se tornava mamão com açúcar.
E em menos de duas horas o viking já havia terminado o serviço o que o tornava livre para fazer o que quisesse e isso significava voar. Mas voar para onde? Já estava cansado de voar com Banguela pela ilha, queria ir para um local diferente.
Pegou a sela do Furia da Noite e colocou nele, mas quando já estava pronto para subir uma voz feminina o chamou.
-Hey Soluço! Vai para onde?- Perguntou a Astrid.
-Dar uma volta, só isso.- “Ela tinha aparecer agora?” Pensou ele.
-Então eu vou junto. TEMPESTADE!
-Não, não, não! Você não precisa ir junto Astrid.
-Está escondendo algo de mim? Agora que eu vou junto mesmo.- Disse ela.
-Olha eu vou dar um passeio entre homens! Só EU e o BANGUELA.- Falou ele apontando para ele e o dragão, que a olhava com uma cara de não a querer por perto.
-Ta bom.
Os dois voaram além da ilha de Berk, passando perto das outras ilhas que tinham em volta, como por exemplo a ilha das Ladras, onde uma conhecida sua morava, a pequena e ágil ladra Camicazi, uma garota com os seus 13 anos nas costas, com cabelos longos que iam até a sua cintura, loiro e todo bagunçado.
Continuou voando, até que finalmente pararam, em uma terra desconhecida. A paisagem era incrível, grandes arvores com as folhas num verde vivo, grama com algumas flores e perto deles havia um rio de água cristalina.
Soluço olhou para água e sem nem pensar duas vezes, tirou as suas roupas e só ficou com a sua coeca box e pulou na água, a qual estava numa ótima temperatura, ele chamou o Banguela, mas o dragão não quis ir, ficou perto do rio, de baixo de uma arvore.
O garoto nadou até suas mãos e pés ficarem enrugados, ele pescou alguns peixes para o amigo e ficou observando a paisagem até estar completamente seco, para poder vestir as suas roupas novamente e poder ir embora, apesar de não querer.
Enquanto terminava de se vestir, um gambá se aproximou dele e roubou o seu caderno de desenhos e saiu correndo, Banguela foi atrás do pequeno ladrão.
-Banguela!-Gritou Soluço correndo também.
Os dois seguiram o pobre animal, até Deus sabe onde, só que então o gambá entrou numa caverna coberta por uma folhagem que escondia a sua entrada.
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