— Gente! Agora tem uma ursa saindo!!!

— Engraçado. – disse Pedro.

— O quê? – perguntei.

— Ela não tá usando o chapéu da Glace?

“F*deu” – pensou Nicole.

— Será que ela tá lá? – disse Rider. Todos olham para Nicole.

— Eu não sei de nada, meu povo.

— Não importa. – disse Jake – Tem um coelho azul destruído na ventilação! – ao abaixar a câmera o coelho apareceu na janela e o alarme começou a tocar. Depois de alguns segundos o coelho some junto com um dos animatronics da caixa, acho que se chamava Toy Bonnie.

— O sapo tá na porta! – Froggis se aproximava de nós, mas quando ia nos atacar deu 6 a.m. e a cabeça do sapo mudou para uma menos assustadora. Assustado, pulou dentro da ventilação e desapareceu.

Na sala dos “bons”...

— Até que enfim você voltou, Froggis!

— Foi mal...

— Não tem problema, você estava no modo...

A porta é arrombada.

— Glace. Vem. E por que o teto tá quebrado? Não importa. Venha logo. – era Springtrap.

— Gente, tô indo. Bye!

— Tchau! – disseram enquanto Glace era puxada por Springtrap.

Na sala dos “vilões”...

— Posso saber o que você tava fazendo lá com os animatronics e não na sala de vigia? – disse Springtrap com Troyer, seu capacho, do lado.

— Eu... Bem... Tava descansando. Sabe aquele buraco no teto? Tinha um monte de ratos lá. Eu dei um pulo e pendurei no teto para ver se conseguia matá-los mas ele quebrou? Por isso eu não fui trabalhar! – falou com um sorriso do tipo “estou mentindo, me prende!”.

— Ok...

— Chefe! – falou Troyer – A placa!

— Placa? – disse Glace.

— Está na hora de contar para ela, chefe.

— Ok. Como você está do nosso lado você precisa saber. Vamos voltar no tempo...

A placa...

Há milhares de anos atrás no Egipto, existiu um faraó chamado Ahkmenrah. Ele tinha um império gigantesco, o maior que já existiu no Egipto. Mesmo assim sempre foi perseguido pelos impérios inimigos. Um dia recebera uma “carta” dizendo que o império inimigo atacaria. Assim mandou seus melhores soldados para lutarem com eles. Mas alguns dias antes da primeira batalha os soldados ficaram doentes.

Sem alguém para defender seu Império ele recorreu aos sacerdotes.

....

— Faraó. O que gostarias, Majestade? – disse um deles.

— Meus soldados. Estão morrendo. Preciso de algo que mantenha os vivos e sadios até a batalha e que possam aguentar a qualquer coisa.

— Qualquer coisa? – disse o outro.

— Sim. Quero que eles vivam. Mas não adianta eles viverem se morrerem na luta. Quero eles sejam quase imortais.

— Tem certeza? Às vezes seus desejos podem...

— Foi uma ordem!

— Ok, Majestade...

....

Na noite seguinte os sacerdotes, o faraó e sua filha, mais alguns guardas se reuniram no deserto...

— Por que vocês pediram para eu trazer minha filha?

— Não podemos dizer ainda. Mas saiba que ela será uma deusa em breve.

— Deusa? Eu sou um faraó. Tecnicamente já somos deuses.

— Estamos querendo dizer “deuses” de verdade. Tão poderosos como Rá.

— Ahn, com licença. – disse a filha de Ahkmenrah – Dá pra começar logo?

— Ok...

Eles começaram a fazer um ritual. Ao céu o sacerdote principal erguia uma placa de pedra. Em seguida pediram que a jovem se aproximasse da placa.

— Sob o poder dos deuses da Lua e do Sol eu os uno nessa placa para que possa trazer a vida eterna na Terra.

— Azeneth. – era o nome da princesa – Segure na placa.

— A partir de hoje você e seus sucessores serão os guardiões da placa. Para sempre. – a placa começa a tornar-se dourada. O cabelo de Azeneth tornou-se dourado com a placa por alguns segundos enquanto um vento misterioso levantava seus fios dourados. Depois seu cabelo voltou ao normal e soltou a placa.

— O que vocês fizeram com minha filha?!

— Ela está bem. Sua placa está pronta. Coloque sobre seu trono e sua poderosa magia se espalhará por seu império trazendo vida para todos.

— Se algo acontecer com minha filha... – ele agarra o pescoço de um dos sacerdotes – Vocês já eram.

....

— Majestade!!! – apareceu um mensageiro – Nosso império venceu a guerra!!!

Ahkmenrah olha para a placa.

— Você funcionou!

— Falando com quem?

— Ahn? Pode se retirar.

Os soldados voltaram para casa e nenhum chegou a morrer. O Império ficou em paz e em alegria por algumas semanas, mas...

— Você é a melhor coisa que poderia ter me acontecido. – ele segurava a placa na mão.

— Ahkmenrah! Ahkmenrah!
— O que aconteceu?
— Sua filha. – a empregada estava cansada da correria – Ela faleceu. – Ahkmenrah derruba a placa no chão que se parte em pedaços.

Os sacerdotes estavam envolta do corpo dela. De repente aparece o faraó junto a guardas.

— Levem-nos! Quero que sejam jogados aos crocodilos.

— Você quebrou a placa também, não quebrou? – disse um deles enquanto eram levados embora.

— Sim.

— É tarde demais. A magia está totalmente a mostra. Você não sabe o que acabou de fazer...

Em alguns dias os sacerdotes foram mortos. Os restos da placa foram unidos mas não o suficiente para juntar a magia. Em pouco tempo os sinais de que algo de errado aconteceu... Uma criança tinha caído de uma janela e seu corpo se espatifou no chão. Mas o absurdo não foi esse: a criança ainda chorava mesmo depois da queda. Depois de dias perceberam que as pessoas não morriam, e quando morriam, fantasmas de animais eram vistos por seus parentes. Multidões começaram a se unir contra o faraó achando que a culpa era a placa. Esse, num sonho, viu-se dentro de um templo e logo após sua filha apareceu por trás dele.

— Pai! Fuja! Jogue a placa no Nilo e desapareça!

— Filha, como?

Imediatamente cobras começaram a se prender no braço da menina. Seus olhos começaram a tornar-se negros, sua pele ficou pálida e seus cabelos dourados. Lágrimas roxas caíram de seus olhos.

— Meu tempo acabou. – disse enquanto era puxada pelas cobras, que se transformavam em correntes – Alguém em breve será minha sussessora, até ser levada também. Adeus! – seu corpo é levado pelas correntes em direção ao breu e ela desaparece.

Depois disso Ahkmenrah acorda.

2015...

— Dizem que o faraó se jogou junto com a placa no Nilo. – falou Springtrap - Seu corpo e seu Império desapareceram como areia no deserto. Mas a placa foi achada muito depois por ladrões que as levaram para vários lugares.

— Mas. – continuou Troyer – Cansados de levar o tesouro de um canto do mundo para o outro resolveram a enterrar onde estavam.

— Mas aonde? – perguntou Glace.

— Aqui. A pizzaria “Freddy Fazbear Pizza” foi construída sobre a placa de Ahkmenrah. E esta é ela.