Depois de um tempo, já de noite, Valéria e Davi não desceram para o jantar, mas Bibi e as meninas pediram permissão à Seu Lúcio pra que ele deixasse a menina ficar em sua casa até os pais voltarem e ele deixou. As meninas ficaram muito felizes e decidiram que no dia seguinte elas voltariam à casa de Bibi pra ajudá-la a levar suas coisas pra lá.

Durante o jantar, no andar de cima da mansão, Davi está pensativo na janela que tem no final do corredor, quando ouve uma voz:

–Davi?

Ele se virou e viu que era Valéria.

–Oi.- ele disse tentando parecer normal.

–Podemos conversar?

–Tanto faz.

–Olha Davi. Só quero te contar que o motivo pra eu ter feito aquilo foi porque eu me senti rejeitada e traída por todos quando me disseram que eu não poderia ir com eles na missão, eu sei que não sou uma patrulheira com poderes, mas mesmo assim, me senti mal por isso.

–Mas Valéria, é muito ruim querer se vingar dos outros.

–Agora eu sei. As meninas me disseram a mesma coisa quando eu contei pra elas o motivo.

–O Seu Lúcio também conversou longamente comigo.

–Sobre o quê?

–Sobre isso. Ele me aconselhou a ouvir o motivo que te levou a fazer aquilo.

–Mas agora eu quero me desculpar, tanto com você quanto com os patrulheiros.

–Bom. Eu preciso pensar um pouco sobre isso, porque ainda estou magoado. Mas eu juro que quando já tiver tomado uma decisão eu te falo.

–Tá bem.- e Valéria se afastou dele, descendo as escadas, ela havia ficado um pouco impressionada com o pedido de Davi para pensar se volta com ela ou não, já que nas outras vezes ele aceitava sem mais nem menos.

O que ela não sabia era que Dry Bowser viu sua conversa com Davi pela bola de cristal e ficou furioso, porque agora ela deixaria de ser sua aliada.

–Não se preocupe Dry Bowser, eu tenho uma ideia.- disse Chamois.

–E qual é?

–Vem cá ver.

Então eles entraram no laboratório e mostraram um robô igual à Valéria, ela não tinha pinos e parafusos à mostra, só tinha na cabeça que era tapada pelo cabelo e na parte onde se colocavam as roupas. Portanto, se eles sequestrassem Valéria e deixasse a Valéria-robô com eles, pode ter certeza que eles iam pensar que ela era a verdadeira e andariam com a robô o tempo todo.

–Genial Chamois! Excelente plano!- exclamou Dry Bowser.

–É, mas agora temos que bolar um plano de como sequestrar a Valéria.- disse ele.

–Eu já sei o que fazer.- completou Dry Bowser.

No dia seguinte, Valéria e Maria Joaquina levantaram cedo, quando desceram na cozinha já com suas roupas, perceberam que a mesa não estava pronta. Depois de alguns segundos, elas viram Seu Lúcio entrar na cozinha com as mãos na cabeça e a expressão em seu rosto era de preocupado.

–O que foi Seu Lúcio?- perguntou Valéria.

–É que eu queria preparar o nosso café da manhã com pão, mas estou sem fermento pra fazer a massa dele.- disse Lúcio.

–A gente pode comprar, né Valéria?- disse Maria Joaquina.

–Claro, é só o senhor dizer onde fica, nos dar o dinheiro e nós vamos lá.- disse Valéria.

–Tudo bem, esperem aqui.- disse Lúcio.

Poucos segundos depois, Lúcio voltou pra cozinha com o endereço e o dinheiro do fermento e as duas foram lá, até o mercado comprar o fermento.

–Viram? Só precisamos ir lá o mais depressa possível e sequestrar a Valéria.- disse Dry Bowser, olhando sua bola de cristal.

–Então tá. Eu sei onde fica esse mercado.- disse Chamois.

–É só fazerem aquilo que eu falei.- completou Dry Bowser.

–Tá bom. Vamos lá Piqueno.

Então Chamois e Piqueno pegaram suas naves e em poucos minutos estavam perto do mercado, quando chegaram em frente à ele, viram as meninas saírem do mesmo já com o pacote de fermento nas mãos de Maria Joaquina, então Piqueno voou na direção de Maria Joaquina e com a velocidade do vento, derrubou-a no chão, enquanto Chamois se aproximou de Valéria e a pegou, mas Maria Joaquina viu quando ela foi puxada pra dentro da nave gritando por socorro.

–Meu Deus!!- disse ela, então pegou o fermento e foi correndo em direção à casa de Lúcio. Quando chegou, todos já estavam acordados esperando o café ficar pronto e estranharam quando ela entrou toda desesperada daquela forma. Daniel percebeu e foi atrás dela.

–A-A-Aqui E-es-t-tá, S-Seu L-Lú-cio.- ela gaguejou de tão assustada que estava.

–O que foi Maria Joaquina? O que aconteceu?- perguntou Lúcio.

–Vai amor, bebe isso.- disse Daniel, lhe dando um copo com água e ela foi se acalmando aos poucos.

–A V-Valéria... ela...ela foi sequestrada!!- agora ela estava mais calma.

–O quê???- perguntaram Daniel e Lúcio juntos.

–É isso mesmo. Eu... eu não sei quem foi, mas eu vi duas naves grandes e uma me empurrou... enquanto a outra levou ela.- agora a patrulheira chorava, abraçou Daniel com toda a força que tinha.

–Só pode ter sido o Dry Bowser. Ele e a tropa dele têm naves.- disse Daniel.

–Vamos atrás deles.- disse Mister A, decidido.

–Calma, eles são perigosos. Eles podem estar querendo usar a Valéria como isca pra nos atrair pra uma armadilha, vamos com calma.- ordenou Daniel.

–Ele está certo, vamos com calma.- disse Alícia.

Então, os patrulheiros começaram a tentar bolar um plano pra chegarem até Dry Bowser, que nesse momento estava louco pra que Valéria chegasse lá. Quando os dois chegaram lá com a menina, Dry Bowser foi até ela e começou a torturá-la.

–Isso é por você ter se arrependido de se unir à mim. Agora você vai ter que ser substituída por alguém que tenha a capacidade de não se arrepender de nada do que faz.- ele disse, com voz melíflua e mostrou para Valéria a robô que havia construído. Então ele abriu a porta para que a robô fosse andar pela rua e entrasse de vez na mansão de Lúcio para pegarem os patrulheiros, a verdade é que a Valéria robô tinha uma mini-câmera em tamanho e forma de piolho escondida no cabelo e um microfone pequeno pendurado na orelha como um brinco, assim eles poderiam ver e ouvir tudo que se passava na casa.

Enquanto isso, Wario e Waluigi estão finalizando o plano de pegar os patrulheiros e são interrompidos com o chamado da parabólica deles, que faz um chiado estranho toda vez que ele localiza algo estranho próximo da casa dele.

–É a Valéria. Será que ela veio bisbilhotar a gente?- disse Wario.

–Só pode.- concluiu Waluigi.

–Kane, Holden B, vão atrás dela.- ordenou Wario.

–Sim senhor!- os dois disseram juntos.

Mas antes deles conseguirem alcançá-la, a robô viu os dois e ergueu o braço esquerdo, dele, saiu um míssil de 13 centímetros de um metro e dez de comprimento e atirou neles, mas eles conseguiram ver o míssil a tempo e desviaram, cada um foi para um lado enquanto o míssil explodiu no espaço que tinha entre eles. Assustados, os dois voltam para casa tremendo de medo.

–Aquela não era a Valéria.- disse Kane.

–Eu percebi. Mas então quem é?- disse Wario.

Enquanto isso, os patrulheiros estão ainda tentando achar uma forma de invadir o esconderijo de Dry Bowser e resgatar Valéria, quando a campainha toca e Davi, meio sem vontade, vai atender.

Quando ele abre a porta, seus olhos brilham de emoção e felicidade, mas ao mesmo tempo ele fica confuso, era a robô Valéria que estava lá, mas ele não sabia, então, ao vê-la, gritou:

–Valéria!!!- e abraçou-a, sem saber que aquela não era a verdadeira Valéria.