Ele se aproximou de mim, conspícuo, e senti sua respiração em minha nuca. Para todos os outros, Hao aparecia como uma criança. Não para mim.

— Vai fazer pouco caso disso? – Não o encarei enquanto falava. Era mais fácil ver as ondas quebrando nos bancos de areia até se tornarem marolas do que admitir que ele me quebrava com a forma como me encarava.

Com desejo.

— Eu jamais faria pouco caso de você. – ele diz, e não sei se o tom de sua voz é sarcasmo, mas desconfio que não. – Olhe para mim.

Olho para ele. E prendo a respiração.