Meu coração palpitando, mão suadas e geladas, lá estava eu, parada em frente ao espelho observando minha face gelada, hoje é o famoso dia de entregar os impostos para as criaturas misteriosas que eu nunca vi na vida.

Nosso planeta agora é controlado por forças sobrenaturais, essas coisas invadiram nosso planeta e mataram milhares de pessoas, e principalmente matou todas as pessoas que eram autoridades, como presidentes, governadores, deputados, líderes, todos foram mortos, e quem se atreve a tentar detê-los é morto publicamente ou levado para um lugar que eu desconheço, e de 7 em 7 meses temos que levar 20 quilos de comida como frutas, pão, carne, essas coisas, senão morremos, e dessa maneiro muitos ficamos bem pobres.

Agora eles controlam nossas vidas, se tivermos que dar quilos de alimentos extras, temos que dar, se tivermos que dançar nus pagode, temos que dançar, tudo o que eles mandarem temos que fazer, mais da metade da população morreu nas invasões, ou quando tentaram se rebelar.

Na verdade, 20 quilos de alimento não é para todas as famílias, depende de quantas pessoas tem, cada pessoa acima de 12 anos paga os 10 quilos, até os 12 fica insento, até os meus 12 anos era pago 10 quilos de alimento para as criaturas, 10 do meu pai , e agora se paga 20 por minha causa.

Eu tinha minha irmã Primorse, e minha mãe Helena, mas elas morreram, minha mão morreu a 7 anos e minha irmã a 3, minha mãe morreu na invasão e minha irmã morreu quando ela infligiu uma regra, uma das regras é nunca passar as grades grandes de metal que separam nós deles, eu acho, não sei direito o que tem além daquela grande, e ela passou, achou uma parte aberta, da grade e entrou, ela deu 10 passos perto do mar,e foi morta minada, eu não vi pessoalmente isso acontecer, mas eles passaram em uma grande tela isso, para que ninguém tentasse repetir, ver minha irmã sendo minada foi a pior coisa que já vi em minha vida, ela tinha 14, eu tinha 11, ela bem esperta, ágil, inteligente, diferente de mim.

Meu nome é Jennifer Staution, eu tenho 15 e moro em uma ilha da Bahia chamada ilha de itaparica com meu pai Jonh, foi um dos poucos lugares que ainda está de pé, já que quase todas as cidades grandes foram exterminadas completamente, a ilha que era antigamente praias lindas, que atraia turistas, agora é só areia, e somos impedidos de chegar no mar, já que a cerca para antes dela.

Hoje é o famoso dia de irmos até uma praça e entregamos o alimento, desci as escadas e lá estava meu pai já pronto com calças jeans pretas e blusa polo, seu rosto já velho e cansado, seu cabelo preto com alguns fios brancos, talvez ele tinha sido mais bonito antes, antes da invasão, antes de minha mãe e irmã morrerem.

Ele é um pouco diferente de mim, eu com meus cabelos castanhos escuras, minha pele rosada, meus olhos verdes, sou mais parecida com a minha mãe.

-pronta?- disse meu pai

-claro pai- abracei meu pai e saímos porta afora.

Não existe mais escola, também ,escola pra que? nunca seremos mais nada além de escravos dessas criaturas, nunca teremos um futuro melhor que este, enquanto andamos para fora eu olho para os rostos dessas crianças que nunca aprenderão a escrever, a ler bem, nem a falar bem, pelo menos eu já tinha 8 anos quanto isso aconteceu e eu já sabia escrever, ler, falar bem, sabia um pouco de matemática, comparado a essas crianças eu sou profissional em estudos.

Enquanto saímos da nossa casa branca com porta azul e um telhado preto, andamos por um caminho que tinha pedras, arbustos, muitas pessoas também andavam assim, e o pior é ter que carregar 25 quilos por um trajeto longo, cerca de 4 quilômetros, felizmente e infelizmente nossa casa é perto da praça, é bom porque o caminho de 4 quilômetros percorridos é diminuido por 2 quilos, já que moramos mais perto, e o ruim que somos mais vigiados e temos menas privacidade.

Chegamos finalmente até uma praça cheia de colunas e árvores que ficam ao redor, uma estrutura grande é montada e feita um palco, e temos que ver de novo palavras que falam que devemos colocar nossos alimentos em um caminhão gigante, a praça já estava lotada, e eu penso que 20 quilos nos sustentaria com meses, e enquanto eles tão com a vida ganha, nós passamos fomes e morremos aos poucos.

O caminhão eletrônico passa de fileira em fileira até chegar e temos que colocar dentro os alimentos, eu e meu pai preferimos ficar atrás para que nada as câmeras que estão em toda parte nos visualiza, eu com minha calça jeans e minha blusa azul de alça não poderia ficar sendo visualizada por esses monstros.

O caminhão chegar e é nossa vez de colocar os quilos de alimentos no caminhão, mas quando coloco os sacos, um dos fios fica preso na minha calça e me puxa para o chão fazendo eu cair bruscamente , começo a ser arrastada pelo caminhão, que como é eletrônico não para, as pessoas olham surpresas, mas ninguém ajuda, só meu pai que tenta me puxar, mas não consigo sair, o caminhão continua andando, e a dor é eminente, o chão duro já começo a ferir minha costas e eu começo a tentar me sentar para desamarrar o fio, após segundos de dor, finalmente consigome soltar mas a velocidade do caminhão faz com ue eu role e acabe passando pela cerca e caindo diretamente no mar, a água salgada invade meus olhos e eu apago, nunca pensei morrer desses jeito.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.