Luísa conteve o ímpeto, devia deixar essa ideia para outro momento. Afinal, ainda não conhecia Filipe o bastante para garantir que ele não cometeria nenhum tipo de vileza, e ela levava o trabalho a sério demais para arriscar tanto.

Mesmo assim, almejava encorajá-lo de alguma forma.

“Cê manda muito em desenho, hein?! Acho até que criei coragem de tatuar!”, disse Luísa. Tinha um sorriso nos lábios.

Filipe iluminou-se. Quando a via trabalhando com muito amor e esperança, chegava a desejar o mesmo para si. E se pudesse sonhar, cogitar ter uma profissão — quem sabe até amá-la —, seria algo envolvendo desenho.