Memórias....

Mike não estava entendendo nada, o que ele queria? "Se divertir? Esse traje é muito maluco, macabro, insano e tudo mais que puder distinguir ele. Será que quer me matar, pra se divertir?"

— Hã? Como assim?

— E-eu sei o q-que vo-ocê fez! - Estava sorrindo, parecia estar se divertindo muito.

— Do que está falando? - Estava confuso, ele não fez nada.

— Nã-ão se faça de b-bobo! O que você f-fez com su-ua irmã-ã, não foi n-nada legal.

— ...... M-minha i-irmã.... N-não foi minha c-culpa! - Não queria lembrar daquilo, era muito doloroso.

— Claro que fo-oi! Se n-não tivesse brigado com ela, nada d-daquilo te-eria acontecido. - Estava rindo alto e distorcidamente. Parecia adorar a reação de Mike.

"Talvez ele tenha razão.....", algumas lágrimas escorriam de seus olhos, fazendo o traje dourado sorrir. "Porque ele falou disso? Eu tentei tanto esquecer! Como ele soube disso?".

— Como s-sabe disso?

— Eu s-sei tudo sob-bre crianças que te-eve o mes-mo destino dela. - Sua voz ficou mais séria, parecia lembrar-se de algo.

— Porque faz isso? O que ganha f-fazendo isso? - Agora, estava chorando muito.

— ....... - O traje abaixa a cabeça, como se tivesse arrependido e parece ter acabado de acordar de um transe, seus olhos, que tinham púpilas brancas, voltaram a serem vazios. - D-desculpa... - E desaparece.

"O que ele quer? Me faz sofrer e depois, pede desculpas? Esse traje é um cretino!!!" Mike se joga no sofá, ainda chorando e tem a memória que tanto queria esquecer.

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Em 90, Mike, com 15 anos, andava pelas pessoas da festa de aniversário de seu amigo. Estava com sua irmã, Aya, de 12 que corria por ele, animada; ela pulava sem parar.

— Mike, Mike! Estou amando essa festa e você?

— Hahaha, eu também.

Até que é chamado pelo seu amigo, o aniversariante. Perguntou o que ele queria logo, precisava ficar atento na Aya, ordens de sua mãe.

— Olha, cara. Aquele teste que você fez pra tentar entrar na escola de música. Disseram que não dá pra você entrar, você não é o talento que eles querem.

— Você tá de brincadeira, né? Só pode ser pegadinha.

— Desculpa, cara. Dessa vez é sério. - E sai, deixando Mike ali, sem acreditar no que tinha ouvido.

"Quem eles pensam que são? Dediquei quase minha vida toda pra tocar em uma banda e eles me descartam assim?", estava furioso. Aya chega, animada com sempre.

— Deixa de moleza, vamos festejar, é pra isso que serve uma festa!

— Aya, me deixa. Quero ficar sozinho.

— Ah, qual é? Vamos! -Começa a puxá-lo pelo braço.

— Para, Aya.... Aya, Aya! EU JÁ DISSE QUE QUERO FICAR SOZINHO!

— ......N-nossa, ok. V-vou te deixar sozinho..... - E sai correndo, chorando. Ela era muito sensível.

Mike olha e se arrepende de ter gritado com ela, vai atrás dela, para se desculpar. Ela foi para a rua, estava bem escura, por ser noite. Ouviu seu grito, saiu correndo em direção ao grito, desesperado. Foi parar em um beco, e viu sua irmã caída no chão, em volta de uma poça de sangue.

— N-Não! Aya, Aya! - Ele dá alguns passos para trás. E sai correndo, pra pedir ajuda.

Ao chegarem, já era tarde demais pra ajudá-la.....

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Mike já conseguira parar de chorar, mas ainda estava muito mal, levantou-se e resolveu sair, para tentar esquecer aquela conversa com o traje dourado. Avistou Henry, que ao ver, vai falar com ele.

— Oi, Mike! Tudo bem?

— Oi, tudo....

— Aconteceu alguma coisa? Parece triste.

— N-não é nada, só estou um pouco desanimado hoje.

— Então, tudo bem. Ah, e amanhã podemos vasculhar a cidade, pra encontrar o Alex, ok? Eu tenho que ir, negócios da pizzaria. - E sai, deixando Mike ali, pensativo.

"Não posso deixar isso me afetar, tenho que me distrair." Ele vê uma amiga de infância que não via há muito tempo, Bella. Vai até ela.

— Bella, é você?

— Sim. Mike? Quanto tempo.

— Verdade, o que faz aqui?

— Ah, eu estou indo pro trabalho. Mas, se quiser posso ir na sua casa, pode me dar o endereço.

— Ok. - Pega um papel e caneta no bolso e anota. —Aqui!

— Certo, preciso ir, agora. Tchau!

Mike estava um pouco melhor, reencontrar sua amiga de infância foi muito bom. Anda um pouco no parque e vai fazer compras, com um pouco de dinheiro, para guardar até receber o pagamento. Ele volta à sua casa e resolve dormir um pouco, ainda lembrando daquele dia. Ao acordar, há um bilhete em sua cama, ele pega e pôs-se a ler:

"Que ironia! Aquela menina que eu matei no dia daquela festa, era sua irmã. Mas, não fique triste, eu não sabia. Se soubesse, deixaria ela viva. Só que não, hahaha! Está chegando o dia em que vou te visitar, aguarde! ;)

Purple Guy"

Mike não acreditava no que tinha acabado de ler. "F-Foi o Purple Guy! Como não pensei nisso antes!", nesse momento, ele ficou furioso, rasgou o bilhete e caiu na cama. E ouviu uma risada alta, mas ignorou. Naquele momento, só queria encontrar Purple Guy e exterminá-lo.

Continua.....