— Não.

Hao parece uma catáfora viva enquanto me encara, como se estivesse presente e ausente.

— Não posso perdoá-lo, Anna. - A frieza de suas palavras congelaria o inferno. O calor de seu olhar derreteria o ártico.

— Yoh fez a escolha dele. Eu fiz a minha. - sentencio por fim.

Hao suspira, sem se deixar convencer.

— E qual é a sua escolha?

Arqueio uma das sobrancelhas e meus lábios levantam em um sorriso leviano.

— Eu estou aqui, não estou?

Seu olhar se torna travesso. Nosso almoço chega e a garçonete se retira. Por agora, Yoh está a salvo.

Ao menos agora.