Falling In A New Adventure

Capítulo 2 - Vocações


Como em toda os outros dias, fui o primeiro a acordar. Empunhei meu cajado e caminhei até um pequeno rio que dividia o campo em dois, lá, lavei meu rosto e observei meu reflexo andulante na água, meus cabelos loiros estavam despenteados como de costume, em um estilo próprio. Enchi algumas Garrafas Vazias com água do rio para a viagem e café da manhã, só então, voltei até aonde estavam os outros meninos, esperá-los acordar para irmos embora.

Quando cheguei, Bast e Shandi conversavam animados enquanto Taylor penteava os cabelos de Salém que reclamava baixinho dizendo que aquilo era desnecessário. Dissemos bom dia um para o outro ao mesmo tempo, sentamos em um círculo regular e tomamos nosso desjejum, e, sinceramente, eu mesmo não sabia quando e onde Salém pegou tanta coisa, tinhamos pão, leite e muitas frutas variadas.

Assim que acabamos, levantamos e saímos do Campo dos Aprendizes confiante, em silêncio. Encontramos Jonas ao lado de fora, ele agradeceu pela nossa ajuda na noite anterior e entregou um item para o Salém - “Fique com isso, vocês merecem. Se cuidem” - ele nos deu um último sorriso e voltou para o Campo. Caminhamos juntos até uma encruzilhada ao leste do campo, só então nos despedimos, Salém e Taylon seguiram para o sul, Bast e Shandi foram em frente e eu segui o caminho da esquerda, para o norte.

Só então, sozinho, me vi pensando no que ocorreu. Salém, mesmo desajeitado, me salvou, colocando toda a sua coordenação motora para trabalhar e derrotamos nosso primeiro monstro juntos, e, afinal, o que Jonas entregou para ele? Fiquei um tanto curioso, até cogitei perguntar pelo bracelete, mas não queria levantar tal curiosidade nos outros. Na hora do almoço, cansado de caminhar, sentei sob a folhas de uma enorme árvore parecida com muitas outras. Será que os outros já chegaram aos seus destinos? Bast e Shandi provavelmente sim.

Sem muito o que fazer, prossegui minha viagem. Sempre que eu encontrava um Poring ou um Fabre no meio do caminho, eu os derrotava praticando com o cajado. Enquanto eu seguia minha viagem, ruidosos trovões começaram a rugir e nem um minuto se passou antes de começar a chover. Corri para debaixo de uma árvore tão alta quanto a primeira que me abriguei e me instalei entre seu tronco fendido. Apesar disso, pouco tempo depois, fui esmagado por um imensurável tédio que me impulsionou a sair correndo na chuva rumo a Geffen.

Pouco tempo caminhando sob a chuva, finalmente, voltei a minha cidade natal. Fui direto para a minha casa, minha mãe tem uma pequena horta e, assim que cheguei, colhi alguns legumes e, com um fogão mágico na cozinha, coloquei-os para cozinhar em uma sopa. Troquei meus trajes molhados por secos e, assim que a comida ficou pronta, devorei-a. Tinha parado de chover, sai de casa sem nem ao menos deixar um bilhete para meus pais contando as novidades, estava empolgado demais e acabei por seguir direto para a Guilda dos Magos.

A mestra da guilda, Magda, uma feiticeira bem idosa de olhar esguio e expressões severas que ficava o dia inteiro avaliando as pesquisas que ocorrem na guilda -- ela não era nada gentil -- “Boa tarde, senhora. Vim para me tornar um mago” - Tive que gritar as primeiras palavras para conseguir a atenção da avaliadora. “Um mago?” - ela soltou uma gargalhada abafada - “E como você pretende isso?”. “Diga-me você, senhora” - Todos no local lançaram um sorriso sarcástico em minha direção. “Muito bem, vejo um desafiante aqui, faça-me uma Pedra da Luz. Busque os ingredientes e quando voltar, traga o seu Emblema Aprendiz. Ah! Não espere que eu te diga como fazer a poção”.

Avaliadora estúpida, pensei ao sair da Guilda, não sabe o que meus pais são, tenho certeza que devo encontrar um livro sobre isso e os ingredientes em minha própria casa. Assim sendo, corri até em casa, porém me deparei com um grande problema, os livros estavam ou em rúnico ou em linguagem antiga ou ainda em um idioma de alguma outra raça. Passei o fim da tarde inteira procurando algo que me ajudasse a traduzi-los.

À noite, porém, chegou antes de minha busca ter surtido algum efeito, estava perdido em meio aos livros. Enfurecido, peguei as coisas aleatoriamente no armário do meu pai e os joguei em igual forma no caldeirão, uma fagulha se acendeu e consumiu tudo o que eu havia jogado ali. Estava indo pegar mais ingredientes quando minha barriga me mandou um forte alerta de que eu sentia fome. E lá estava eu cozinhando outra vez.

–Salém, conseguiu chegar em Alberta? - Taylor interrompeu meu furioso cortar de legumes.

–Consegui, estou entrando agora na Guilda – ele respondeu em um sussurro.

–Gente, como vocês estão indo nos testes? - suspirei – Não sei o que fazer em relação ao meu...

Shandi me disse que estava indo bem e que até amanhã ele já seria um espadachim. Bast estava na igreja escutando sermões de algum bispo. Taylor já havia se tornado um arqueiro com a inicial ajuda de Salém que lhe deu os itens necessário para 70% de seu teste e Salém estava indo fazer o teste de matemática. Ainda antes de ir fazer o teste, ele sussurrou um agradecimento aos pais por terem lhe ensinado cálculo.

Isso me atingiu como uma flecha, de súbito me veio a ideia, eu só precisava ir até a minha mãe ou meu pai, quase agradeci Salém na mesma hora, porém ele já havia começado o teste. Sem sono, arrumei minhas coisas e sai de Geffen ainda pela noite, nesse instante lembrei do primeiro conselho que Salém me dera sobre caminhar a noite e esta estava particularmente escura, o que me fez diminuir a velocidade e dobrar a cautela. Só mais tarde que realmente fui dormir.

Acordei cedo e apressei meu passo, chegando em Prontera ainda na hora do almoço, exatamente como eu havia planejado. Minha mãe veio passar uns dias em Prontera para fazer algumas pesquisas e eu sabia que ela almoçaria no Dois Moinhos seu restaurante favorito. Não foi surpresa encontrá-la sentada em uma das cadeiras, surpresa seria encontra-la sentada em cima de um abajur, afinal, ela era uma bruxa. Após cumprimentá-la, perguntei a respeito da Pedra da Luz. Primeiramente, ela se juntou a mim falando mal da Magda depois, saindo do restaurante, que ela me deu Zenny para usar o serviço de teletransporte das Kafras e uma lista com os ingredientes: 1 Gema Azul, 1 Cristal Azul, 1 Erva Azul e 1 Solução Secreta de Morroc.

Ela me acompanhou até a funcionária Kafra mais perto, Sofia. “Tenho quase tudo em casa, menos a Solução Secreta de Morroc” - Minha mãe me disse, depois me orientou de onde consegui-lo e, por fim, instruiu Sofia a me teletransportar para Morroc. Tudo em minha volta escureceu por um momento enquanto Sofia murmurava alguma coisa e quando tornou a clarear, eu estava no meio de uma ruína desértica.

Mal cheguei e escutei uma voz conhecida, com um jeito de falar que muito me irritava, mas que era semi-suportável. Me aproximei dele, o menino de cabelo esverdeado estava pedindo orientação de como chegar à base de refúgio de Morroc. Ele deu um salto assustado quando chamei seu nome, estávamos indo para o mesmo lugar, porém eu sabia como chegar lá.

Bast estava fazendo a peregrinação, uma parte de seu teste e o enviaram até Morroc em busca de noticias da Irmã Matilda. A cidade estava em ruínas, cheia de fendas dimensionais, só a periferia se salvou. Por fim, chegamos ao oásis no centro da base de refúgio onde ajudei Bast a encontrar a sacerdotisa e depois, ele quem me acompanhou até encontrar Roney, o bruxo que minha mãe havia me contado e que devia alguns favores aos meus pais, ele me deu a Solução de bom grado, sem me perguntar muita coisa.

Passamos o resto da tarde atravessando os desertos de Morroc com o auxilio de um mapa que Bast tinha e chegamos a Payon antes de anoitecer. Fomos até uma estalagem ali perto e pegamos 2 quartos. Estávamos a caminho da cozinha para jantar quando Bast esbarrou em uma arqueira e, para nossa surpresa, era Taylor. “Deixa eu adivinhar, o último a ser chamado?” - Eu disse cético, descrendo completamente de quando ele havia dito isso pela primeira vez. Bast, porém, acreditou na mentira quando Taylor respondeu que sim, as faces do arqueiro estavam coradas de vergonha pois sabia que eu não tinha acreditado.

Depois do jantar, segui até um pequeno banheiro que tinha acoplado ao meu quarto e tomei um rápido banho gelado. Não iria conseguir demorar ali de qualquer forma, estava muito ansioso para voltar para Geffen e quanto mais rápido eu fosse dormir, mais rápido o amanhã chegaria. Então, apesar de não ser muito tarde, completamente contra meus princípios, eu fui me deitar, planejava sair cedo independentemente se os outros estarão ou não dispostos a partir.

Logo cedo, assim que acordei, passei em frente aos quartos dos meus amigos e bati na porta. Taylor logo acordou e, em poucos instantes, saiu de seu quarto usando os trajes masculinos, Bast, porém, demorou um pouco mais. Quando nos preparávamos para ir embora, um forte cheiro de café passou por nós, nos prendendo ali e forçando a adiar nossa viagem para depois do desjejum.

Saímos daquela cidade-floresta e seguimos um caminho um tanto torto para evitar os monstros agressivos e mais fortes. Chegamos a um local repleto de Porings, Drops, Poporings (Parecido com o Poring, porém verdes) e Marins ( Porings azuis). Taylor, vez ou outra, praticava sua pontaria com os Porings e Drops, mas, em um deslize de uma dessas flechas, ele acertou um Mastering, líder dos Porings, que passeava por entre a grama alta.

Indignado com tal insolência, a criatura saltitava velozmente em nossa direção. Assumimos de imediato uma estratégia, ainda que simples, eu chamaria a atenção dele e correria para a direita, Bast faria o mesmo e correria para a direita e Taylor, armado com seu arco, tomou distância e o atirou várias flechas. Seguindo esse esquema simples, não tivemos problema senão a demora para chegar em Prontera.

Fomos ao restaurante favorito da minha mãe, porém ainda estava cedo e ela não estava lá. Em todo o caso, não viemos falar com ela, apenas almoçar, assim que satisfeitos, acompanhamos Bast até a igreja e nos despedimos, ele foi realizar o restante do seu teste. Taylor me acompanhou de volta ao sul de prontera e também se despediu de mim, foi para Izlude ver como estava Shandi. Sozinho, aproveitei os Zennys que minha mãe me deu e usei o serviço de teletransporte das Kafras para Geffen.

Apareci no sul da cidade de frente a Torre dos Bruxos, minha casa era logo ao leste dali. Chegando lá, notei a porta aberta e me aproximei cautelosamente, pois ainda que meus pais fossem quem estivesse em casa, eles não deixariam a porta aberta. Os cristais luminosos estavam apagados, apenas a luz do sol iluminava a casa. Para meu alivio, escutei a voz do meu pai conversando amigavelmente e caminhei até a sala.

“Salém?!” - Eu exclamei surpreso sem entender o que ele estava fazendo ali. “Vocês se conhecem? Ora, ora, por que não me falou antes, Salém?” - meu pai estava animado. Ele então me explicou que Salém estava entregando uma coisa que ele encomendou como teste final dos mercadores e que ele era amigo da mãe de Salém. Assim que meu pai assinou o comprovante de integra e o entregou a Salém, meu amigo se despediu, logo depois de me desejar boa sorte.

Conversei com meu pai, ele me deu algumas dicas e também demonstrou certa indignação com Magda. Deixando-o para trás, fui até o armário da minha mãe e peguei os ingredientes que ainda me faltavam. Separei-os em uma sacola e me certifiquei duas vezes que o Emblema Aprendiz estava comigo para só então seguir meu caminho até noroeste de Geffen, onde ficava a Guilda dos Magos.

Chegando lá, para minha agonia, Magda tinha ido almoçar e tive que esperar por um tempo que me pareceu uma eternidade até que voltasse. Enquanto ela não chegava, olhei atentamente para a Guilda, tinha muitas janelas e era muito ampla com vários caldeirões lado a lado, com 1 metro de distância um do outro, onde os pesquisadores testavam suas fórmulas. Assim que Magda chegou, a megera me colocou em um caldeirão bem afastado dos demais magos e ainda teve a audácia de dizer que era por medidas de segurança para que eu não matasse ninguém.

Aquela velha me deixava completamente irritado. Ela me forneceu uns utensílios que deixei em uma bancada ali perto, acendeu as chamas e deu dois longos passos para trás, onde esperou. Seguindo as dicas que recebi, primeiro derreti o Cristal Azul e, assim que estava completamente derretido, adicionei a Solução Secreta de Morroc e misturei os líquidos até garantir uma homogeneidade o que garantiu uma coloração verde à poção. Depois, triturei e amassei a Erva Azul e a adicionei na mistura. Deixei cozinhar por 2 minutos contados em um cronômetro de cozinha, adicionei a Gema Azul e desliguei o fogo, tampando o caldeirão e o deixando descansar.

Faltava apenas deixar a mistura ali por 30 minutos. Quando olhei para o caldeirão fechado, um forte sentimento que eu havia vencido aquela velha ranzinza me veio à mente, ela provavelmente deveria estar se perguntando como eu consegui aquela proeza e com um sorriso esnobe no rosto me virei para trás. E, para meu total descontentamento, ela não estava ali, havia ido embora e eu nem notei quando.

Magda só voltou a aparecer quando removi a tampa do caldeirão e com uma pinça, peguei a gema dali de dentro. Ela pegou a pedra na mão antes que eu a pegasse, a levou até uma fonte luminosa e colocou a gema na frente, estava negra. Ela acenou para que eu a seguisse e fomos até uma sala, ao lado. Magicamente, ela ergueu um véu negro em nossa frente na sala vazia. “Veremos” - ela arremessou o cristal negro que transpassou o véu e se quebrou na parede liberando uma forte luz azul em todas as direções por 10 segundos contados - “Poderia ter durando 13 segundos, mas tudo bem, pelo menos funcionou. Você passou” - ela tinha um sorriso amargo no rosto.

Contive completamente a minha empolgação naquela área de pessoas sérias. Magda me levou até um círculo mágico no centro da sala dos caldeirões que eu não havia notado, todos os pesquisadores se reuniram em volta do círculo. Então, todas as luzes foram apagadas e véus negros foram erguidos nas janelas, mergulhados no escuro, Magda acendeu uma vela. Posicionou-se em frente ao círculo, abriu um grimório antigo que eu não havia visto e começou um cântico em uma linguá desconhecida por mim, sendo seguida pelos magos, sábios e bruxos presentes.

As chamas da vela bruxuleavam em uma dança tão desanimada, arrítmica e desarmônico quanto o cântico fúnebre. Certa hora, as chamas dançaram tão baixo que atearam um fogo azulado no circulo. Espantando, tentei correr, mas me vi imóvel enquanto as chamas desenhavam símbolos mágicos no chão. A sensação era de que algo estava me amarrando ali, mexendo com a sintonia da minha alma.

Por fim, o cântico foi perdendo entonação até que parou. Magda fechou o grimório e pronunciou, em um tom delirante, letra a letra - “Ken, Eh, Daeg, Rad, Is, Ken” - ela deu uma breve pausa - “Daeg, Urz, Peorth, Othel, Nied, Tyr!”. Assim que ela pronunciou a última palavra, as chamas azuis fizeram uma dança envolta de mim e voltaram para a vela e a reacenderam com uma chama igualmente azul. Eu sentia como elas tivessem na verdade se escondido dentro de mim, pois eu queimava sem ter fogo.

Só parou de arder quando Magda assoprou a vela, em um torturante minuto depois. Os véus foram dissipados e os cristais reacesos. Magda me levou até uma outra sala enquanto os pesquisadores voltavam a seus afazeres. Meu corpo estava leve. Na sala, ela trocou meu par de roupas de aprendiz por 3 conjuntos de vestes para mago. Antes de me liberar, ela murmurou algumas palavras de parabenização, mais como uma obrigação do que satisfação.

Depois, ela foi me mostrando a imensa guilda e logo após, me levou até uma sala onde me deixou com uma instrutora extremamente gorda que me ensinou o básico sobre elementos, magias e runas e assim que teve certeza que eu havia entendido, me entregou 3 pergaminhos, cada um contendo feitiços diversos, escritos em rúnico. A sala tinha um boneco de palha a 13 metros de distância e foi nele que tive que lançar as magias. Ler rúnico era difícil.

[Cold Bolt]! Um dardo de gelo atingiu o boneco que se regenerou alguns segundos depois que conjurei as palavras rúnicas da magia de elemento água. A avaliadora me fez usar as duas outras magias também, Lightning Bolt, uma magia de relâmpago do elemento vento e Fire Bolt, um dardo de fogo. Por fim, me senti extremamente cansado e ela me deu uma Poção Azul que reestabeleceu minhas forças para mais uma rodada de magias. O ciclo se continuou até que a avaliadora ficou satisfeita com minha leiturar rúnica e começou a me testar sem os pergaminhos.

Era muito tarde da noite quando sai dali com as 3 magias básicas mais que decoradas e aprendidas. Fui até minha casa, iria pedir algo que me ajudasse a ler rúnico ao meu pai, porém ele já tinha saído sem dizer para onde. Cansado demais para cozinhar, eu sai de casa em busca de algum restaurante aberto e, dando uma volta na cidade, muito mais cansado, decidi ir a uma lanchonete perto de casa onde comi churrasco de Grand Peco com alguns legumes. Cheguei em casa exausto e me joguei na cama.

Acordei bem mais tarde que o de costume, porém muito mais animado. Enquanto preparava o meu café da manhã, fiquei pensando se os outros já tinham terminado suas missões e se já sabiam algo a respeito de suas classes. E, enquanto comia, fiquei um tempo pensando em aonde começar nossa próxima aventura, por fim, pensei em Prontera, afinal é a capital do país.

Estamos todos pronto?! - Gritei animado.

–Estamos! - A maioria respondeu animado.

–Salém? - Ele não respondeu – Alguém sabe de alguma coisa?

Depois de conversarmos um pouco, descobrimos que, afinal, eu fui o último a vê-lo. Uma preocupação nos tomou conta, minha mente vagava pensando a respeito de que algum monstro pode tê-lo interceptado, mas o pensamento logo foi afastado. Decimidos nos reunir em Payon e, pelo caminho até lá, podiamos acabar achando-o. Eu estava em Geffen, Bast em Prontera, Shandi e Taylor já estavam em Payon. Arrumei as minhas coisa e parti, chegando a cidade-floresta no fim da noite.

No dia seguinte, nos reunimos no centro da cidade e quando estávamos preparados e prontos para sair e irmos até alberta, encontramos Salém conversando animadamente com uma funcionária Kafra, enquanto guardava algumas coisas em seu carrinho iniciante. “Olá Salém. Posso saber por que o senhor não nos responde?” - perguntei enquanto nos aproximávamos, chamando sua atenção. “Hã? Como assim? Quando foi isso?” - Ele estava tão aéreo quanto qualquer dia com uma expressão sonolenta.

Depois que eu disse que horas tentamos nos comunicar com ele, ele apenas pensou um pouco, coçou a cabeça completamente sem graça e nos respondeu que ainda estava dormindo naquela hora. Aliviados, de qualquer forma, dei um pequeno tapa no ombro do nosso mercador - “Estávamos preocupados”. Ele murmurou um desculpa e, já que estavamos em Payon, fomos até o 1º andar da Caverna dos Mortos Vivos* ao norte, na vila dos arqueiros. Lá, encontramos uma placa bem em frente à caverna.

Monstros da Caverna – 1º Andar:

–Poporings, monstros em forma de gota de chuva de coloração verde

–Zumbi, Humanoides putrefeitos e fedorentos

–Esqueleto, Ossos humanoides reencarnados, as vezes lhes faltam partes

–Familiar, Morcegos com dentes afiados

Ao lado da descrição do Familiar, podiamos ler alguns palavrões pichados por arruaceiros. Entramos cautelosos na caverna, Shandi, o mais resistente entre nós, provocava os monstros enquanto Taylor e eu matávamos. Bast, apesar de um tanto abobado e distraído, juntamente com as poções de Salém, nos dava um bom suporte, apesar de eu preferir mil vezes as poções de Salém a ouvir Bast conjurando suas magias de cura.

Inicialmente, quando um monstro era derrotado, faziamos uma divisão de itens, mas, depois de um tempo, nossas bolsas estavam lotadas e passamos a deixar que Salém pegasse os itens e os guardasse em seu carrinho. Apesar disso, Shandi sempre corria para pegar os itens, mesmo que por fim tivesse que dá-los a Salém, algo na ação de pegar os itens o agradava. E Salém mais que gostou disso, sem se dar o trabalho de pegar os itens pois Shandi fazia isso por ele, apenas tirou uma lupa mágica e ficou a estudar os itens. Nosso mercador também adorava coletar os Cogumelos Negros e as Ervas Vermelhas que cresciam na caverna.

Notas:

*Caverna de Payon