Logo que Kate ficou grávida da Lily, Jim Beckett fizera uma reforma espetacular no chalé visando hospedar a família e amigos. O chalé de agora, em nada lembrava aquele que outrora só havia acomodações para abrigar Jim, Johanna e Kate.

Antigamente, eram apenas poucos cômodos no chalé: uma sala, uma cozinha, a suíte dos pais de Kate, o quarto dela e um banheiro principal. Com a reforma, o chalé foi completamente ampliado. Na verdade, foram construídos muitos outros cômodos. Ampliou a área social e a cozinha, bem assim o número de quartos, todos amplos com banheiros contíguos. Jim também fizera um serviço excelente de calefação, instalando novos aparelhos para aquecimento e/ou refrigeração, a depender da estação do ano, que abrangia todo o chalé, inclusive, o salão de jogos.

Diante da transformação sensacional do chalé, Kate passou a frequentá-lo mais vezes com sua família, o que incluía Martha, Alexis com o marido e filhos e sempre que podia, ainda levava os dois casais de amigos, Esposito & Lanie e Ryan & Jenny com seus respectivos filhos.

Kate respeitava e admirava Martha, a quem tinha um amor de mãe, e a cada dia que passava, ficavam mais próximas. Se entendiam com um simples olhar.

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Alexis e seu marido, Benício, eram médicos e trabalhavam no mesmo hospital. Ela era Pediatra e ele, um excelente Cirurgião Geral. Ambos conseguiram férias juntos para irem à Cabana.

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Jim Beckett havia ido na frente para organizar a casa com ajuda de uma antiga governanta e uma eficiente ajudante. Tudo estava limpo e cheiroso. A dispensa e as geladeiras estavam cheias e sortidas com todo tipo de alimento que a família e os convidados pudessem precisar.

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Era final da manhã do dia 25 de dezembro. Castle e Benício guiavam seus veículos com suas respectivas famílias. Martha ia no banco de trás do carro da Alexis, entre seus dois bisnetos.

A viagem foi tranquila e rapidamente chegaram e se acomodaram no chalé.

Com exceção de Jim e Martha que tinham seus quartos separadamente, cada casal teria seu aposento.

Todas as crianças ficariam acomodadas em dois quartos muito espaçosos, um para todas as meninas e outro para todos os meninos. Cada um deles havia seis camas de solteiro.

Kate e Alexis, mães experientes, guardaram as roupas e os brinquedos dos seus respectivos filhos.

As crianças brincavam no amplo salão de jogos ao mesmo tempo em que os adultos permaneciam na área social.

Jim, Martha e Benício emplacaram em uma conversa animada sobre viagens, enquanto Kate, Castle e Alexis preparavam almoço para todos e de onde estavam, dava para ouvir as risadas, vozes e os gritinhos divertidos das cinco crianças que se divertiam lá do salão de jogos.

No momento em que preparava um alimento, Alexis comentou sobre a estrada — Ainda bem que fizemos uma ótima viagem. Não choveu nem nevou.

— O Serviço de Meteorologia avisou que pode nevar esta noite. – Castle lembrou.

— Ainda bem que o tempo ainda permanece bom, igual como pegamos na estrada. – Kate comentou feliz porque a viagem foi ótima, sem nenhum imprevisto.

Esposito e Ryan só chegariam com suas famílias no início da noite do dia 26 de dezembro.

— Kate, as crianças estavam dando muita risadas e gritinhos próprios de zoação deles, só que agora estou achando que elas estão muito silenciosas. – Com ar preocupado, Alexis olhava para Kate e para o pai.

— Elas estão concentradas nos jogos. – Castle argumentou.

— Quem? Os gêmeos e o Thomas juntos? Silenciosos e concentrados? Acho difícil, viu? – Alexis duvidou e sorriu. — Pai!! Helooo!

— E a Lily e a Emilly também são traquinas na hora do jogo e estão muito silenciosas. – Kate lembrou.

— Vocês duas estão vendo problemas onde não existe. – Castle insistia em acalmar sua esposa e sua filha.

— Olha, gente, criança brincando e jogando dando risadas e gritinhos é sinal de saúde. Neste momento, não encaro o silêncio delas com bons olhos. – Kate declarou — Alexis, fique de olho nesta panela que eu vou lá no salão de jogos ver o motivo deste silêncio esquisito.

Kate enxugou as mãos no pano de prato e foi na direção do salão de jogos.

Assim que abriu a porta francesa, não demorou dois segundos e ela retornou com a tez pálida e, quase gritando, falou com desespero normal de mãe — CASTLE, AS CRIANÇAS DESAPARECERAM. A PORTA LATERAL DO SALÃO QUE DÁ ACESSO AO PÁTIO ESTÁ ABERTA E AS CINCO CRIANÇAS NÃO ESTÃO LÁ DENTRO... E NEM LÁ FORA.

Continua...