– Claire... Eu te amo – Sussurrei a poucos centímetros de seu rosto. Aproveitei para recuperar meu fôlego daquele beijo intenso.

– Você não me contou... – Suspirou. Ela estava brincando com os pequenos fios de cabelo em minha nuca enquanto me olhava nos olhos.

– Eu iria te contar... Mas não agora, porque pensei que meu pai não iria para o Oregon... Até que... - Fiz uma longa pausa. Não queria ter a necessidade de contar para ela que eu iria embora ao amanhecer...

– Até...?

– Até ele contar que vamos embora amanhã...

– Dean... – Suspirou e me afastou-me a um braço de distancia de seu corpo.

– Essa é minha ultima noite aqui... – Suspirei de olhos fechados sentindo uma facada em meu coração a cada palavra daquela frase. – Me perdoe por não ter te contado...

– Isso é sério? – Perguntou ainda incrédula.

– Infelizmente... O pior é não saber quando vou voltar... – Senti-me ainda pior. Ir é uma coisa, pois sempre voltamos, agora, ir e não saber quando voltar é algo completamente diferente.

– Eu te odeio - Soltou outro longo suspiro e me deu um leve soco no ombro. – Te odeio por me fazer te amar... E te odeio mais ainda por ter que ir... Odeio ter que ficar longe de você... Odeio ter que suportar tudo isso... - Desabafou. Notei algumas lagrimas se formarem ao redor de seus olhos enquanto ela dizia. - Mas amo ter que te odiar... - Sorriu fraco e me deu um longo selinho que se tornou um beijo de necessidade antes de se tornar ainda mais urgente e voraz.

Suas mãos estavam arranhando levemente meu pescoço enquanto as minhas passeavam pela extensão de seu corpo conhecendo suas curvas mais minuciosas. Atrevi-me a deixar minha mão entrar por sua camiseta e percorrer de sua barriga até suas costas. Sua pele quente e macia causou-me alguns pequenos arrepios.

– Vamos entrar... Não tem ninguém... – Disse sem fôlego e puxou-me para dentro fechando a porta atrás de nós.

Fui puxado pelo braço até chegar em um corredor escuro que me levou até o quarto dela. Era um cômodo grande e meio claro devida o marrom sutil que coloria as paredes. Mas não pude observar muito o local, antes mesmo de me ‘acostumar’ com o que estava vendo, Claire estava novamente em meus braços puxando-me para um outro beijo urgente o qual fui jogado contra a parede e tive as camisas tiradas com agressividade.

Abri um sorriso malicioso com sua atitude e retirei sua camiseta da mesma maneira e deslizei meus dedos pelas suas costas abrindo seu sutiã. Por um longo momento, fiquei imóvel observando seus seios perfeitamente esculpidos com as mais perfeitas curvas que eu havia visto em toda a minha. Sua pele era pálida e mantinha o mesmo tom por todo seu corpo, diferente da minha que variava em algumas partes e não era tão macia quanto a dela. Percebi que meu olhar deixou-a sem jeito, pois bochechas coraram.

– Você é linda... – Disse. Acariciei seu rosto com as costas da minha mão e voltei a beijá-la com mais calma apreciando cada segundo como se fosse o ultimo ao lado dela.

Empurrei-a para a cama e deixando-a sentada na mesma e fiquei em sua frente agachado observando-a por um longo momento.

– Que foi? – Perguntou quebrando o silencio que havia se formado entre nós.

– Não quero que você faça isso só porque estou indo embora... – Expliquei o motivo por ter ficado daquela maneira.

– Estou fazendo isso porque quero você... – Disse sem jeito. Abri um largo sorriso e mordisquei seu pescoço fazendo-a sorrir também

Arranquei sua calça jeans um pouco mais agressivo dessa vez. Avancei sobre seu corpo deitando-a na cama e ficando por cima perfeitamente encaixado entre suas pernas. Nos olhamos fixamente e sorrimos. Suguei fortemente seu pescoço sentindo seu gosto delicioso e tracei um caminho de beijos até seu maxilar e, por fim, retornei a sua boca iniciando uma guerra de línguas que tirou nosso fôlego em pouco tempo.

Senti suas mãos se movimentando um pouco abaixo da minha cintura desabotoando minha calça. Seu toque deixou-me ainda necessitado dela e de tê-la só para mim... Aos chutes ela conseguiu me separar das minhas calças libertando meu membro já rígido de desejo. Foi interessante ver como meu corpo estava interagindo com seus toques.

Passei minha mão na parte interna de sua coxa causando-lhe alguns arrepios e subindo em direção a ultima peça de roupa que lhe restava; sua calcinha que foi arrancada apressadamente. Senti-a estremecer um pouco com meu toque próximo ao seu sexo já molhado devido as ‘preliminares’ – se é que podemos chamar aquilo de preliminares -.

Antes de deixar meu membro invadi-la, penetrei alguns dedos abrindo caminho e facilitando minha movimentação dentro dela. Senti-a gemer com meu toque mais ousado e, depois de algum tempo acariciando-a com alguns certos movimentos naquela região, penetrei com meu membro dando inicio a movimentos mais rápidos que lhe proporcionaram mais prazer e que me deixaram ainda mais excitado.

Ela puxou-me para um beijo mais intenso e diferente enquanto eu me movimentava cada vez mais rápido dentro de seu corpo. Suas mãos alternaram entre puxar meus cabelos e arranhar minhas costas enquanto abafava seus gemidos beijando-me cada vez mais. Claro que, para me provocar, ela se contraiu algumas vezes apertando meu membro dentro de si e depois jogou-me para o lado da cama, subindo em meu corpo e obtendo controle da situação. A cada toque que sentia, eu ficava ainda mais enlouquecido.

A química que estava tendo entre nós era surreal, parecia que nossos corpos foram feitos um para o outro. Nos encaixamos perfeitamente e ‘dançávamos’ conforme o ritmo da musica. Nossos lábios que se moldavam a cada novo e mais intenso beijo que poderíamos trocar e a cada toque era como se uma corrente elétrica passasse por nossos corpos.

Nossa noite foi assim, cheia de sedução, desejo, toques, carinhos, necessidades e amor. Algumas vezes perdíamos completamente o controle deixando o fogo do amor tomar conta dos nossos corpos e nos deixar como perfeitos animais e, outra hora, nos acalmávamos e trocavamos caricias. Mas, afirmo que foi a melhor noite da minha vida...

...

Ela dormiu algumas horas depois de nos acalmarmos e chegarmos ao ápice do prazer. Nisso, alua estava no topo do céu clareando um pouco aquele quarto escuro e eu estava deitado embaixo dela acariciando seus cabelos loiros e sedosos enquanto pedia a Deus que tornasse aquele momento eterno, pois sabia que, ao nascer do Sol, iria embora...

Observei-a dormindo relaxadamente aninhada sobre meu corpo levemente musculoso. Tentei memorizar minuciosamente cada parte de seu corpo na esperança de ‘senti-la’ quando pensasse nela, ou seja, ‘tê-la’ ao meu lado a cada segundo do meu dia...

Pouco tempo depois, para mim, mas horas para os demais, o Sol, anunciando o amanhecer, bateu em nossos corpos e nos confortou um pouco com seu calor, entretanto, irritou-me por ter surgido no horizonte anunciando um novo dia...

– Oi... – Murmurou meu nome e se aninhou ainda mais em meu corpo.

– Oi amor... – Sussurrei.

– Obrigada por ter me feito feliz... – Disse em um ronronar.

– Obrigado por ter me permitido... – Sorri torto.

– Posso te perguntar uma coisa? – Pediu afastando-se do meu corpo e sentando-se ao meu lado.

– Acabou de perguntar, mas eu te deixo fazer mais uma – Sorri e deixei-a perguntar o que queria.

– Foi sua...? – Ela não conseguiu terminar deixando o resto a minha escola, mas sabia ao que ela se referia só com aquilo.

– Minha segunda vez... – Admiti cabisbaixo ao me lembrar da primeira garota com a qual perdi minha virgindade por diversão, não por amor, do jeito que pensei que tivesse sido... Porque somente com Claire descobri o que era o significado do amor... e somente com ela aquilo havia sido especial...

– Relaxa... – Disse ao ver minha reação. – Mas... Você foi meu primeiro... –Sussurrou muito baixo, mas o suficiente para que eu ouvisse.

– Te amo... – Sussurrei em seu ouvido e dei-lhe um longo selinho.

– Te amo mais... – Sussurrou de volta com um sorriso torto.

– Prove – Desafiei-a.

– Você foi meu primeiro. – Lançou-me uma piscadela.

– Isso não é justo – Resmunguei de braços cruzados.

– Quem disse? – Perguntou com um lindo bico irresistível.

– Eu... – Disse após mordiscar seu bico.

Fomos interrompidos pelo som do toque do meu celular tomando conta de todo o quarto. Joguei minha cabeça para cima e bufei enquanto ele continuava tocando jogado no chão no canto do quarto.

– Você precisa ir... – Ela disse segurando minha mão e brincando com meus dedos.

– Não quero ir... – Respondi querendo afastar aquele fato da minha vida.

– Não brigue ainda mais com seu pai... Sempre vou estar aqui pensando em você... – Ela disse com um sorriso fraco no rosto.

Levantei-me e peguei minhas roupas vestindo-as sem a menor vontade. Percebi um olhar safado de Claire seguido de uma mordida em seu lábio inferior como se estivesse se lembrando de algo. Levantei minha sobrancelha e abri um meio sorriso safado.

– Suas roupas escondem muitas coisas suas... – Disse ainda mordendo o lábio inferior. Ri com aquela cena.

Novamente, meu celular começou a tocar e, de raiva, peguei-o e arranquei sua bateria jogando no bolso de trás da minha calça. Passei as mãos sobre meus cabelos puxando-os de raiva.

– Dean... – Disse meu nome e se levantou caminhando até mim, nua. Meus olhos, novamente, tomaram conhecimento de seu corpo perfeitamente esculpido e maravilhoso. – Safado. – Revirou os olhos e pegou minha camisa xadrez vermelha e preta vestindo-a

– Ficou perfeita... – Observei-a vestindo minha camisa que ficava um pouco comprida nela ficando apenas a 2 palmos acima de seus joelhos.

– Eu sei e agora ela é minha – Disse com um sorriso no rosto e arregaçando as mangas até seu pulso tirando-as de suas mãos.

– Claro... E tem meu cheiro nela

– Não diga! – Recebi como resposta pelo obvio.

Claire acompanhou-me até a porta desanimada tanto quanto eu em relação a minha partida e, antes que saísse, virei-me para ela, puxei-a pela cintura trazendo-a para mais perto do meu corpo e disse:

– Vou estar pensando em você a cada segundo do meu dia...

– Eu também vou estar pensando em você... Mas, por favor, não me torture ficando muito tempo longe... Volte logo... – Pediu completamente triste.

– Eu prometo... – Selei minha promessa com um beijo longo e intenso cheio de amor saudades do que iríamos passar.

Reuni todas as minhas forças para conseguir me afastar dela, foram necessários longos segundos antes de deixá-la ali e partir para minha casa rumo em direção ao Oregon. Então, no momento em que consegui o necessário, soltei-a e caminhei para fora de seu apartamento sem olhar para trás, pois sabia que se fizesse aquilo, não iria mais conseguir partir. Entretanto, antes de virar o corredor, olhei para sua porta e pude vê-la ali com algumas lagrimas no rosto enquanto eu me afastava.

– Te amo... – Disse enquanto algumas lagrimas se formavam em meus olhos.

– Também te amo... – Respondeu e encostou a porta.