Narrador

Era uma noite movimentada no centro da cidade, e dois jovens caminhavam de mãos dadas, saindo de um estabelecimento qualquer. No caminho para casa, os jovens se deparam com um beco. Um beco escuro e vazio, que nunca estivera no caminho antes. Escrito na parede, com algo vermelho e viscoso, como sangue, haviam símbolos, inscrições em uma língua desconhecida, esquecida pelo homem a muito tempo. Mas olhando mais de perto, Luís pôde entender que eram as letras do alfabeto, rabiscadas de forma descuidada, talvez desesperada. Sarah lê as inscrições inconscientemente, e de repente os dois são arrastados para o abismo que nunca esteve ali: o beco.

gritos horríveis e amedrontados são expelidos, mas ninguém pode ouvi-los...

Luís

—Amor, tá tudo bem? Você tá bem?

Sarah Tô bem amor, tá tudo bem com você?

— Ahn, acho que sim... Onde estamos? Por que aqui é tão escuro?

Sarah: Acho que ainda estamos no beco, mas... As luzes da cidade... Se foram. Tem algo errado aqui Luís, eu posso sentir.

— Calma, está tudo bem, nós estamos bem. *Diz se levantando, e ajuda a namorada a se levantar também* Só precisamos perguntar a alguém o que aconteceu e...

Sarah: não tem ninguém...

*De repente algo se movimenta dentro do estabelecimento do outro lado da rua. A única luz da rua vem da fachada quebrada do estabelecimento. Eles mal conseguem ler o nome. Freddy Fazbear Pizzaria. Vão caminhando lado a lado, lentamente, apertando cada vez mais forte a mão um do outro, até baterem na porta da Pizzaria*

— Olá? Tem alguém aí dentro? Estamos perdidos, poderiam nos ajudar?

*Como num passe de mágica, a porta se abre sozinha, vagarosamente, e eles veem robôs animais, animatronics, aparentemente desativados. Os dois caminham em direção à escuridão*

— Algum funcionário aqui? Precisamos de ajuda.

*Ouve-se um barulho, um estrondo, engrenagens antigas se movendo com um estridente som metálico, e logo após isso, uma luz, provavelmente uma lanterna no fim do corredor, piscando, como se os convidasse a se juntar à luz*

— Quem está aí?

???: Shhhhh. Você não quer que essas coisas acordem. Venham.

*Eles andam até a luz e encontram o homem, não muito velho, talvez uns 40 anos, vestindo-se como um segurança. E então o mesmo guia os dois pela porta e eles se deparam com uma sala ampla, algo como uma sala de segurança mesclada com um escritório*

???: Sentem-se crianças.

— Onde nós estamos?

???: Rua xxxxxxxxx, número 464.

Sarah: é a mesma rua, mas... como...? Não tem nenhuma pizzaria nessa rua.

???: É claro que tem, você está nela agora.

Sarah percebe o modelo antigo de televisão e pensa em algo bobo.

Sarah: Em que ano estamos?

— Como assim em que ano estamos amor? É óbvio que estamos em-

???: 1987. *Interrompe Luís*

— O quê? Você está louco. Estamos em 2021.

???: Se não acredita em mim, é só olhar para o calendário. Hoje é 08/11/1987 (oito de novembro).

— Mas como... entramos em um beco e... aquele ritual.... Como isso é possível? Estávamos indo pra casa dia 3 de fevereiro de 2021, e então encontramos um beco que nunca esteve no caminho, e aí nós achamos inscrições nesse beco, e era um ritual que nos trouxe... pra cá...