Prólogo

America estava simplesmente radiante. Seus lindos cachos ruivos brilhavam com a luz do sol, e seus olhos azuis de oceano representavam sua alegria no momento em que viu Maxon.

Ela estava apaixonada por ele. ele por ela. De repente, tudo parecia tão bonito, e tão calmo, que todos imaginavam o que o amor poderia fazer em meio à guerra. Mesmo não parecendo, mesmo os dois não sentindo, eles estavam em guerra. Seu país, a tão acolhedora aldeia de Mindowich estava em guerra contra povos vizinhos. América entrou no jardim escondida, pronta para assustar Maxon.

— Buu!

O loiro deu um pulo assustado.

— Te assustei?

— Não.

—Sei.

— Como o seu pai está ligando com a guerra?- O garoto perguntou.

— Não muito bem. Ele não quer deixar Kota participar. Está com medo de que ele morra.

— Eu entendo perfeitamente.

— E você? Você vai participar?- América perguntou.

— Sim, era isso que eu queria te contar.

— Quando você parte?

— Amanhã eu acho.

— Que pena.

—Eu gostaria de me despedir de você.

— Eu também. Eu vou sentir muito a sua falta.- Ela disse por fim o abraçando.

—Eu também.

Quando eles se afastaram, algo não se afastou. Os seus olhares ainda estavam fixos um no outro, e brilhavam, assim como as estrelas. Ela tentou se aproximar deles, tentou o beijar, mas o mesmo se afastou.

— Meri, não é uma boa hora.

— Como não? Você provavelmente vai morrer naquela guerra, e eu te amo. E você sabe disso. E você também me ama. Como não poderia ser uma hora boa?

— Não foi isso que eu quis dizer... eu...

— Não? Então o que foi?

— E-eu te amo. Eu sempre amei e sempre vou amar. E eu sinto muito Meri, eu sinto muito.

— Sente pelo o quê?

— Por isso.

Então ele a beijou, coisa que não fazia há 17 anos. Quando se afastaram, ele murmurou:

— Eu sinto muito America, eu te amo...

E então ela começou a pegar fogo, deixando apenas suas cinzas no local. E ele? Ele se pôs a chorar, pois a havia perdido novamente.