Fate/Another Tears- Interativa

O desejo dela era apenas ser uma boa esposa


"As pessoas choram, não porque são fracas. E sim porque tem sido fortes por muito tempo" - Johnny Depp.

Quinto dia da guerra, Algum lugar da parte central da cidade, 19:52.

– Se quer logo acabar com esse show, então eu porei um final! Vou mostrar toda a minha realeza! Contemplais tolos vermes impuros! A real arma única- O rei dourado pegou uma arma do portão da babilônia que irradiava uma aura extremamente poderosa, algo assustador que parecia sugar a própria energia do ambiente. Uma espada dourada, com uma forma um tanto estranha parecia uma broca ou coisa desse tipo.

– Uma espada? Não a reconheço de nenhuma lenda... O que... O que diabos é isso... Sinto uma energia capaz de destruir planetas... - Indagou Hokai realmente assustado.

– Tolo, isso não é uma espada nem um fantasma nobre qualquer! É uma arma criada antes mesmo de o conceito de espada existir! Algo até mais antigo que o chão que pisamos! Um tesouro que só pode ser brandido por único rei, o mais poderoso de todas as armas... Algo possui o poder da divina criação... Mas... ANTES DA CRIAÇÃO SEMPRE HÁ DESTRUIÇÃO! O SIMPLES NOME DA ARMA FAZ OS OPONENTES TREMEREM DIANTE DA GLORIOSA...

O corpo de Saber reagiu ao perigo eminente, despertando a mente de El Cid. O poder do fantasma nobre de Gilgamesh era tão poderosamente assustador que sua consciência que desistira do corpo não queria um fim a partir daquela arma de destruição em massa, então segurou com mais força suas duas espadas sagradas. Elas brilharam de forma única aponto de ser tão intenso quanto à luz de um farol, não, provavelmente muito mais intenso que um farol.

Tizona e Collada irradiaram um poder tão estrondoso que fazia uma rajada de vento enorme circular em torno do cavaleiro. As duas laminas foram convertidas a enormes fagulhas de luz que cresciam cada vez mais até Tizona e Collada se tornarem uma só espada de pura luz sagrada.

– Finalmente! O fantasma nobre definitivo de Saber! O ataque que segundo a lenda conseguiu destruir uma fortaleza inteira de mouros e a partir então ele passou a ser conhecido apenas por seu apelido... O campeador... O El Cid. - Hokai sorriu malignamente enquanto cuspia muito mais sangue pela a boca e os cristais cresciam cada vez pelo corpo do mestre.

– Então... Então o escudo bloqueava os poderes de Collada e Tizona? Esse era o efeito... Na verdade ele servia como um tipo de selo prestes a despertar todo poder do cavaleiro... E na verdade as duas espadas se completam?- Indagou Celestia um pouco assustada e vomitando muito sangue, saindo até mesmo pelos olhos.

– Exato nos primeiros contos Collada e Tizona eram a mesma espada e só depois do poema épico escrito cerca de 200 anos depois de El Cid existir que se transformaram em espadas diferentes- Hokai então apontou a pistola para mais próximo da cabeça da mestra de Archer- Agora para me certificar que Archer não sobreviverá ao ataque...

Quinto dia da guerra, centro comercial de Snow City, 19:58.

Uma grande tontura tomou Caster. Enquanto ela e Kazuma corriam até o barulho de tiro, as pernas da raposa vacilaram por um instante e ela quase levou um grande tombo. Os pelos da cauda pareciam mais arrepiados do que nunca e para piorar uma estranha dor na região esquerda da sua cabeça começou a se aflorar fortemente. A serva suava frio, tremia muito e sua pele estava tão pálida quanto à tímida neve que caia vagorosamente pela noite.

Kazuma rapidamente a ajudou a se levantar, mas assim que tocou o braço dela uma visão perturbadora invadiu a mente de Tamamo-no-mae. Uma tempestade de fogo e destruição, seguida de milhares de corpos em decomposição, uma assustadora aura de morte que não só inundaria toda cidade, mas metade do estado.

Uma pequena lagrima invadiu um de seus olhos e saiu atravessando o seu rosto delicado enquanto Kazuma a encarava sem nada entender. Sentiu sua parte maligna agindo, pois começou a passar as cenas em sua cabeça com cada vez mais nitidez e conseguia ouvir sua própria voz entoar diabolicamente.

“Desgraça... Sofrimento... Morte... Isso nós alimenta tente entender isso... Somos uma só... O destino já está traçado você sabe muito bem disso... Mas, admito é bastante divertido te ver tentando muda-lo... Uma ação tão insignificante...”

– PARE COM ISSO! Eu... EU NÃO SOU VOCÊ! Gritou Caster para o céu e massageando as têmporas tentando inutilmente expulsar a dor de cabeça e a voz – Eu... Eu... Eu não sou igual a você! Eu não quero isso! Eu vou...EU VOU IMPEDIR QUE ISSO ACONTEÇA, NÃO QUERO VER NINGUEM MAIS SOFRER POR MINHA CAUSA!

– Caster do que está falando? Impedir o que? Você está bem?- O mestre a encarava ainda não compreendendo o que estava acontecendo.

“Você é a escuridão! Compreenda isso! Bote logo nessa cabeça miserável! Tudo que sentiu até agora, cada sentimento, cada atitude... Tudo foi falso, você é falsa, eu sou a verdadeira, eu sou quem você é realmente é de verdade! Deixe tudo isso acontecer... Vamos... Vamos me liberte.. Se quiser realmente impedir isso só eu tenho tal poder...”

– Eu sou a escuridão... Eu sou a desgraça... Eu sou a morte... Eu sou o sofrimento... É... É provável que esteja certa... No fim... No fim das contas eu sou falsa... Apenas um casulo... Terei que render a seu poder... PARA SALVAR AS PESSOAS QUE EU AMO! – Caster começou a falar e se render para a escuridão dentro de si, uma aura maligna começou a invadi-la e começou a tomar conta de si, mas de repente parou. Seu mestre havia lhe dado um tapa. Ela simplesmente encarou sem ação nenhuma. Não conseguia processar de imediato o ocorrido. Logo depois ele apertou os ombros da serva e ambos ficaram com a face extremamente próxima.

– Eu não sei muito bem do que está falando, mas... Quando é que vai enfiar nessa sua cabeça oca que você não é falsa?! Igual a você não há outra! Ninguém no mundo pode tomar seu lugar! Escute bem, eu te farei sorrir como antes! Nunca vou deixar alguém te fazer chorar novamente! Eu quero ver aquele sorriso inocente seu que eu tanto adoro! Por que você é meu sol Caster! E nunca vou deixar você se apagar! Entendido?- Kazuma gritou abraçando fortemente a serva, não podia aguentar ela sofrer naquele estado novamente, nunca mais queria vê-la sofrer naquela odiosa forma, queria simplesmente vê-la feliz.

– Eu sou... Eu sou seu sol...?- Caster pergunta ainda surpresa e perplexa.

– Sim, você é meu sol, seu sorriso aquece meu coração toda vez que olho para ele e seu jeito faz toda a vida ser gerada apenas estando em sua tão brilhante presença, se liga disso de uma vez! Você não tem nada de escuridão e frieza! Você é a luz que ilumina o meu mundo!- Sorriu seu mestre para a serva e dando um pequeno peteleco na testa da moça.

– O sol que traz vida... Agora entendo... Mestre... Finalmente entendi... – Caster então retribuiu o sorriso largo e lagrimas de pura felicidade inundaram seus lindos orbes- A resposta para a salvação de Snow City...

– Você entendeu exatamente o que? Salvação da cidade? Como assim? - Perguntou Kazuma ainda confuso. Uma linda e brilhante luz começou a invadir a silhueta da serva que brilhou cada vez mais intensamente que quase cegou o mestre e até o fazendo ficar meio tonto com tanta luminosidade. A voz maligna interior de Caster começou a gemer de dor, a raposa sentia cada vez sua parte verdadeira tomando conta de si e destruindo a farsa, a farsa no fim das contas era sua parte escura que agora derretia diante de um poder estrondoso.

“Ei, o que está ocorrendo...? Que tanto brilho é esse... Isso... ISSO QUEIMA! Que tanto poder sagrado brilhante é esse? Está me destruindo... Algo com essa força e intensidade... Só pode ser uma... Só pode ser ela... Eu te amaldiçoo maldita deusa do sol Ameterasu!!!”

Quinto dia da guerra, Algum lugar da parte central da cidade, 20:03.

– EA! VAMOS LIMPAR ESSE PALCO IMUNDO E MOSTRAR QUEM É O VERDADEIRO E ÚNICO REI! ENUMA ELISH!

–TIZONA! A ESPADA DA GLORIOSA VITORIA DOS CORAJOSOS QUE ENCARAM ALÉM DO HORIZONTE!

A espada dourada em forma de broca disparou um vórtice de pura energia avermelhada que consumia tudo que encostava como se estivesse esfarelando a própria realidade. Tudo que sobrou em seu caminho foi pura poeira. A espada de luz de El Cid brilhou com mais intensidade e Saber disparou seu poderoso fantasma nobre na direção do golpe lançado por Ea.

Tudo indicava uma colisão entre os dois golpes de uma forma a causar só destruição. Mas houve um silencio, um silencio incomodo. Hokai tentou atirar na cabeça de Celes, mas algo o impediu chamando sua atenção e a bala foi desviada para o lado. Todos os presentes encaravam a cena que interrompeu os dois fantasmas nobres de colidirem um com o outro. Caster estava no meio dos dois golpes que pareciam ter sido parados no tempo. A serva estava com um lindo vestido branco e seis asas enoquianas elegantemente saiam de suas costas.

– Escute servos e mestres! A colisão desses dois poderes destruirá metade do estado fazendo a guerra perder o sentido! Mais que vergonha! Olhem e contemplem tamanha tolice! Do que vale o santo graal? A guerra esta perdendo o sentido desse jeito... – A brilhante Caster gritou.

– Como ousa concubina imunda tocar e até mesmo interromper em meu poder divino? – Retrucou Gilgamesh gritando, o único que não parecia realmente espantado com o que estava ocorrendo. Caster esbouçou um sorriso diante da pergunta do loiro.

– Rei dos heróis Gilgamesh! Está diante algo digno de seu julgamento! Sou o próprio avatar da deusa Amaterasu! Estou interrompendo tal ocorrido apenas por minha vontade, ninguem está me mandando ou algo assim se sintam honrados! – Ela gritou em um tom bastante autoritário o que fez Gilgamesh encarar ela com mais raiva ainda enquanto os outros presentes apenas a encaravam arrepiados diante do poder que ela emanava- Escolhi poupar Snow City de um desastre de maior intensidade ainda que Fuyuki!

– Ei... O que está acontecendo Caster? O que... O que diabos você vai fazer?!- Pergunta Kazuma desesperado devido a ações que sua serva estava tomando. Ela flutuou a explosão de Ea e a explosão de Tizona e encarou tudo em uma única esfera de energia bastante instável.

– Eu terei... Eu terei... Eu terei que me sacrificar para proteger toda a cidade... Desculpa mestre, você finalmente me fez entender quem eu sou realmente... Realmente... Na verdade foi você que me tirou da escuridão... – A serva falou com uma pequena lágrima no rosto, de repente todas as lembranças passaram diante de sua mente, dela queimando Kazuma, queimando sua pornografia, de seu péssimo jantar, os momentos com o pequeno Lyon, de seu encontro tudo passou no ultimo instante e ela sorriu- Adeus Kazuma Yagami... No fundo do meu coração eu posso dizer... Eu... Eu te amo...

– CASTER NÃO SE VÁ!!! CASTERRR!!!- Kazuma gritou desesperado diante de Caster desaparecendo levando consigo os dois poderes em um buraco negro que causou uma explosão que irradiou o céu noturno de Snow City. Kazuma ficou sem selo de comando. Ele encarava o céu ainda não conseguindo compreender o ocorrido, ela no fim se sacrificou para salvar todos. A anti-herói havia se tornado uma heroína. A tristeza invadiu seu coração e ele simplesmente desabou ali mesmo derramando lagrimas de infelicidade no chão frio da cidade.

– Então ela se sacrificou para proteger a imunda gente dessa cidade... Que coisa patética... Utilizei todo meu poder para ser interrompido desse jeito... Que perda do meu precioso tempo... Estou me retirando... Espero nunca mais ver algo tão humilhante a esse ponto... - Gilgamesh encara ocorrido e desaparece em um brilho dourado.

Hokai encara Kazuma chorando desesperado, um sentimento estranho bateu no seu peito... Sim... Ele havia passado pela mesma coisa, ele acabou de repetir seu maior sofrimento para alguém inocente apenas por puro egoísmo e crueldade. “Você é uma boa pessoa Õ no Hokai... É nisso que eu gosto em você” a voz de Ruler ecoou em sua mente. Estava exausto, quando encarou novamente Celestia havia desaparecido no meio da confusão apenas deixando uma terrível trilha de sangue que ele não ousou seguir.

Ainda no beco tentou uma aproximação com antigo mestre de Caster e foi quando uma figura misteriosa apareceu de repente. Hokai encarou sem ação quem estava diante dele. Uma versão crescida de seu querido amigo de infância Dante Badlet III segurando uma adaga prateada que cortou o seu único braço bom. Roubando assim seu selo de comando. Antes que pudesse processar o que aconteceu ou há menos gemer de dor. Dante pronunciou as palavras segurando seus novos selos de comando adquiridos pela mão decepada do amigo de infância.

– Saber... Pelo meu selo de comando... Eu ordeno que fique completamente sob meu controle e... E mate seu antigo mestre!

–Dante... Por que...?

Então Saber se voltou para Hokai e apunhalou seu coração utilizando a Tizona. No fim das contas o ex-mestre sorriu. “ É isso que um pecador como eu merece no fim... Desculpa por tudo... Só queria... Só queria ter tido uma nova para corrigir tudo...” pensou ele enquanto era acertado. Kazuma observava toda a cena e se escondeu ainda segurando a tristeza nem percebendo que um novo selo surgiu na costa de sua mão direita.