O meu olhar, você costumava dizer, era como a greda. Quando questionei o motivo, você apenas sorriu com aquele jeito um pouco oblíquo, um pouco dissimulado dos romances antigos.

“Você não vê, Anna, que por trás do tom escuro de seus olhos, espelha-se o tom amarelo esverdeado que forma a greda? E a sua pele,” você fez uma pausa, me tocando “é tão macia e friável quanto. Se naquela época eu fosse Deus, Anna, eu teria te feito exatamente da maneira como é agora. A minha musa de barro e calcário."

Como você faz essas palavras estranhas serem tão belas?