Final Fantasy XV - Another Tale

Ano 756 da Era Moderna, 11 de Outubro - Parte 2


O sol já estava perto de seu crepúsculo quando chegamos. Os Rochedos eram íngremes de mais, tivemos que pegar nossas coisas da caminhonete para continuarmos. A vovó, obviamente pela idade, tinha certas dificuldades em subir pelo caminho nada fácil ao topo. O caminho era longo, e com a velocidade que estávamos, temia de a noite chegar antes de nós subirmos até o cume. Quando estávamos próximo da metade do caminho, Spot começou a latir desesperadamente, eu não sei por que, ou para o que, só sei que aquilo poderia chamar atenção dos animais selvagens da região, que não eram muito conhecidos por serem amigáveis.

Eu até tentei acalmar Spot, porém ele correu em direção ao topo dos Rochedos, meu pai falou para eu ir atrás dele, assegurou que iam nos alcançar depois. Então segurei bem minha mochila, e fui correndo atrás de meu cachorro, estávamos quase no topo quando finalmente vi Spot parado. Ele estava olhando outro cachorro, parecia ser um Malamute com um rosto semelhante de um Shiba, mas o que tinha me chamado atenção era seus olhos amarelos e um laço preso em uma de suas pernas.

Ele olhava fixamente para mim, então virou-se e foi em direção a algumas rochas, foi então que escutei uma voz.

— “Em Ravatogh há apenas arrependimentos que nos assola até hoje. Porque fugir para um o tumulo de um deus morto, jovem?”

Era uma voz grave e rouca, ela ecoava em minha mente, como se eu mesmo tivesse imaginado. Trazia uma sensação etérea, o que dê certo me arrepiou no momento. Por meio de tropeços nas palavras, perguntei quem era. Ele apenas respondeu como alguém muito importante esquecido pelo seu próprio povo. Novamente me cobrando a resposta de minha invasão.

— “Eu sou só um humilde fazendeiro buscando um lugar seguro dos demônios.” – Respondi.

O espírito então mencionou que lá não era diferente de nenhum lugar do mundo.

— “A escuridão irá tingir tudo e todos que a tocar, é inevitável. No entanto, para ter luz deve ter trevas, o expurgo da praga milenar está premeditado a acontecer e por fim encerrar esse ciclo sádico, porém justo.”

Me perguntei o que espírito queria dizer com isso, mas o mais importante era saber que Ravatogh não era segura, eu e minha família estávamos presos em uma montanha que logo ficaria lotada de demônios. O só sol já tinha ido embora, sobrando apenas um laranja cada vez mais escuro no céu. Mesmo se chegássemos na caminhonete, não teríamos combustível para ir a outro lugar, isso é, se houvesse outro lugar. Enfuriado e desolado perguntei para voz, o que eu deveria fazer então, se deveria aceitar minha morte ou esperar por um milagre dos deuses.

— “Milagres acontecem nos momentos certos, jovem servo Lucis, não perca sua esperança. Lucis precisará ser protegida por aqueles quem amam e protegem todos”.

As rochas a frente do cachorro tinham se tornando gradativamente transparentes até não ter mais nada. Um caminho secreto, pensei. O cachorro estranho prosseguiu por ele, aquilo era uma deixa para segui-lo. Tínhamos chegado em que parecia ser uma tumba, em cima da porta havia um símbolo que eu tinha reconhecido com tamanha facilidade como qualquer um dessa nação, era o brasão real, eu estava à frente de uma das tumbas perdidas dos reis antigos.

— “Você é um dos reis de Lucis?” – Tinha perguntado para o espírito.

— Uma vez servi ao meu povo contra os demônios, contudo, os deuses tinham outros planos, eu não estava destinado a ser o Rei da Luz, mas sim meu descendente de gerações posteriores. Minha missão era proteger o cristal e dar continuidade a linhagem. Hoje, vejo as trevas tornando em ruínas tudo o que eu, meus ancestrais e meus descendentes construíram. Assim como foi previsto pela oraculo, assim como nos preparamos para esse dia.

É inacreditável, eu tinha falado com um rei de Lucis, eu queria saber muito mais, fazer tantas perguntas. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele conjurou um juramento.

— Os demônios logo estarão aqui, e se nada for feito, vocês irão sucumbir antes do rei escolhido voltar de seu sono cristalino. O que resta a fazer é o que nós tínhamos feito, lutar. Então pergunto a você, jovem servo de Lucis, você defenderia seu povo, e usaria sua força contra e somente ao mal que ameaça o mundo? Lutaria pela sobrevivência da humanidade até a chegada do rei que irá trazer os tempos de luz?

Ainda não entendo muito bem por que o do juramento, mas eu tinha aceitado e faria de novo. Não faz um minuto que não penso em minha família. Quando aceitei, o símbolo da tumba começou a brilhar, o espírito falou para eu erguer minha mão. Fazendo-o o que ele ordenou, surgiu em minha mão uma pedra com um símbolo.

— Lute com o poder dos reis de Lucis, seja a lâmina do rei escolhido, use o símbolo do Feroz com orgulho. Vá para Lestallum, lá você encontrará o seu destino.