Fala Sério Pai!

Capítulo 8: depois da tempestade vem recompensa


Capítulo 8: depois da tempestade vem recompensa

Isabella fez questão de sair com Rose e Alice e simplesmente me largou em casa com Jully e Charlice Lídia Swan, nosso mais novo bebê. Eu não sei o que mais elas precisavam comprar ainda, eu não me surpreenderia em nada se não tivesse lugar pra que Larissa dormisse. Rosalie nunca consegue se controlar em relação a isso.

O sol reinava forte à beça e eu não sabia quanto tempo mais eu aguentaria ficar em casa sem derreter. O pior acontecia: Charlice não parava de chorar, incomodada com o calor, Jully não parava de bater a bateria (que antes eu achava divertido, mas agora era um inferno) que havia ganhado do babaca do padrinho (lê-se Emmett). Eu já tava ficando desesperado! Charlice era bem pequena, mas parecia que tinha o pulmão de um cantor lírico, e a chata da mais velha parecia querer me enlouquecer. As duas tavam se aliando a mãe nesse quesito.

Tentei a sorte com Charlice, e dei-lhe um banho pra ver se ela sossegava e dormia. Ah, bobinho! É claro que não funcionou. Tentei de tudo: banho, mamadeira, cantoria, brincadeira, cafuné... Nada resultava numa boa solução pra calar a boca daquelas duas, e isso tava me irritando. Se elas não dormisse, eu não dormiria; e tudo que eu queria naquele momento era tirar uma soneca. Era pedir demais? Não, mas...

Rendendo-me ao cansaço, tranquei (isso mesmo que você leu, não me olhe assim, eu sou um pai desesperado) Jully no quarto, liguei o mobile, liguei o ventilador e disse: “Filha, feche os olhinhos, que o sono vem”. Depois dei um segundo banho em Charlice, e a deixei apenas de fraldinha. O calor tava matando, e se eu não tava aguentando, imagine ela! Tentei de tudo com a caçula, mas nada atraia seu sono, e ela só berrava cada vez mais alto. Apelei, e liguei o ventilador, o móbile, fechei as cortinas, e me enfiei no berço da minha ratinha mais nova, e a coloquei deitada sobre minha barriga. Sonolento, fiquei fazendo cafuné em seus cabelinhos ralos (em maior quantidade que o de Jully em sua idade) e aos poucos, Charlice se acalmou e calou a boca. Eu também me rendi e fechei os olhos, caindo na inconsciência.

Mais tarde, Bella chegou cheia de sacolas e com a cara mais cínica do mundo. Me deu um beijo, e foi ver as meninas. Ambas continuavam desmaiadas em seus quartos, então ela voltou pra sala, e sentou ao meu lado.

-Então dona Isabella, o que tem a dizer em sua defesa?

-Minha defesa de que posso sabe? – disse entre risos, jogando os cabelos pra trás – Eu fui apenas ajudar minhas amigas a fazer compras.

-Eu quase enlouqueci com suas filhas!

Ela riu e veio pra cima de mim. Sim, ela veio por vontade própria.

-Então que tal uma recompensa por você não ter enlouquecido?

Eu já tava com a mão em sua cintura pronto pra ataca-la, era só ela parar de rir.

-Acho muito justo – respondi fazendo biquinho (foi gay, eu sei, mas é a convivência com as crianças).

Ela me deu um beijo, e ali mesmo na sala a gente fez amor, coisa que andava raro pelas crianças. Foi tão bom poder senti-la novamente comigo, que perdemos até um pouco a noção da hora, mas não tinha problema porque valeu a pena. E como...

Problema mesmo foi de noite, quando estávamos morrendo de sono, querendo dormir, e as lindinhas da casa tavam com a corda toda, porque enquanto gastávamos energia na sala, elas dormiam que era uma beleza em seus quartos.

É, faz parte de ser pai.