Algum tempo depois, Seu Lúcio apareceu descendo as escadas e chamou Carlitos pra ir com ele até uma loja de fiação pra que eles pudessem comprar fio para o aparelho que aquece a água do chuveiro funcionar, Carlitos foi e meia hora depois que eles saíram, os meninos saíram de seus quartos e desceram as escadas.

–Meninas, queremos falar com vocês.- disse Daniel.

E as meninas assentiram, elas se sentaram no chão da sala em frente ao sofá e os meninos se sentaram à sua frente.

–Olha, o Seu Lúcio conversou com a gente lá no quarto e, deu umas dicas pra nós sobre tudo o que aconteceu, mas ele nos fez perceber que apesar de vocês terem agido errado, nós também erramos. E por isso, viemos aqui pedir desculpas à vocês por aquele erro, mas a gente promete que não vamos mais cometer aquele erro outra vez.- começou Daniel.

–Vamos pôr uma pedra por cima desse assunto.- completou Mário.

–Esquecer tudo isso e começar do zero. Topam?- completou Davi, sorrindo porque Valéria estava sorrindo também.

A mesma coisa aconteceu com as outras meninas, que se levantaram sem dizer nada, sorriram e abraçaram eles.

–Claro que a gente topa!- disse Maria Joaquina, abraçando Daniel.

Algum tempo depois, os meninos decidiram quebrar os dois CD's piratas que Racha Cuca e Tripa Seca venderam para as meninas e jogaram fora, se Lúcio descobrisse isso, eles explicariam tudo. Feito isso, eles voltaram à sala e aproveitaram que Júpiter não tinha nenhuma informação pra dar pra eles e foram jogar mais um pouco de Wii U.

Depois de algum tempo, Seu Lúcio e Carlitos chegaram e logo os chamou para almoçar, enquanto eles comiam, a campainha foi ouvida.

–Deixa que eu atendo.- disse Mário.

Quando ele abre a porta, Jorge e Adriano aparecem, Mário não se contém e acaba abraçando Adriano.

–Cara, quanto tempo!!!- disse ele.- O que você tá fazendo aqui?

–É que eu estava me sentindo tão sozinho lá na lua que acabei decidindo voltar pra Terra.- disse Adriano.

–E como você sabia que a gente estava aqui?

–O Jorge me contou.

–Ah. E você Jorge, como tá?

–Estou bem e vocês?- Jorge disse com um tom de voz mais animado, mostrando que realmente estava interessado em saber sobre eles, deixando Mário surpreso.

–Podem entrar.- disse Lúcio ainda na mesa e Mário abriu espaço pra eles entrarem.

Depois, Adriano foi cumprimentado por todos os patrulheiros, já Jorge, eles apenas disseram um "oi" e ele ficou constrangido.

–Jorge, por quê você está aqui?- perguntou Mário, tentando ser simpático.

–É que meus pais foram fazer uma viagem, um cruzeiro pela Europa, mas eu não quis ir junto porque eu conversei com meu pai na semana antes deles irem e ele me fez perceber que realmente ninguém é melhor que ninguém, assim como eu não sou melhor que vocês. E mesmo que eu não seja um membro da Patrulha Salvadora, eu queria pedir desculpas à vocês por ter sido tão idiota.- Jorge disse, fazendo cara de coitado.

–É sério isso? - perguntou Maria Joaquina.

–Sério, eu quero saber com vocês se posso ficar aqui só até meus pais voltarem. Eles disseram que daqui um tempo estão de volta.

–Por mim tudo bem.- disse Seu Lúcio. - E o seu amigo? Também quer?

–Não precisa, vou ser mais um incômodo para o senhor.- disse Adriano.

–Claro que não, você faz ideia de quantos quartos tem essa casa?

–Não.

–Então venha, vou te mostrar.

Enquanto Seu Lúcio subia as escadas, a campainha toca novamente e quando Mário abre é Laura e Margarida, fazendo as meninas ficarem histéricas e correrem pra dar um abraço nelas, menos Marcelina, que está no sofá conversando com Jorge sem dar a mínima atenção pra Mário, que está ao seu lado.

Pensando que Marcelina está gostando de Jorge, quando na verdade ela só estava testando-o para ver se ele estava mesmo arrependido ou se só era fingimento, Mário decide procurar Rabito para conversar com ele, mas não o encontra em lugar nenhum.

–Gente. Patrulheiros, o Rabito sumiu.- disse ele, desesperado.

–Como sumiu se ele estava aqui agora mesmo?- perguntou Daniel.

–Eu também não sei Daniel, eu estava indo procurar por ele pra gente brincar, mas não o encontro em lugar nenhum.

–Acho que ele devia estar triste.- disse Mister B.

–Triste? Por quê?

–Não sei Mário, só sei que agora há pouco eu tinha recebido uma mensagem telepática dele e vi que só tinha a sua imagem na mente dele como se você tivesse deixado ele pra trás e agora ele só tem pensado em você.

–Mas como assim? Eu estava brincando com ele até ontem, eu preciso ir atrás dele!- Mário já estava aflito.

–Eu vou com você.- disse Marcelina, se levantando.

–É melhor não. Eu sei seguir o rastro dele melhor do que ninguém.- disse ele, saindo de casa.

Enquanto procurava por Rabito na rua, Mário andou um quarteirão inteiro e depois parou, ficou sentado na calçada, pensando nos bons momentos que teve com Rabito, mas realmente o cachorro tinha razão, desde que começou a namorar Marcelina, ele têm dado pouca atenção pra ele, mas ele bem que podia tentar explicar tudo pra Rabito, ele com certeza entenderia pois era um cachorro esperto.

Depois de um tempo chorando, ele finalmente consegue criar forças pra se levantar e continuar sua busca pelo cachorro, mas depois de apenas cinco minutos caminhando, ele se sente seguido por alguém e aperta o passo, mas não adianta, com um clorofórnio e um pano, um homem faz ele desmaiar.

–Me dá logo essa seringa!- era a voz de Wario, que Mário conseguiu ouvir antes de desmaiar. Em seguida, ele injetou em seu braço uma substância que tirava o poder de Mário, por isso, ele pôde rapidamente ser levado para o esconderijo deles.

Enquanto isso, dentro da mansão, Marcelina fica meio confusa e chateada com Mário, pois ele sempre deixava ela sair com ele pra qualquer lugar que fosse, até que uma mensagem de Júpiter foi ouvida e todos sobem correndo para o quarto onde o computador está. Rapidamente Daniel abre a mensagem pensando ser algo relacionado à Dry Bowser, mas quando ele vê Mário nos braços de Wario e Waluigi junto com Racha Cuca e Tripa Seca, seu rosto fica vermelho de raiva.

–Ei, esses são os caras que nos venderam os CD's piratas.- disse Alícia e as meninas concordaram.

Assustados com a ameaça de Wario, os meninos começam a tentar achar um jeito de encontrarem o esconderijo deles e resgatar Mário, menos Marcelina, que se sente culpada. Sem ânimo de escutar a conversa, ela vai até a sala pra se distrair e encontra Chimoltrufia assistindo à televisão, quando a mesma percebe a tristeza da patrulheira, logo pergunta o que aconteceu.

–É o Mário... ele... ele saiu daqui pra ir atrás do cachorro dele, o Rabito, mas agora quatro bandidos pegaram ele.- ela disse, entre soluços.

–Eu acho que sei porquê ele estava assim.- disse Chimoltrufia.

–Sério? Por quê?

–Porque o Botijão me disse que antes de ele sair pra procurar o cachorro, ele procurou aqui em casa e o Botijão ouviu ele falando sozinho que você estava começando a não ligar mais pra ele porque estava gostando do Jorge, o menino novo, e quis aproveitar pra encontrar o Rabito e fugir junto com ele.

–Mas eu não sinto nada pelo Jorge, só estava testando ele pra ver se ele realmente mudou ou era só fingimento!

–Mas isso você tem que dizer ao Mário, quando encontrá-lo.

–É isso mesmo que eu vou fazer, e vou fazer agora!!!- ela gritou e subiu as escadas, disposta a ouvir o plano de Daniel pra resgatar Mário pra que enfim, ela possa explicar pra ele o mal entendido.