Magnolia. A cidade das flores. Uma bela cidade, não acha? Uma cidade de lendas. Por essas ruas já passaram vários magos, de várias guildas. E justamente, em uma dessas ruas, corria uma garotinha de cabelo rosa, com um sorriso doce nos lábios. Mas por que essa garotinha deveria estar feliz? O que aconteceria agora não seria uma coisa boa, então por que estar alegre?

É porque ela não sabe o que vai acontecer agora.

Sua correria para quado ela chega à uma grande porta.

Sua casa, sua família, seus amigos estavam lá.


A porta se abre, revelando pessoas chorando em todos os cantos. Por que estariam chorando? A garotinha inocente sobre o que estava acontecendo, continuava a sorrir. Cada sorriso inocente para as pessoas que situavam lá dentro era apenas mais um motivo para chorar. Ela estava começando a se entristecer com isso. Não, ela estava irritada! Por que estavam chorando? Por que ninguém dizia algo? Por que um simples gesto de alegria era como um insulto para eles? Eles não estavam sempre alegres?

São tantas perguntas para tão poucas respostas.


A garotinha agora com raiva pela situação sobe as escadas em direção à uma porta. Ela sabia muito bem que porta era aquela. Ela gira delicadamente a maçaneta dourada da porta, com cuidado para não fazer barulho. Mas infelizmente, aquela maldita porta não queria cooperar. Afinal, fazia um tempo que aquela porta não era aberta.

– Finalmente chegou. Achei que nunca iria vir.

Seu pai estava lá. A garotinha levantou seu rosto triste e vermelho de frustração.

– Papai,por que estão todos tristes? Eles parecem diferentes e estranhos, está tudo bem?

Seu pai parecia normal. Talvez o único que não parecia triste e estranho o suficiente para confundir a mente da pequena garota. Na verdade, parecia feliz. Talvez mais do que ela, naquele momento.

– Estão todos tristes porque vamos sair por um tempo. Nós não sabemos quando vamos voltar.

A garotinha estava mais frustada. Como assim seus pais sairiam em uma missão e não sabem quando vão voltar? A garotinha conseguiu apenas dizer:

– Papai, para onde todos vão? Eu quero você aqui, comigo! Eu não quero que vocês saiam daqui! Eu amo você!

Agora a menina tinha conseguido achar o ponto fraco do pai. Simples, a história acabaria se repetindo. Do jeito que seu pai nunca achou que iria acontecer. Esse destino é mesmo um maldito.

– Nós vamos voltar. Eu prometo. – Rápido, mudar de assunto.– Mas, antes de tudo, aprendeu tudo certinho?

Pronto, agora conseguira mudar de assunto perfeitamente. Esquecendo-se absolutamente dos últimos dois minutos que haviam se passado, a garotinha finalmente havia mostrado um pouco mais de entusiasmo. Agora com um grande sorriso no rosto a garota pôde dizer:

– Sim! Eu estou completamente pronta! Eu sou ótima nisso, eu nasci pra isso! E um dia, eu prometo que vou te derrotar! E então eu irei ficar com o título de Salamander!

Seu pai estava surpreso. Quem diria, genética, você mandou bem nessa! Ainda dando socos no ar, a garotinha sorriu do mesmo jeito que seu pai sempre fazia.

– Mas você terá que ficar maior. Derrotar o Salamander com o tamanho de uma lagartixa?

– Eu não sou baixinha! Eu sou perfeitamente alta e forte! Aposto que posso te derrotar agora mesmo!

É, a genética faz mesmo maravilhas. Mas quem disse que querer puxar briga com todo mundo é uma coisa boa?

– Você vai ter que esperar.

A garota estava frustrada novamente. Quando eu vou lutar de verdade? Isso é um saco, por que tenho que ser pequena? Mas... Eu me chamei de pequena! Droga papai...

– Até quando eu vou ter que esperar? Eu não quero fazer isso outro dia, eu quero agora! Onde está a mamãe?

– Mamãe está esperando lá fora.

Pai e filha saíram daquele quarto. Agora todos que estavam no chão, chorando, se levantavam. Iam em direção à porta, enquanto a pequena garota de cabelo cor - de - rosa se despedia da mãe. Enquanto via seus pais e os pais de seus amigos saindo, ela levantava sua mão no ar, como um símbolo. Significa que mesmo que eu não esteja com você, eu estarei de observando.

Papai, mamãe, eu amo vocês. Quanto tempo terei de esperar? Que quero que vocês voltem logo. Eu amo vocês.

É, Nashi. Você vai ter que ser forte.