Fairies Never Die.

Espetáculo da Morte


Depois de séculos acho que chegamos na ilha. Para isso tivemos que usar um barco e digamos que eu não quero falar muito sobre aquela máquina de tortura que flutua na água. Estamos andando quase à meia hora e já está escurecendo. Assim que ficar escuro, vamos ter que dormir aqui e talvez amanhã encontremos nossos pais. Realmente, eu achei que teria mais luta nesse lugar! Onde estão aqueles magos poderosos que nossos pais enfrentavam? Onde estão aqueles monstros? Eu esperei quatro dias à toa? Não, nós vamos achar nossos pais, então não é à toa.

Dean finalmente me largou, estou agora com Charllote. Finalmente! Aquele loirinho chato não saia de perto de mim! Charllote parece um pouco depressiva, talvez porque Reed tenha ido com Raven.

— Charllote, — eu pergunto — Você está bem?

— Sim... Mas parece que algo vai acontecer. Algo ruim.

Penso um pouco sobre a fala de Charllote. Algo ruim? O que poderia acontecer agora que estamos perto de achar nossos pais? Algo muito ruim mesmo. Os pássaros estão quietos, as folhas das árvores não estão conforme o vento, nem mesmo nossos passos fazem seus sons na grama e folhagem seca do chão. Tem algo errado.

O chão começa a tremer, e é possível ver algo saindo da terra, próximo ao vulcão que se encontra no centro da ilha. O objeto que aparentemente é metálico, tem o formado tem uma árvore, mas o tamanho é equivalente à uma colina. Do alto do objeto sai um outro objeto menor, como uma antena. Algo me diz que a morte está perto.

Uma som de microfone começa a soar alto, para todos que se encontrem nessa ilha possam escutar. Charllote está aterrorizada. Ela estava certa, realmente, algo muito ruim vai acontecer agora. O som de repente se ameniza e tudo se aquieta. Acho que os outros estão na mesma situação que nós. Espero que os exceeds estejam bem. Eles ficaram com Gale, então não tenho certeza de que estão mesmo bem. Acho que alguém irá falar agora.

- Bem vindos à minha ilha. Eu gostaria de agradecer à todos vocês, senhoras e senhores que vieram de tão longe para apreciar nosso circo de horrores! Meus queridos, acho que estão atrás de seus pais, não é? Bem, eu esperei anos aqui para a vinda de vocês! Se quiserem encontrar seus amados pais, terão de enfrentar meus mascotes que estão espalhados pela ilha. Se derrotarem todos, poderão encontrá-los. Mas não garanto que estarão com vida!

Que o Espetáculo da Morte comece! Fase um!

Fase um? Ainda tem mais? Olho para Charllote esperando ver lágrimas em seus olhos, mas não há nenhuma. Ela não tem expressão. Ela parece séria, diante do terror que acaba de se espalhar. Então eu me pergunto:

Charllote tem medo de morrer?