Extinção
Renesmee: A filha de Jacob Black
Snider, 35° 31' 53" N 97° 26' 53"
A garotinha desconhecida se encolheu um pouco mais no barco do carro – qual é seu nome? Você está sozinha? Perguntei tentando não assusta-la.
— Bu…
Nat gritou na janela do veiculo atrás da garotinha que assustada gritou engatinhando para os bancos de trás – Vão embora – gritou ela demonstrando o quanto estava assustada.
— Nat para, está assustando ela.
— Deixa essa humana ai e vamos embora, temos que ir para o Sul e encontrar logo que procuramos – disse a vampira se afastando.
Suspirei ignorando Nat, dei a volta no carro e parei diante da janela traseira – Se você ficar ai dentro sozinha podem machucar você, não acha que tem mais chances se vier conosco?
— Vocês não vão me machucar? Murmurou ela.
Dei um sorriso – é lógico que não – respondi entendendo a mão para ajuda-la a sair, a garotinha me lançou um olhar de desconfiança e lentamente sua mão segurou a minha, sem dificuldades a puxei para fora do carro – Então me diga, onde estão seus pais?
A menina olhou para Nat que estava sentada sobre o capo de um dos carros – Ela é uma sanguessuga?
— Eu ouvi isso – reclamou Nat.
— Não, sanguessugas são pequenas, ela é pequena mais não tão pequena quanto um anelídeo.
A menina levou ambas as mãos a boca e riu, já Nat, bom a vampira gargalhou, olhei para ambas confusa perguntando o que eu havia dito de errado.
— Renesmee pelo amor de Deus, você por acaso perdeu os neurônios na viagem? Perguntou Nat em meio a seus risos.
— O que eu disse de errado? Perguntei confusa.
— Uma sanguessuga é um anelídeo da classe ou infraclasse Hirudinea que se alimenta geralmente do sangue de outros animais -Respondeu a garotinha – Vampiros se alimentam de sangue – Explicou ela – logo os chamamos de sanguessuga.
— Renesmee você é uma vergonha, está levando uma corça de uma garotinha.
Ergui as sobrancelhas – Não interpretei direito o que ela disse – tentei me defender.
A menina riu novamente – Vocês são engraçadas.
— Então – tentei mudar de assunto – O que faz nesse lugar? E Sozinha?
— Você não quer me morder? Perguntou a menina olhando em meus olhos.
— Não! Respondi.
— Eu quero! Respondeu Nat.
— Não liga pra ela – resmunguei – não respondeu minha pergunta – completei olhando novamente para a menina.
— Eu fugi de casa, a Lachesis muta me disse que a equipe poderia passar onde estava a mamãe, então eu aproveitei que o papai dormiu e entrei no carro, mas o tio Coll me encontrou – explicou a menina – Mas fomos atacados por um grupo de sanguessugas fedorentos e tive que fugir.
A confusão novamente me dominou, quem era o tio Col? - Você fala com uma cobra? Perguntei tentando entende-la.
A garotinha franziu as sobrancelhas e virou seu rosto na direção de Nat que rolou os olhos saindo do capô do carro – Liga não projeto de humana, ela é assim mesmo, se duvidar você conhece mais o mundo do que ela – Disse a vampira – Vamos que não falta muito para anoitecer – completou ela passando entre a garotinha e eu.
— Para onde vocês vão? Perguntou a garota.
—Para o Sul – respondi.
— O que querem no Sul? Perguntou ela novamente.
—Não é da sua conta – respondeu Nat me puxando pelo braço, quando me afastou o suficiente da menina murmurou – Não pode dizer a ela.
— Ela é só uma criança – sussurrei.
— Não acha estranho uma criança aqui no meio do nada? se estivesse realmente perdida não passaria nem uma hora viva.
Torci os lábios – Onde quer chegar?
— Com certeza ela é uma isca, de algum clã, é uma criança indefesa, qual humano vai negar ajuda, ela vai nos levar direto para os recém criados e…
— Da mesma forma que o velhinho gentil nos deu o caminho errado? A interrompi.
Nat moveu os lábios mas não nada disse, sorri voltando a me aproximar da menina- Você vai vir conosco?
— Eu preciso ir para o norte – respondeu a menina – Eu marquei as arvores, o papai está a minha procura.
— Tudo bem – Respondi sorrindo de forma gentil – Nós levamos você até o encontro com seu pai e seguimos nosso trajeto.
— Você não pode estar falando sério Nessie.
— Seu nome é Nessie ou Renesmee? Perguntou a menina.
— Os dois – respondi – pode me chamar de Nessie.
— Que nome estranho, Nessie Renesmee.
Dei um novo sorriso – Apenas Nessie.
— Tudo bem Nessie – respondeu a garotinha, olhei para Nat que cruzou os braços em sinal de desaprovação – temos que chegar ao Forest Park, então se seguimos pro norte chegamos a Indiahoma antes do anoitecer.
— Nós vamos para o Sul – Disse Nat – Você pode ser tapada o suficiente para cair nessa armadilha mas não vou permitir,a Nessie essa garota sabe demais, demais para a provável idade dela.
— Nat chega – falei em um tom firme – acha mesmo que vou seguir e abandona-la aqui? Nós vamos protege-la e depois seguimos o que está no mapa – Falei seguindo a menina na direção oposta a da vampira.
— Temos que ir para o Sul, tio Edward disse que deveríamos...
— Eu lembro exatamente o que meu pai nos disse – Interrompi Nat enquanto seguíamos a garotinha desconhecida.
— Se realmente se lembra, porque estamos indo para o norte? Perguntou Nat insistentemente.
— Temos que ajuda-la.
— Você está maluca Nessie? Ela é uma humana, os vampiros sentem o cheiro dela a quilômetros aqui – As madeixas loiras de Nat balançaram quando sua cabeça virou para ambos os lados em negação – Creio que você tenha esquecido que corremos riscos aqui, a essa altura eles devem estar a nossa procura...
— O meu pai vai proteger vocês – Disse a menina se colocando entre nós duas – quando ele nos encontrar, ele está a minha procura.
Nat deu uma gargalhada – Seu pai? Um humano?
Rolei meus olhos e olhei para a menina – Não ligue, Nat tem problemas com humanos, nem parece que já foi uma um dia.
— Nessie será que pode deixar de ser tão bobinha, é claro que essa menina está mentindo, o que nos garante que ela não está nos levando a algum clã nômade para sermos destruídas?
Fiz uma careta – que exagero – rolei meus olhos.
Os braços da vampira se cruzaram na frente de seus seios – Eu não vou a lugar algum – concluiu ela sentando-se sobre o capô do carro.
— Nós estamos perdendo tempo – Disse novamente a menina – O grupo de caçadores que nos atacou deve estar atrás de mim, precisamos encontrar meu pai.
Nat suspirou – Essa garota parece um disco furado, meu pai, meu pai – Reclamou ela descendo do capô dando alguns passos e parando a frente dela, a menina recuou se colocando atrás de mim – Afinal de contas quem é você garota? Ou melhor quem é seu pai?
A menina engoliu a própria saliva e seus olhos se ergueram na direção dos meus – eu...ela murmurou – não posso falar.
Nat riu e novamente se afastou – Vamos para Sul.
— Espere! Disse a menina em um tom mais elevado de voz – Eu me chamo Sara, Sara Black, e meu pai, bem...meu pai se chama Jacob, Jacob Black.
Ao ouvir a resposta da menina Nat e eu trocamos olhares – Você disse Jacob Black? Perguntei tentando me certificar que eu havia ouvido aquilo.
— Ela deve ter ouvido nós duas conversando – respondeu Nat – Viu é uma armadilha.
— Eu não ouvi nada – disse a menina – Vocês estão procurando meu papai?
Suspirei surpresa e sorri timidamente – Sim, uma pessoa me disse que ele pode nos ajudar – ri tentando acreditar naquilo – Nós vamos para o Norte – falei sorrindo para Nat mas meu sorriso se desfez ao ver seu semblante de desaprovação.
— Você vai para o norte eu não vou.
Respondeu ela dando as costas para mim.
— Qual é o seu problema?
A vampira virou seu corpo ficando novamente de frente para mim – Meu problema? Disse ela dando um sorriso irônico – Você é meu problema Renesmee – respondeu ela de forma ríspida.
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