Falso amor

Capítulo 56


Olá lindas. Aqui estou com mais um capítulo que demorei por estar enrolada entre minhas matérias e outras obrigações, o que penso que voltarei a atualizar mais vezes seguidas lá pra dezembro com o fim do semestre e minhas atividades. E enfim espero que gostem do capítulo mixuruca é o que tem para hoje kkk. E sabem, estou com planos de tornar algumas de minhas fics com enredo originais como essa que é minha primeira opção, em livros, o que acham? Deixem nos comentários pra mim saber a opinião de vocês kk bjs

Maria entrou em um quarto de hóspedes, que Heitor indicou que ela poderia usar à vontade, encostou porta atrás de si e adentrou mais nele.

Depois que olhou ao redor podendo recordar daquele quarto na casa, ela levou a mão na boca começando a tentar colocar seus pensamentos em ordem com o que passava em sua mente. Geraldo estava em um hospital e Estevão a poucos metros dela estava sendo seu único suspeito do que poderia ter acontecido com ele.

Ela passou as mãos nos cabelos aflita. Estevão não podia ter sido capaz de fazer o que ela pensava. Não podia, que caso sim tivesse feito, ele teria ferido um inocente além de ter conseguido com que seu suposto plano, o que desejou. Ela com ele.

Havia terminado a noite com ele não com Geraldo, não com o jantar que ele tanto reprovou que ela fosse. Pensando mais além, ela começava a lembrar da ligação que tiveram ainda pela manhã naquele dia. Estevão havia ameaçado Geraldo ainda que indiretamente. O ameaçou ao insinuar que poderia fazer uma besteira caso ela não voltasse atrás ao ter aceitado aquele convite de Geraldo. Que tola havia sido em não pensar novamente que ele poderia estar a um passo na frente dela com aquele assunto também. Afinal ela sabia que não era a primeira vez que Estevão a pegava de surpresa tramando as suas, como conseguir provar pelas costas dela a paternidade de Estrela.

Esteve ali com ele toda noite. Se sentia agora a mais fraca das mulheres, já que chegou ali porque queria e não se importou de verdade com o que pudesse ter acontecido com Geraldo. Claro que não tinha se importado, seu coração, seus desejos, estavam com o homem que ela deixou no andar de baixo da casa e essa era mais real verdade ali. Estevão era sua pior e ao mesmo tempo, melhor debilidade. Não podia negar isso a si mesma, não, podendo lembrar de seus recentes toques e beijos.

Ela se abraçou fechando os olhos. O amava e o desejava como louca, sim louca porque ele sempre seria o Estevão que a feriu no passado sendo capaz de tudo e ainda assim seguia o amava.

Ela então ouviu batidas na porta o que a deixou em alerta a tirando de seus devaneios, trazendo-a para aquele quarto novamente e torceu para que não fosse Estevão batendo nela mesmo sabendo que poderia ser sem ela ser capaz de intervir por simplesmente estar na casa dele.

—Heitor: Mamãe. Aqui está seu celular.

Depois de falar Heitor bateu na porta mais uma vez e Maria abriu rápido com um sorriso no rosto ao ouvi-lo, até que o mirou nos olhos ficando sem jeito ao pegar o celular da mão dele.

—Maria: Obrigada, filho. E me desculpe de novo pela situação.

Depois falar ela baixou o olhar envergonhada. Não era boba, tampouco Heitor que ao vê-la vestida daquela maneira tão tarde da noite e ainda na companhia de Estevão ele deduziria muito bem o que tinha acontecido na ausência dele.

O que o jeito dela mais uma vez mostrando constrangimento, vez Heitor dizer.

—Heitor: Sei que Estrela e eu não vamos ganhar um irmão atoa. Só acho que deviam assumir de uma vez que se amam e então voltaríamos a ser uma família.

Maria abriu a boca e fechou novamente sem saber o que responder então, Heitor para terminar aquele momento disse.

— Heitor: Se precisar de mim, estarei no meu quarto, no corredor a esquerda, na segunda porta. Boa noite mãe.

Maria então sorriu notando com o coração agora alegre, que da boca de Heitor estava se tornando cada vez mais familiar ele chamá-la de mãe, do que senhora tão formal e frio como antes ele se referia mais vezes a ela.

—Maria: Boa noite filho.

Ainda de sorriso no rosto, ela fechou devagar a porta encostando ela e caminhou tentando voltar à normalidade com o efeito não só da realidade que era mais mãe para Heitor que senhora, mas também do que antes ele tinha falado.

Não se via voltando a ser uma família ao lado de Estevão. Não com ele seguindo errando como pensava que mais uma vez ele tinha errado. Ela então torceu os lábios e olhou o celular em sua mãe e em seguida chamou um número nele.

Vivian na sala de espera do hospital atendeu Maria.

—Vivian: Aí Maria, eu te liguei tanto.

Maria tocou os cabelos e a respondeu de consciência pesada, ao ouvi-la.

—Maria: Eu não tinha o celular perto de mim, Vivian. Mas me conte, o que houve com Geraldo? Já sei que houve algo com ele.

Vivian suspirou. O que sabia era que Geraldo havia sido abordado por homens que o espancaram de frente da casa que morava, que por isso ele estava no hospital, não gravemente ferido, mas naquele momento passando por uma cirurgia urgente no nariz que era conduzida pelas mãos de um cirurgião plástico.

Quando contou Maria apenas pensou em como tinha ficado o rosto de Geraldo para que tivesse que passar por aquela cirurgia.

Que então assim, com pesar na voz e na consciência ela disse.

—Maria: Vou ao hospital ficar com você Vivian.

Vivian ao ouvi-la pensou que não seria necessário Maria estar mais ali. Afinal que ela estava por ter sido avisada por José e mais outro 2 que trabalhavam com eles, que vivendo sozinho no México Geraldo tinha seus funcionários como uma fraterna família, o que resultava aquele momento ele ter a preocupação deles todos. Que então assim ela já disse, se explicando que já ia.

—Vivian: Não adianta Maria. Tanto que logo estou indo para meu apartamento. Geraldo está apenas passando por essa cirurgia no nariz para não ficar defeituoso, ele não corre risco de vida.

Maria tocou a boca. Imaginando novamente com as palavras de Vivian como Geraldo estava fisicamente.

—Maria: Tem certeza que não precisava que eu vá? Eu posso ficar com ele até que ele acorde.

Vivian fez que sim com a cabeça mesmo que Maria não via, e confirmou.

—Vivian: Tenho. Vou para casa e amanhã pela manhã podemos vim juntas para vê-lo de nariz concertado.

Ela acabou riu de mão na boca para se conter e depois disse quando viu Maria em silêncio.

—Vivian: Te liguei em seu apartamento e a babá de sua filha disse que você não estava Maria. Você já chegou ou ainda está sabe lá Deus aonde...

Desconfiada foi assim que as palavras de Vivian soaram e Maria entendeu o porquê elas soaram daquele modo, que então ela a respondeu.

— Maria: É complicado dizer onde estou Vivian, então prefiro não dizer.

Vivian arqueou uma sobrancelha atenta.

—Vivian: Geraldo é melhor que ele. Boa noite Maria. Até amanhã.

Sem precisar de mais palavras de Vivian, Maria soube que ela já tinha entendido onde ela estava pelo que tinha escutado. Ela então desligou o celular e então ouviu alguém bater na porta e abri-la sem esperar que ela fizesse.

Ela então se virou e ali estava o causador de suas dores de cabeça no momento.

Que então de celular ainda na mão, a frente da grande cama que tinha naquele quarto, ela ergueu a cabeça, empinou o nariz e disse o mirando séria depois que passou alguns segundos com eles apenas se olhando.

—Maria: Sei que foi você que mandou espancar Geraldo, Estevão. Achou que eu não ia chegar a essa obvia conclusão?

Estevão ao ouvi-la respirou fundo. Tinha subido preparado para se defender daquela acusação que ela agora lhe dizia na cara. Que então assim, ele a respondeu sem deixar de mirá-la nos olhos.

—Estevão: Sabia assim que ouvi Heitor e sua reação, que pensaria isso de mim, Maria, mas estou aqui para dizer a verdade. E a verdade é que não fiz nada do que diz. Nada!

Maria riu sem poder crer nas palavras dele e jogou o celular sobre a cama para. Naquela situação acreditava que havia mais fatos para acreditar que Estevão de fato tinha culpa no que tinha acontecido a Geraldo do que não. Fatos eram fatos e estava diante de seu ex-marido que recentemente tinha comprado a decisão de um juiz para apenas ter o que queria. Então porque acreditaria fácil nele?

Que então assim ela disse o mirando toda desconfiada.

—Maria: Não acredito em você. O ameaçou muitas vezes até essa manhã! Claro que foi você, Estevão!

Estevão bufou juraria que era inocente até a morte que por isso rebateu as palavras dela de tom mais firme na voz.

—Estevão: Já disse que não foi eu, Maria! Fiz muitas besteiras, mas essa não foi uma delas!

Ele andou de um lado ao outro na frente da porta enquanto passava a mão na cabeça. E Maria que tinha se alterado, respirando fundo, cruzou os braços o mirando e disse decidida.

—Maria: Quero minhas roupas como estiverem para que eu possa ir porque não fico nem mais um minuto aqui!

Estevão parou e a mirou e disse depois que deu um sorrisinho sem vontade.

—Estevão: Não tem condição de usá-las a não ser que queira sair vestida em um traje pingando água e sabão.

Agora foi Maria que bufou, que levando a mão ao laço do roupão o apertando, ela disse com raiva.

—Maria: Tudo bem, vou assim mesmo. Já é tarde da noite e quase ninguém me verá chegar como estou em meu apartamento. E vou agora mesmo!

Ela foi passar por ele. E ele então a segurou pelo braço, a mirou e disse de voz baixa e de olhar séria.

—Estevão: Estive preparando algo para comer, está lá embaixo. Não vamos estragar nossa noite por essa bobagem Maria. Já disse que não fiz nada.

Ela acariciou devagar o braço dela subindo e descendo a mão. Não se importava nem um pouco com Geraldo e não fingiria se importar fazendo dele o motivo daquela briga que via Maria querendo causar entre eles depois do que tinham vivido. Enquanto ela abriu a boca indignada, não ia aquele assunto como bobagem para ela ainda que ele não fosse o culpado, o que tinha acontecido com Geraldo havia sido grave e despertava nela certa culpa por saber da situação que ele se encontrava e ela todo aquele tempo ali com ele. Que assim, o mirando ela disse.

—Maria: Não é uma bobagem, Estevão. Um homem foi espancado em frente de sua própria casa, e bem no dia que eu teria um jantar com ele que em troca estou aqui que mesmo que não seja o culpado o que não posso simplesmente acreditar tão fácil, não por ter fortes suspeita que te acusam como mentor dessa barbaridade esse assunto não é uma bobagem, é sério!

Estevão deixou de tocá-la que se afastando, ele disse.

—Estevão: Ainda assim, é uma advogada e deve saber que para me acusar tem que ter provas, Maria e não tem! Então sou inocente até que prove o contrário!

Ele parou para olhá-la e arqueou uma sobrancelha enquanto ela torcia os lábios o encarando.

—Maria: Sei como pode ser um sínico, Estevão! Ameaçou ele e penso que seus ciúmes o fez ataca-lo e claro que não foi com suas próprias, mas claramente mandou! Então foi mentor!

Depois que Maria falou ela cruzou os braços desviando dos olhos dele tentando se acalmar. Enquanto Estevão ao ouvi-la riu e rebateu com certa frieza em seu olhar e voz, ao falar.

—-Estevão: Pode ter certeza que se eu tivesse mandado mesmo, não faria um serviço tão amador assim para que as suspeitas caíssem tão fácies sobre mim. Afinal o que eu ganharia com aquele imbecil no hospital. Suas suspeitas? Sua preocupação por um outro homem que devia respeitá-la como chefe e não a corteja-la, como ele faz? Por favor, Maria sabe que eu seria capaz de fazer algo bem melhor que isso.

Ele andou ofegante depois de falar e Maria o olhando parar de frente com a janela do quarto, o questionou séria depois de ouvi-lo.

—Maria: Seria capaz de sumir com ele? De mata-lo, é isso Estevão?

Estevão virou para ela devagar. Nem saberia expressar do que seria capaz se realmente tivesse que fazer uma escolha que não se comparava em deixar Maria estar em um jantar romântico que não era com ele e sim com outro homem como naquela noite ele havia realmente permitido.

Que então não podendos mais seguir com aquilo, ele disse.

—Estevão: Não quero mais falar nesse homem. Estávamos bem, que além do mais foi você que bateu em minha porta Maria. Eu fui tolo o suficiente por deixado você, minha mulher estar com outro homem porque sei o quanto errei e não me permitiria errar novamente por culpa de alguém tão insignificante.

Maria balançou a cabeça com um riso no rosto que não era de felicidade e sim de indignação. Estevão não podia seguir pensando que se ela tinha aceitado aquele convite de jantar com Geraldo e ido, foi porque ele tinha permitido. Não era o dono dela e não podia deixa-la pensar que era e que tinha tanto poder para intervir em suas decisões. Que então assim, ela não pensou muito em expor o que ele não sabia e que ela sentia que tinha feito por vontade própria. Sem precisar que ele autorizasse ou temendo sua reação.

—Maria: Eu não sou sua propriedade para que pense que deve me permitir fazer algo ou não Estevão, e talvez Geraldo não seja tão significante como pensa. Porque eu o beijei. Nos beijamos e fiz porque eu quis. Então pare de pensar que pode decidir meus caminhos só porquê estou de volta em sua cama! Eu sou das minhas vontades e tenho minhas escolhas e vou fazê-las conforme minhas vontades, não as suas e tampouco de Geraldo. De ninguém!

Estevão ficou vermelho quando a ouviu sentiu seu rosto queimar e seu corpo todo ficar rígido. Olhou muito sério para ela para encontrar alguma brecha do que o que ela acabava de confessar fosse uma mentira apenas para provoca-lo, mas não via. Maria seguia o encarando de rosto altivo e olhar seguro nos deles. E então ele piscou como que se quisesse tornar do transe que se encontrou ao ouvi-la. Geraldo tinha a beijado ou melhor tinha beijado e um beijo era um beijo, que para acontecer algo mais só bastaria dar um passo. Ele respirou fundo quando e como deixou aquilo acontecer? Talvez sim deveria ter feito algo para impedir que aquilo tivesse passado.

Que assim ele andou até Maria. Andou calado e ela se viu dando passos para trás até sentir a porta. Ela então ergueu a cabeça o mirando alto na frente dela e quase colado nela e disse, esperando uma reação da qual com seu regresso acostumou ter vindo dele.

—Maria: Vai me ofender por te beijado ele? Se vai, faça porque não irá me surpreender Estevão.

Ela abriu a boca levando ar para seus pulmões assim. E Estevão respirou fundo. E estava ali a resposta do porquê aquele beijo tinha acontecido, ele era o único culpado por aquilo. O que o fez fechar os olhos e engolir em seco. Suas mãos ele levou na porta que com as mãos espalmadas nela e os braços estirados lado a lado da cabeça de Maria, ele voltou a olhá-la sabendo como deveria agir. Que se tinha Geraldo oficialmente como um rival, ele teria que usar as armas para atraí-la e fazer com que ela de uma vez se rendesse ao amor deles, e não o contrário.

Que assim, ele disse com seus olhos contendo um brilho intenso.

—Estevão: Permitiu que ele te beijasse, mas sei que os beijos que realmente deseja e que te fazem vibrar são os meus, Maria. Não irei feri-la mais, mas se com sua confissão me dá um rival para que tenha que brigar por seu amor, eu vou brigar e vou usar todas as armas que tenho ao meu favor.

Maria sentia seu coração batendo tão rápido que pensou que sairia de seu peito. Sua boca secou e não sabia como responder Estevão. O que acontecia desde que ele começou a acreditar na inocência dela era aquilo, ele não fazia nada com que ela voltasse a desejar odiá-lo. Não que desejasse ser ferida, mas que daquela maneira resistiria mais ao que sentia. Ela virou a cabeça de lado e em seguida sentiu uma mão dele entrar dentro do roupão dela. Estevão subiu a mão dele devagar a tocou no sexo dela desnudo. Maria ofegou de coração mais acelerado e o mirou e quando ela fez, ele deu um curto sorriso e disse de rosto quase colado no dela.

—Estevão: Eu ainda estou aqui em você.

Ele respirou pesadamente. O que falava era por te feito amor com ela mais de uma vez na sala que estiveram ela tinha o gozo dele no corpo dela. Ele então enterrou dois de seus dedos devagar para dentro dela. Maria soltou um gemido sofrido. Entendeu do que ele falava quando ele a penetrou com os dedos ela apertou as pernas com a mão dele entre elas.

—Estevão: Quando ser capaz de se entregar a outro homem. Eu me renderei, Maria porque então entenderei que já não sente nada por mim.

Ele deu um beijo demorado no meio da testa dela, depois ficou com o rosto contra o dela movendo assim os dedos. Maria separou mais as pernas uma da outra e fechou os olhos, apertando os lábios nos dentes contendo um gemido. Até que Estevão sentiu com seus dedos nela que ela estava ficando mais pronta para ele o que o fez aumentar mais os movimentos deles, enquanto ele buscava olhá-la com a respiração mais pesada de desejo.

Maria então subiu as mãos apertando os braços dele o mirou e tentou dizer.

—Maria: Este... vão

Ele acalmou os movimentos dos dedos concentrando agora no seu dedão no ponto mais sensível dela a deixando momentos depois na beira de um orgasmo, que quando ele notou que aquilo aconteceria ele se afastou e disse.

—Estevão: Eu te levo embora como quer, mas antes terá que se alimentar.

Maria piscou se afastando da porta. Sentia as pernas bambas e o corpo quente de desejo pelo que ele fazia, o que durou até aquele momento quando ela notou que ele não seguiria mais com o que fazia que o passo seguinte dele foi passar por ela e abrir porta para sair do quarto.

Ela então levou as duas mãos acima da cabeça e andou pensando que sairia louca daquele amor. Iria enlouquecer...

Ela buscando sua razão mirou outra porta no quarto que sabia que era um banheiro e caminhou até ela. Dentro dele, ela se olhou no espelho diante da pia tomando consciência de onde estava e qual situação estava. E Deus do céu iria acabar realmente louca quando tudo aquilo acabasse.

Ela então se afastou e desamarrou seu roupão, ou melhor de Estevão o largando no mármore da pia e olhou a ducha do chuveiro antes de entrar. Tomaria banho naquela casa e o que faltaria mais voltar a fazer nela?

Depois de soltar um suspiro, entrou no chuveiro de água morna e fechou os olhos debaixo dele. Passou alguns longos minutos que não pôde contar com ela daquele modo, até que um barulho dentro do banheiro fez ela abrir os olhos e mirar de lado.

Maria tinha as mãos estendidas na parede com a cabeça baixa enquanto levava água nela, que com o box aberto Estevão a mirou. E disse quando viu ela o olhando.

—Estevão: Está bem? Demorou então vim ver como estava, querida.

Ela suspirou com ele manso falando com ela daquela forma. O também a enlouquecia, já que ele tinha tantas faces e todas elas, ela já conhecia muito bem.

—Maria: O que será de nós Estevão?

Ele andou um pouco mais para dentro do banheiro e disse.

—Estevão: Como assim? O que andou pensando Maria?

Ela suspirou outra vez. Não valia apena falar, não de novo de seus sentimentos e confusões como havia feito ainda naquela noite antes de fazerem amor, afinal, Estevão com sua presença sempre os colocava em prova por bem ou por mal.

Ela voltou a olhar a parede, tocou um lado encharcado do seu cabelo e então, quando ela voltou olha-lo ele já retirava a blusa do corpo.

—Maria: O que está fazendo?

Ela então perguntou já decoração acelerado. Sua nudes diante dele até aquele momento não tinha sido um problema se ele seguisse de roupa o que parecia que a história mudaria assim que o visse nu e entrando no chuveiro com ela como claramente era sua intenção.

—Estevão: Disse que vou levá-la, mas também preciso de um banho antes disso e porquê não fazê-lo agora? Ou não posso?

Maria abriu a boca e logo fechou. Estava certa que mesmo que dissesse não ele atravessaria o box e entraria com ela ali além de que não sabia se tinha o direito de impedir, usava o banheiro dele e seu chuveiro. Desde que decidiu dirigir até ali tinha sido consciente que estaria em seu território, nas suas mãos e ainda assim foi.

—Maria: Ainda não estou convencida que não fez nada a Geraldo.

Ela olhou para cima vendo ele já todo nu passando por ela e ela indo para o lado para ele usar o chuveiro.

Estevão levou as mãos nos cabelos esfregou o rosto e só em seguida a respondeu.

—Estevão: Não vamos falar mais nisso que, tal, hum?

Ele se virou para olha-la menor que ele o foi fácil dele puxa-la mais para perto pela cintura. Maria suspirou levando as mãos dela sobre o peito dele, erguendo a cabeça logo em seguida para dizer.

—Maria: Não quero mais sexo Estevão muito qualquer tipo de brincadeira que pense em fazer como a que ainda pouco fez comigo.

Estevão deixou as palavras dela em segundo plano e a abraçou com outro braço agora envolto dela e lhe mirou nos lábios. Havia deixado o quarto com a confissão dela na cabeça. Ela havia beijado Geraldo. Havia o beijado e quem sabe Deus aquilo poderia levá-los se isso seguisse. O que ele devia impedir e intervir. Tinha que fazê-la de uma vez se entregar ao amor que sentia que um passo já estava ganho por ele saber que ela ainda o amava também, agora ela só tinha que deixar de lutar contra aquele amor que ainda os unia, que para isso ele tinha que ajudá-la com ímpeto aceitar quem ele era o amor da vida dela assim como ela era o dele. Outro homem não podia tomar o lugar dele que ainda que não merece ele tinha ali, no coração dela, na pele e alma assim como ela seguia nele.

—Estevão: E meus beijos não quer?

Ele trouxe a atenção dela para ele ao falar já que Maria mirava o peito dele onde tinha sua cicatriz. Ela então subiu a cabeça e ele não duvidou com aquele movimento em beijá-la.

Ele a beijou lento, ela retribuiu se rendendo e também o abraçando, então as bocas se separaram, Estevão a olhou e voltou a falar baixo com a água caindo neles.

—Estevão: Só vamos ficar assim antes de cruzarmos aquela porta e voltarmos a nossa realidade.

Maria assentiu com a cabeça e voltaram se beijar até que tudo ficou mais intenso e os beijos não foram mais suficientes.

Mais tarde Maria estava na cozinha da mansão San Román. Estava sozinha enquanto comia sobre o balcão uma torta doce depois ter comido sanduíches que Estevão tinha preparado para ela e ele com suco de laranja para acompanhar. Ele não estava ali com ela tinha subido para se trocar depois de passar um bom tempo de roupão como ela na cozinha. Tinham feito amor uma vez no chuveiro e outra na cama o que não tinha deixado Maria surpresa que cederia. Ela cutucou o resto da torta com o garfo. Gostaria de estar com Estevão sem sentir depois que fazia algo errado. O amava, ele era o pai dos filhos dela, mas o passado que tinha tão presente entre eles, sempre a deixava com aquele amargo na boca sempre quando se entregava ao amor deles. E será que algum deixaria de senti-lo? Será que deixaria de verdade as mágoas e rancores para trás? Sabia que só assim poderia tentar ser feliz outra vez com Estevão. Mas seria capaz?

Ela empurrou o prato com o resto da torta com as mãos, já satisfeita e olhou depois seu celular que marcava 3:19 da manhã. E ela seguia ali se recusando ficar até o amanhecer. O que parecia ser apenas orgulho de sua parte em não querer dormir outra vez debaixo daquele teto. Que dormir não podia, mas em troca, tinha perdido as contas de quantos orgasmos tinha tido aquela noite debaixo daquele mesmo teto.

—Estevão: Te levarei no meu carro para que eu possa voltar então o seu peço para que Arnaldo a leve pela manhã junto com suas roupas, pode ser, querida?

Ouvindo a voz de Estevão atrás dela e que se aproximava, ela nem se virou apenas assentiu com a cabeça para respondê-lo. E ele então disse, beijando a cabeça dela.

—Estevão: Tudo bem, minha vida?

Ela então se virou para ele e o mirou no rosto. A contrário dela, ele não parecia nem um pouco perturbado com tudo que passava ali até mesmo ela o ter acusado de atacar Geraldo e depois confessado que o tinha beijado e tudo depois de também ter confessado que ainda o amava. A noite tinha sido longa demais o que a deixou com vontade de passar dias sobre cama apenas pensando nos acontecimentos dela. Enquanto ele seguia daquela forma, parecendo bem a tratando amorosamente, o que ela pensou que ele não sentia nenhuma confusão e abalo pela noite como ela estava sentido, ou ele sentia mas fingia muito bem que não. Mas que cansada ela disse, pegando seu celular.

—Maria: Vamos agora?

Estevão assentiu vendo ela sair da cadeira que sentava. Agora ela vestia um roupão menor do que antes esteve, por Heitor ter dado um dele. O que ela cruzando os braços sentindo o pelo macio dele, disse, lembrando de seu primogênito.

—Maria: Nosso filho deve achar que somos um par de pervertidos Estevão. Meu Deus, que vergonha.

Estevão sorriu pondo as mãos na costa dela.

—Estevão: Deve achar que apesar de tudo ainda nos amamos e nos queremos.

Maria nada respondeu pois sabia que era aquilo mesmo que ele pensava e em seguida saíram da mansão, vendo que o céu estava apenas nublado sem mais qualquer chuva.

Dentro do carro Estevão dirigiu calado por estar pensativo o que Maria passou o mesmo com Maria, até que quando já dentro do estacionamento do condomínio dela com eles ainda no carro, ele disse calmo.

—Estevão: Juro por nossos filhos e esse que teremos que não fiz nada a Geraldo, Maria.

Ele a olhou desejando que Maria visse a sinceridade em seu olhar e palavras. O que ela fez foi suspirar, já não tinha certeza de nada e não queria mais falar daquele assunto. Que por isso, ela disse.

—Maria: Agora eu que não quero mais falar disso essa noite Estevão. Ela foi longa demais. E estou tão exausta e de tantas formas.

Ela jogou a cabeça para trás no banco e depois mirou a janela. Estevão a entendeu e a tocou na levemente na perna, acrescentando.

—Estevão: Podemos dar um final em tudo isso que tira nossa paz Maria. Só depende de você. De um sim seu.

Ela o mirou, lembrando das propostas dele de esquecerem tudo e recomeçarem, coisa que ela pensava que não seria capaz de fazer como ele queria. Que então o respondeu o olhando de lado.

—Maria: Quer arrumar tudo esquecendo o passado, o que fez, o que fizeram comigo Estevão. E eu? Como fico?

Estevão respirou fundo. Sabia que aquela seria a resposta dela, mas em troca podia buscar a verdade também, o que ele também já oferecido a ela aquela opção, tinha até um detetive procurando o infeliz que os jogaram naquele precipício que sim vim que viveram e ainda lutavam para sair dele. Que assim ele disse, lembrando que tinha desejado antes mesmo de estarem ali conversar com ela sobre aquele assunto.

—Estevão: Ontem pela manhã fui mais cedo para empresa, isso que quis dizer a você quando lhe liguei no final do almoço que tive com nossa filha. E tem razão algo no que viu na noite passada, pude ver nas câmeras, Maria e só pensei que quero também agora mais que nunca achar os culpados de nossa separação, mas que sim seria capaz de abandonar tudo até minha empresa se quisesse recomeçar ao meu lado.

Maria suspirou desejando chorar, sacudiu a cabeça toda vermelha e com o choro entalado e disse.

—Maria: Não posso ainda decidir isso. Não sou capaz ainda que te ame.

Estevão se moveu para ficar de lado e tocá-la no rosto. O que ele fez e disse.

—Estevão: O fato de me amar pode mudar muita coisa Maria.

Maria negou rápido com a cabeça fazendo Estevão deixar de tocá-la e sentindo que de seus olhos as lágrimas correram, ela o respondeu o mirando.

—Maria: Não muda nada. Apenas sigo nas suas mãos como há 15 anos estive.

Ela então abriu a porta do carro e saiu junto com sua bolsa e agora seu sobretudo que tinha pego dentro do carro dela a cobrindo melhor do que o roupão de banho que usou que por sorte pensou que ele a deixaria mais coberta quando entrasse no elevador.

Estevão a acompanhou com a visão até ela começar a sumir e ficou ali por um tempo calado. Ainda que naquela noite já dia, ele tinha passado toda ela com Maria e ainda escutado de uma vez que ela também o amava, ele sentia que não tinha nada para comemorar. Nada...

3 dias depois.

Maria estava no hospital. Geraldo deixava ele por já estar se recuperando bem da cirurgia.

Não sabiam quem tinha atacado ele. Mas sabiam que não havia sido para rouba-lo, já que o tinham agredido em três homens em frente a casa dele, o deixando assim desacordado sem levar o carro dele que ficou ligado com a chave nele, nem a carteira que esteve com ele muito menos o celular. Que por isso depois de uma denúncia feita, a polícia procurava por câmeras na vizinhança para entender o que tinha acontecido. Maria e até Geraldo estavam certos que poderiam ser alguém por trás daquele ataque que tinha algo contra Geraldo e até seu escritório de advogados, que na verdade advogados como eles poderiam incomodar demais e derrubar planos que pudessem vir a luz se eles fossem contratados para isso. Que por esse fato, Geraldo acreditando que tinha uma extensa lista de inimigos, pensava que aquela investigação daria não chegaria a nenhuma conclusão, mas que mesmo assim não vacilaria uma próxima vez para ser alvo, contratando assim seguranças para vigiar sua residência e a ele mesmo, o que ele torcia que não fosse por muito tempo aquela condição.

Entre os inimigos que Geraldo acreditava ter, Maria sabia que tinha alguém que podia dar como um suspeito para ele se ele falasse, mas que ficou calada. Protegia Estevão e suas ameaças feitas a ele e que ele desconhecia. O que a fazia pensar em que mais seria capaz de protege-lo. Afinal lavavam dinheiro nas empresas San Román e alguma suspeita poderia cair sobre ele. E pensava que tinha que se preparar para quando tivesse materiais suficiente em seu dossiê, não só para uma denúncia e sim para a conclusão de uma investigação que fariam, para as consequências que viriam dela sem poder intervir.

Ela sacudiu a cabeça sentada sozinha no meio da sala de espera, que então Geraldo apareceu com uma mala média de mão. Ele tinha o rosto marcado com hematomas e um esparadrapo no meio do nariz.

Que ao vê-la, ele disse por saber que era ela que o esperava depois de te tido todo o tempo que esteve no hospital visitas dela.

—Geraldo: Ainda penso que não precisava estar aqui, Maria.

Maria sorriu gentil para ele. Ela era a única que buscava ele na saída do hospital porquê tinha se oferecido aquele posto ainda no escritório dele, já que sabiam que a família que Geraldo tinha perto era eles, que a de sangue eram tudo distante. Que assim ela quis estar ali para ser gentil e um pouco mais daquilo como tentar limpar sua consciência pesada que enquanto ele era atacado e operado, ela tinha passado a noite fazendo sexo com um ex-marido que por sinal ainda amava e carregava um filho dele, que Geraldo ao menos sabia. O que ela pensava que ela poderia usar aquela manhã deles juntos para lhe ser finalmente sincera.

—Maria: Eu lhe devo essa gentileza depois de ser tão bom comigo Geraldo. Só vamos que eu levarei a sua casa.

Ela por fim o respondeu e Geraldo sorriu dizendo em um tom de brincadeira.

—Geraldo: E por acaso sabe onde moro?

Ele arqueou uma sobrancelha rindo de lado, e ela riu dizendo.

—Maria: Irá me dizer, é claro.

Ele então tocou em um lado suas costelas começando a andar enquanto puxava sua mala, Maria viu a dificuldade dele e chamou por um enfermeiro para pegar a mala e depois disse.

—Maria: Apoia-se em mim para andar.

Ela laçou a cintura dele com um braço e Geraldo ainda que pensava que poderia andar com passos curtos sem apoio, passou o braço por cima dos ombros dela fingindo que se apoiava nela apenas para encostar os corpos.

Foram assim até o carro de Maria, acompanhados pelo enfermeiro e então partiram.

Estevão nas empresas San Román, desligava com raiva o telefone em sua mesa.

Estava vermelho, nervoso quando ouviu de Arnaldo onde Maria estava.

Ele desapertou impaciente e enciumado, sua gravata.

—Estevão: O que está fazendo Maria? O quê?

Estava tendo um dia mal na empresa e em uma data também que não apreciava ou havia deixado de aprecia-la por 15 anos a fazendo dela como uma qualquer, como mais um dia normal em todos aqueles anos. Fora o que lhe deixava de mal humor, estava desconfiado de muitas coisas que acontecia debaixo de seu nariz na empresa e por isso queria se desfazer das ervas daninhas que ele começou a identificar o que o primeiro havia sido o funcionário que não havia confessado, mas que claramente tinha sido ele dar fim as imagens que ele buscou ver da noite que Maria o chamou para estar na empresa.

Longe dali. Maria havia se recusado entrar na casa de Geraldo que parecia ser tão bonita e grande quanto a de Estevão com a diferença que Geraldo morava sozinho nela com seus empregados que ela com toda certeza sabia que ele teria.

Sem Geraldo descer ainda do carro, Maria não soube como havia feito apenas que tinha soltado que estava grávida do ex-marido que Geraldo já sabia muito bem quem era confessando também que o amava.

Ele se surpreendeu com a notícia. Não tinha notado nenhuma diferença em Maria que dizia que estava grávida, o que ele certo pensava que notaria apenas por sempre que tinha oportunidade decorar sua imagem dela pensando então que aquela gravidez só podia ser recente. O que o fato dela estar grávida não a vendo dizer que estava em uma nova relação com Estevão, pensava que ainda havia brecha para ele enquanto ela não fosse uma mulher comprometida aquele bebê poderia ter outro pai se ela assim quisesse. Que então ele disse, muito interessado naquele papel.

—Geraldo: Não me importo se está grávida Maria nem se ainda pensa que ama Estevão. Ele segue sendo seu ex.

Maria suspirou para seguir expondo seus sentimentos para ser sincera, e o respondeu.

—Maria: É mais que um pensamento é um fato Geraldo. Por isso quero ser sincera que na verdade eu seria na noite de nosso jantar. Seja o que tiver em mente comigo não tem futuro.

Geraldo só pensou nas palavras de Luciano e pensava que tinha que seguir fazendo Maria se abrir com ele como ela fazia, sim, assim ganharia a confiança dela e queria mais que aquilo. Que assim ele disse.

—Geraldo: Eu discordo. Apesar de dizer que ama Estevão não te vejo com ele. Então algo passa o que me dá esperança de ser melhor que ele que te deixou ir, Maria. Então o que há a mais nessa história que não me conta e apenas tenta querendo me afastar? Aceite meu convite de entrar em minha casa e conversemos apenas como bons amigos.

Maria o mirou indecisa por alguns segundos, até que assentiu com a cabeça.

Mais tarde.

Era noite quando Maria se despediu de Heitor que deixou seu apartamento. Ela então andou devagar olhando o que tinha na mão. Era um passaporte falso acompanhado de um documento de identidade. Era bem mais o que Patrícia tinha pedido em troca de dar a ela um nome e endereço que ela tanto necessitava.

Ela então deixou na mesinha ao lado do sofá e sentou. Não era tonta que por isso há 2 dias segurava aquele passaporte com ela buscando a melhor estratégia para ter o queria de Patrícia sem deixar que ela saísse vencendo daquela forma. O que uma delas que tinha em mente, era denuncia-la assim que ela tentasse sair do país com aquele passaporte, assim ela não sairia totalmente empune do que ela sabia e havia ficado calada enquanto a destruíam.

Maria suspirou pensativa. Estava sozinha por aquela noite Estrela ter ido dormir na casa de Maggie, o que apreciava a solidão para fazer aquilo pensar no que mais deveria ser importante. Ela então suspirou mais uma no silêncio. Até que o tocar da campainha a assustou a fazendo saltar de leve no sofá. Ela então caminhou até a porta depois que se recompôs. Achava que Heitor tinha esquecido algo, que por isso apostava que era ele até se deparar com Estevão em sua porta com uma aparência não muita boa.

Ele não levava gravata, tinha a blusa em seu peito mais que 3 botões soltos, o cabelo parecia que ele tinha passado várias vezes a mão nele e os olhos estavam brilhantes e dilatados como que se ele tivesse bebido. O que ela teve certeza quando ele se moveu e o cheiro de uísque que ela conhecia que ele costumava beber atingiu seu nariz.

Que então assim ela disse.

—Maria: O que faz aqui e desse modo Estevão?

Ela falou baixo e também preocupado com o estado que ele parecia estar. Ele ainda estava em uma condição de recém operado para beber daquela maneira. Então ela quis saber o porquê ele estava daquela maneira, afinal não estava brigada com ele apesar de depois da noite que estiveram na mansão não terem tido a oportunidade de ficarem sozinhos, por ela na ausência de Geraldo no escritório de advogados juntos com dos demais tiveram que se responsabilizar por tudo, deixando ela dos 3 dias passado ter ido só um nas empresas San Román, e ainda ficado só algumas horas. Por isso gostaria também de saber o que ele fazia ali e daquele modo. Estevão a olhou em silêncio por alguns segundos. Seu dia tinha se tornado o pior de todos quando sua mente começou sabota-lo quando soube que ela havia ficado 45 minutos dentro da casa de Geraldo.

Em 45 minutos muitas coisas poderiam acontecer e a mais terrível que passava na mente dele, era ela se entregando ao seu rival e que o via mais forte que nunca naqueles dias e ele estranhamente fraco. Não mais convencido como era, e sim terrivelmente amedrontado em só pensar que ela tinha encontrado alguém que poderia ocupar o lugar dele. Havia perdido as contas em quantas vezes a imaginou naquela tarde do resto da noite que estavam, ela sobre o corpo de Geraldo o cavalgando, ele por cima dela lhe beijando todo seu corpo enquanto lhe fazia amor de todas as maneiras. Assim tinha tornado a data de seu aniversário depois de 15 anos ter praticamente a anulado para tudo e todos em sua volta, a mais memorável, que tinha nela Maria de volta à sua vida, mas também tinha a provável hipótese que ela tinha feito amor com outro homem. E porquê ela não faria? Era solteira, não era como que se o traísse e ainda, mais, que se fosse assim, ele tinha consciência o suficiente que merecia aquele sofrimento só de imaginar que ela tinha por fim deixado outro homem tocá-la.

—Maria: Está bem, Estevão? Entre de uma vez.

Maria então ainda mais preocupada com o silêncio de Estevão, o puxou para dentro arreganhando mais a porta para ele passar. Foi fácil colocá-lo para dentro apenas porque ele estava bêbado, que depois que passou a chave na porta, ela procurou olhá-lo, o vendo olhar sua sala e móveis de uma forma que parecia melancólica demais, ela disse.

—Maria: O que aconteceu, Estevão? Porque bebeu dessa maneira?

Estevão então a olhou agora, a olhou de um jeito profundo suspirou e apenas disse.

—Estevão: Hoje é meu aniversário.