Após um longo tempo, Bowser e seus Koopas conseguiram resgatar a nave e levaram a mesma de volta para o castelo pra consertá-la. Enquanto eles levavam de volta, os patrulheiros decidiram continuar a busca pela segunda chave à pé, pois a nave demoraria muito para ficar pronta e eles queriam sair dali o mais depressa possível.

–Tá louco Daniel? Você não sabe quanto tempo vamos levar pra conseguir todas as naves se formos à pé?- disse Jaime.

–Mas não tem jeito Jaime. Nós precisamos dessas chaves o mais rápido possível, se ficarmos aqui esperando a nave ficar pronta, todos que estão com essas chaves vão perceber que estamos aqui e se fortalecerão ainda mais e nós nunca poderemos sair daqui.- explicou Daniel.

–Daniel tem razão, além disso, a nave nem tem previsão de ficar pronta.- falou Mister A.

–Tá bom, então vamos, desde que paremos pra descansar de vez em quando.- exigiu Jaime.

–Como quiser Jaime. Agora vamos.- disse Daniel.

Os patrulheiros continuaram andando seguindo o mapa que Mister B captou em sua mente, com a primeira chave guardada no bolso da Maria Joaquina. Eles caminharam com muita atenção para terem certeza que não tinha nenhuma armadilha feita para pegá-los. Vai que os outros mundos estejam sabendo que eles passaram a primeira fase e conseguiram a primeira chave e agora estavam preparando armadilhas para impedi-los de chegarem à segunda fase ou pelo menos dificultar o caminho. Mas não, o caminho tinha apenas algumas pedras escorregadias de tão lisas, árvores bem grandes que impediam eles de enxergarem o caminho, além de águas com correntezas, mas tirando isso, nada de perigoso.

Depois de horas de caminhada, estando bastante exaustos, decidiram parar um pouco.

–Quanto falta pra chegar, Mister B?- perguntou Alícia.

–Bom, andamos oito quilômetros, agora só faltam dois.- respondeu ele.

–O quê? Tudo isso?- disse Maria Joaquina, assustada.

–Mas não se preocupem, depois desse segundo mundo, a distância entre um e outro serão menores. Mais ou menos de quatro a cinco quilômetros.- falou Mister B.

–Tá bom, mas por enquanto eu quero descansar, meus pés já estão doendo.- reclamou Jaime, recostando-se em uma árvore.

–Tudo bem, a gente precisa mesmo de um descanso.- concordou Mister B, sentando-se também.

Nesse instante, Mister A fez um galão de água aparecer em sua frente e com a outra mão, fez um copo aparecer, em seguida, encheu-o.

–Quem quer?- perguntou ele e todos fizeram fila para receber o copo de água.

Depois de um tempo, já mais fortalecidos e recuperados, os heróis voltaram a se levantar e começaram a andar. Mal começaram e tiveram que passar por uma difícil ponte, estreita e frágil, ou pelo menos parecia frágil pelo rangido que fazia com os passos. Além disso, era de madeira e aparentava estar velha. Mesmo assim, tomaram coragem e passaram pela ponte com cautela. Enquanto caminhavam, Jaime fez um pedaço de madeira da ponte quebrar e ele quase cai lá embaixo.

–Cuidado Jaime.- disse Carmen, ajudando-o a se levantar.

–Foi sem querer gente, eu juro.- lamentou Jaime.

–Espera um pouco.- falou Mister B, que já estava do outro lado da ponte, ele segurou Jaime com a força do pensamento e rapidamente o levou para a outra parte da ponte para evitar que ele quebrasse o resto dela.

–Assim é melhor que você não quebra a ponte toda.- ele disse e se controlou pra não rir.

–hahaha, muito engraçado.- ironizou Jaime.

Depois que finalmente os patrulheiros conseguiram passar pela ponte, continuaram andando na mesma formação de antes. Andaram mais um pouco até encontrarem um vulto à frente, parecia um maluco pulando pra lá e pra cá e gritando. Mas chegando mais perto, escondidos, descobriram que era apenas um palhaço alegre e serelepe brincando com uma varinha, como se estivesse soltando bolhas de sabão.

–O que a gente faz?- perguntou Paulo.

–Ora, vamos perguntar à ele sobre a chave.- disse Mister B.

–Deixa que eu vou lá. - disse Chapolin, ele não estava mesmo com medo do palhaço, que parecia inofensivo, mas se enganou.

–Com licença, Palhaço, sabe me dizer onde está a segunda chave das sete que estão aqui no Reino?- perguntou ele.

–Ah, vocês nunca vão encontrar essa chave, nem eu mesmo sei onde está.- respondeu o palhaço, calmamente.

–Mas é claro que você nunca encontraria a chave. Que anão como você consegue encontrar uma chave? Vê se cresce.- zombou Jaime, Chapolin deu um cutucão nele pra ele calar a boca, mas já era tarde demais, aquilo foi o suficiente para o palhaço anão se irritar, ele deu um grito e logo a varinha começou a brilhar fortemente. O brilho era tão intenso que Chapolin teve que se esconder atrás da enorme pedra onde os outros patrulheiros estavam. Quando acabou, o palhaço havia se transformado em um robô gigante, nem parecia aquele palhaço inofensivo que viram segundos atrás. Inesperadamente, após se transformar, o palhaço-robô apontou sua varinha para o céu e lançou um raio, enquanto isso, Mister B invadiu a mente dele para descobrir quem ele é.

–O que está acontecendo?- perguntou Marcelina, aflita.

–Acho que eu falei o que não devia.- disse Jaime.

–Mister B, análise.- ordenou Daniel.

–Parece que aquele palhaço que vimos é chamado de "Gipsio", um palhaço mágico que parece anão e inofensivo, mas usa sua mágica para se transformar num palhaço gordão e brutamonte com aquela varinha.- disse Mister B.

–E parece que ele também tem ajudantes fortes.- comentou Super Sam, ao ver que mais outros robôs parecidos com ele, apareceram após o raio da varinha desaparecer no céu.

–E o que você sugere que a gente faça pra derrotá-lo?- perguntou Daniel.

–Bom, precisamos pegar aquela varinha, foi ela que o deixou assim.- respondeu Mister B.

–Também acho.- disse Daniel.- Mas precisamos fazer isso com cautela, bolar uma tática.- falou Daniel.

–Que tática?- perguntou Paulo.

–Deixa eu pensar.

Nesse instante, um raio da varinha do palhaço atinge Maria Joaquina e num piscar de olhos, ela ficou gorda, sua roupa tão bonita de patrulheira ficou justa nela. Quando ela percebeu que todos a olhavam, pegou um espelho de mão que estava em sua bolsa e deu uma olhada nela. Seu cabelo estava muito mal cuidado, parecia mais um black power, deixando-a horrorizada. Furiosa, Maria Joaquina tentou partir pra cima dele, mas Daniel, com mais raiva ainda, a impediu.

–Hahahaha, zomba de mim por ser gordo agora vai!!- gargalhou Jaime, mas naquele momento, um raio o atingiu e ele ficou pequenininho, do mesmo tamanho que o palhaço era quando eles o encontraram.

–Pronto, agora fale que eu estou ridícula hahahaha!!- disse Maria Joaquina, rindo.

Jaime não deixou barato.

–Antes um anão do que uma gorda metida.- respondeu ele.

–Mas eu fiquei gorda por acaso, você já é gordo de nascença.- retrucou ela.

–Parem com isso vocês dois!! Ficar brigando por nada só vai piorar tudo.- falou Daniel.

–É melhor você pensar em algo logo porque eles estão vindo aí, já vão atacar.- avisou Cirilo.

Depois, mais um raio é lançado, dessa vez em Rabito.

–Rabito amigão, você tá bem?- perguntou Mário, segurando o rosto de Rabito, mas, por algum motivo, algum feitiço que a varinha lançou, fez com que o cão olhasse para Mário com uma cara de raiva, como se Mário fosse um estranho pra ele.

–Rabito, o que foi?- Mário falou, desesperado e sabendo que tinha algo errado com o cão.

–Diz logo o que a gente vai fazer Daniel!- reclamou Alícia.

–Eu já tenho um plano, mas preciso que vocês se unam, pois a chave está dentro da armadura do robô palhaço.

–Então o que a gente faz?- perguntou Mário.

–Faremos o seguinte: