Feito no campo - VyV
Capitulo 37
— Para que não tenha duvidas de que agora será diferente! - tirou de dentro os papel e rubricou todas as paginas onde estava marcado e ao final guardou novamente dentro do envelope e voltou seus olhos a ela. - Oficialmente livre para a mulher que eu amo!
— Você tem muito que ser aprovado para ser o marido da Sandoval aqui! - piscou no final da frase e ele riu. - Vamos que eu estou com fome!
Victoriano então gargalhou e com o envelope na mão foi até ela a agarrando por trás e eles se foram depois de ele deixar o envelope com a secretaria para que entregasse a seu advogado.
(...)
Victória estava deitada no meio das pernas de Victoriano na sacada da fazenda, ele acariciava os braços dela carinhosamente e o sono já queria tomar conta de seu ser, estavam apenas de roupão depois de fazerem amor e seu corpo relaxava como não ficava há dias. Victoriano sorriu por tê-la ali em seus braços agradecendo por não brigarem como estavam fazendo sempre desde que Inês havia mentido, olhou para a barriga dela e tentou afastar os pensamentos que teve nas palavras que ela proferiu no momento de raiva.
— Agora você pode me dizer o porquê de estar tão desesperado ao chegar na empresa! - não iria conseguir descansar sem fazer aquela pergunta.
Ele riu.
— Por que sempre está desconfiando das coisas?
— Porque eu não nasci ontem! - o olhou. - Ela te chutou do hospital e ai você veio atrás de mim?
Ele gargalhou e a puxou para que sentasse e pudesse olhar em seus olhos.
— Se foi assim como está dizendo, você foi fácil de mais! - brincou e ela o beliscou.
— Você é um presunçoso!
— Eu te amo e é isso o que importa! - tocou o rosto dela. - Eu quero que peça para as meninas virem para cá pra que eu te peça em casamento oficialmente.
Victória levantou de seus braços por um momento e sentou de frente para ele abrindo seu roupão o fazendo rir.
— Eu acredito que não seja um bom momento para que isso aconteça já que seus filhos não estão para festa com a mãe no hospital e minhas filhas estão de castigo! - abriu o roupão dele também.
— Estou tratando de um assunto com a senhorita e sou abusado desse jeito? - a puxou mais juntando seus corpos como deu.
— Eu não te vejo reclamar! - o beijou na boca.
— Meu amor, você estava quase dormindo... - a segurou pela cintura.
— Mas agora já despertei! - sorriu de lado.
— Você está tão linda com essa barriguinha. - olhou acariciando a filha. - Oi filha, papai te ama.
Ela riu do jeito dele e quando ia falar se recordou da consulta.
— Meu Deus, Victoriano, você me fez esquecer da consulta em que ia saber o sexo do bebê. - ficou de pé pra pegar o celular.
Ele a olhou entrar no quarto e fechou seu roupão.
— E não ia me avisar Victória?
— Avisar? Como ia avisar se eu mesma esqueci-me da consulta. - suspirou. - Você está me deixando uma irresponsável. - colocou o telefone no ouvido.
— Eu poderia te ajudar a lembrar se você me comunicasse as coisas da nossa filha! - ficou bravo.
— Por favor, eu não quero brigar com você!
Ele respirou fundo e ela reagendou a consulta para o dia seguinte e o olhou assim que desligou o telefone.
— Pronto, amanhã cedo teremos que estar na consulta. - tocou a barriga. - Victoriano, eu não te quero chateado por uma coisa que está imaginando e não é! - ele a olhou. - Independente de nossos problemas e você não ter sido um bom namorado, eu não vou te tirar o direito de ser pai da nossa filha ou filho.
Ela se aproximou mais dele colocando a mão em sua barriga.
— Ultimamente só temos brigado e se continuar assim é melhor que a gente seja somente pais. - foi verdadeira. - Eu abaixei a guarda depois de você não acreditar em mim e reconheço que você também está tentando, mas uma coisa por mínima que seja a gente já se altera e se for pra ser assim, eu não quero!
— Eu te amo!
— Eu também te amo, mas nem todo amor do mundo sustenta uma relação se não tiver todo o resto. - era a primeira vez que conversavam sem se alterar. - Eu quero estar com você e sei que você também quer estar comigo, mas precisamos conversar antes de tirar conclusões.
Ele a puxou para seus braços e a beijou amoroso e ela o abraçou assim que o beijo terminou.
— Vamos ser mais tranquilos e conversar mais. - deitou a cabeça no peito dela acariciando sua barriga. - Eu te amo e não quero te perder!
— Sim meu amor, vamos conversar mais! - sorriu acariciando os cabelos dele com uma mão e a outra tocou a que estava em sua barriga.
Eles ficaram ali conversando por mais um tempo e logo foram comer algo deixando que o restante do dia se fosse e ele logo a levou para casa.
(...)
NO OUTRO DIA...
Victória desceu pronta para a consulta e encontrou as filhas sentadas a mesa a espera dela para o café como todos os dias, ela sentou e olhou para elas.
— Bom dia!
— Bom dia! - responderam juntas.
— Como foi à aula ontem? - olhou para Fernanda. - Quando cheguei vocês já estavam dormindo.
— Foi um péssimo dia! - suspirou.
— Beba mais que assim você terá muitos dias como esse! - se servia de suco.
— Mamãe, não precisa falar assim! - Maria a defendeu e recebeu um olhar mortal da mãe.
— Eu deixo de falar assim quando você me ajudar a colocar juízo na cabeça dela para que não faça mais o que fez. - apontou o dedo.
— Chega mamãe! - Fernanda gritou levantando e Victória a olhou no mesmo momento. - O que eu fiz não foi o fim do mundo e muitos adolescentes fazem o mesmo e eu não seria diferente mesmo tendo tudo dentro dessa maldita casa! - respirou fundo com raiva. - Eu tenho dezessete anos e estou sujeito a erros mesmo que a senhora não queria assim, ninguém pode ser perfeito como você!
— Fernanda, não faz assim! - Maria não as queria brigando.
— Deixe que ela diga o que realmente pensa! - largou o guardanapo sobre a mesa.
— Eu só quero que entenda que todos nós estamos sujeitos a errar e que tenho certeza que a senhora não foi perfeita a vida inteira e sabe que não foi! - encheu os olhos de lágrimas. - Sabe que não foi e eu não preciso dizer em que falhou. - deu as costas para não brigar ou dizer algo que fosse se arrepender depois.
Victória olhou para Maria com os olhos cheios de lágrimas.
— A algo que também queira me dizer? - se fazia de forte.
— A senhora é a mais velha aqui e sabe que muitas vezes não é brigando que se resolvem as coisas e não falo só em relação a nós duas e sim com Victoriano também! - segurou a mão da mãe. - As coisas estão fugindo do seu controle e sei que não gosta disso, mas não nos afaste e sim deixe que a gente também cuide da senhora. Fernanda é só uma menina que quer a sua atenção e as vezes ela vai errar assim como eu para chamar sua atenção.
Victória deixou que as lágrimas rolassem por seu rosto e a puxou para um abraço que foi totalmente correspondia e Victoriano apareceu ali naquele momento sorrindo.
— Bom dia!
Ambas se soltaram e Victória limpou as lágrimas o olhando e depois olhou para a filha.
— Vá chamar sua irmã para irmos a consulta. - Maria sorriu e levantou saindo depois de beijar Victoriano e ela o olhou. - Bom dia, já tomou café?
Ele se aproximou e beijou os lábios dela sentando bem próximo.
— Algum problema que possa te ajudar? - segurou a mão dela.
Victória negou com a cabeça e se levantou sentando no colo dele o abraçando e mais algumas lágrimas rolou por seu rosto, ele nada disse apenas deixou que ela chorasse. As meninas logo vieram e eles seguiram para o hospital em completo silencio, Victoriano tinha chamado os filhos, mas eles preferiram ficar com a mãe que sempre que acordava se desesperava por sua condição e eles acharam melhor ficar junto a elas. Quando chegaram no hospital, Victória fez sua ficha e sentou ao lado deles aguardando que o medico a chamasse e Fernanda que estava toda sentida com a brigas segurou a mão da mãe deitando em seu ombro, ela segurou firme a mão de sua menina e beijou seus cabelos.
Talvez Maria tivesse razão e o único que estivesse fazendo era afastar quem ela amava e iria tratar de mudar isso ou perderia a todos e não era isso que ela queria. O médico logo a chamou e eles entrou, Rodrigo a examinou e fez diversas perguntas nas quais ela respondeu a todas e eles seguiram para a sala ao lado para fazer o exame, ela levantou a blusa e o gel gelado foi colocado em sua barriga.
— A preferência no sexo? - observava a tela.
— Menino com certeza! - as meninas falaram juntas e riram.
— Uma menina! - Victoriano falou com o coração quase saindo pela boca.
— E você mamãe? - sorriu para Victória.
— Não tenho preferência, mas tenho quase certeza que é mais uma menina!
— Não mamãe! - as duas ralharam a fazendo rir.
O medico riu do jeito delas e virou a tela para que eles vissem onde iria apontar.
— Aqui está o bebê e ele está saudável...
— Isso quer dizer que é um menino? - Fernanda o interrompeu o fazendo rir.
— Sinto muito em desapontar vocês meninas, mas essa menininha aqui é bem descarada e não deixa duvida!
Victoriano gargalhou e elas emburraram no mesmo momento cruzando os braços mais logo riram da risada dele e Victória chorou novamente emocionada por ter mais uma princesa em casa. O medico limpo a barriga dela e os deixou por um momento sozinhos e ela sentou sendo agarrada pelas meninas e Victoriano a beijou nos lábios todo emocionado também, era momento de mudar e ser feliz com mais aquele presente.
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