Flashback

The Way You Look Tonight


The Way You Look Tonight chegou nos últimos acordes, as duas se olhavam de forma intensa. Clara mordeu os lábios, ela sabia o que queria, mas não podia, era casada tinha marido, filho, um casamento de 10 anos. Mas, ela queria, queria Marina como nunca quis nada na vida. A fotógrafa a olhava de forma intensa, apaixonada, mas por mais que quisesse a morena na sua frente, Marina não queria avançar no sinal e ser rejeitada no fim.

Com uma das mãos no rosto branquinho, Clara fez um carinho de leve em Marina e se aproximou, foi roçando os lábios de leve e deu um leve suspiro, sentiu Marina sorrir e prosseguiu, juntou os lábios das duas. De início uma leve pressão, lentamente os lábios se moviam um contra o outro, se conheciam e Clara foi mais adiante, usou começou a usar a língua, de início ela passou de leve por cima da pinta que Marina tinha a baixou do lábio inferior, para logo depois invadir a boca da fotógrafa e com a outra mão juntou o corpo de ambas ainda mais, envolvendo a cintura dela.

Marina de início não tinha reação, mas logo reagiu, se entregou ao beijo. As duas se envolveram, enquanto os corpos que anterior dançavam, estavam colados disputando o mesmo espaço, as duas começaram a dançar, as mãos passaram a dançar, ora tango, ora zumba, mas aquele era o momento mais sensual da vida das duas. Quando o ar faltou elas se separam.

- Clarinha, acho que estou até zonza. - Marina visivelmente tentava recuperar o fôlego.

- Não é só você. - Clara respondeu, ainda tinha a testa colocadas.

A morena começou a dar vários selinhos e depois um novo beijo, dessa vez o clima esquentou mais, as mãos de Marina entraram por dentro da blusa de Clara, arranhando de leve as costas dela. A morena não deixou barato, mordeu o lábio inferior da fotógrafa e a empurrou contra a pilastra, descendo a mão e apertando forte a bunda dela.

- Espera! - Surpreendentemente foi Marina que falou. - Vem cá. - Puxou Clara até o sofá. - Eu já me declarei várias vezes para você. E eu te amo. - Passou a mão o no rosto de Clara. - Sei que muitos diriam que não posso afirmar isso, porque te a conheço a pouco tempo. Mas, eu sei que é você. Bastou olhar para você naquela noite da exposição para saber que eu tinha finalmente encontro a pessoa para dividir uma vida. Eu te quero mais que tudo! Mas, me diz, o que você senti?

- Eu me sinto... - Clara começou a procurar palavras. - Eu me sinto como se pela primeira vez na vida eu estive fazendo algo certo. Aquele beijo que aconteceu instante atrás não foi somente o melhor da minha vida, acho que foi o primeiro. Eu digo isso porque mesmo sendo casada eu nunca senti o que sinto agora. Essa necessidade de você, o meu coração esta disparado e mesmo sabendo que o não adequado beijar você porque sou uma mulher casada. Beijar você foi a coisa mais certa que eu já fiz. Eu sinto que... não que eu tenha vivido uma mentira durante esses anos, é como se o que eu vive até agora tenha sido um mundo alternativo e perdido e que agora finalmente eu me encontrei, agora eu começo a viver. Eu me encontrei em você. O que eu sinto? Sinto que te amo! E sinto que finalmente isso que temos é amor.

Marina não conseguiu segurar o riso e nem as lágrimas, Clara também não se segurou. Se abraçaram, se beijaram e se abraçaram de novo.

- Não posso mais ficar casada. Porque aí deixarei o mundo alternativo por uma mentira. Eu vou me separar. - Clara se decidiu.

- Olha para mim. Faça o que tem que fazer, mas faz por você. Eu fico feliz em saber que você me ama, mas sei que uma separação é dolorosa.

- É. Amanhã mesmo eu converso com o Cadu, mas quanto a gente, eu quero e preciso estar com você. Mas, por hora, será que isso pode ficar entre a gente? Preciso desse tempo que não é nem para mim, é para o Ivan.

- Claro, ele agora é onde temos que focar. - Se aproximou e deu um selinho nela.

- Amor, será que a gente pode focar amanhã, é que eu preciso de mais beijos e carinhos? - Clara se aproximou dela. - E ficar agarradinha a noite toda.

- É mesmo?

- É, vou até ligar para Ju e pedir para ela avisar ao Cadu que vou dormir na casa dela, porque ficamos conversando até mais, tarde. E para ele levar o Ivan na escola, porque eu tive voltar para o trabalho cedo.

- Nossa, que cabecinha. - Marina colocou o dedo na cabeça dela. - Planejou isso tudo?

- Ah, então você quer que eu vá embora?

- Não. Nunca. Por mim, você vinha para cá com o Ivan e com o prédio todo se quisesse. - Marina levantou. - Liga para Ju, que eu vou pegar uma roupa para você dormir e te espero no quarto para gente namorar. - Deu um selinho na morena.

Marina saiu, Clara ria como uma boba e foi ligar para tia e depois encontrar sua amada.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.