- Você acha que armaram todas as mortes de nossos pais? Sean isso é doentio, é uma loucura. Quem você acha que seria cruel o bastante para fazer isso conosco? – Leah perguntou chocada.

- Não sei Leah. Se eu soubesse já estaria atrás do responsável. – Sean respondeu, desviando seus olhos do da garota.

- Não pense que vai fazer tudo sozinho... – a loira disse.

- E você acha que eu estou planejando algo diferente disso? – ele perguntou.

- Sean, você fez todo o trabalho sujo de Nova York e me usou sem nem ao menos pedir ajuda. E você tem certa mania de achar que tem que fazer suas coisas pessoais sozinho, e eu até entendo isso. Mas se estão matando nossa família, então essa missão e esse assunto não dizem respeito apenas a você. – Leah disse ficando nervosa por um momento.

O moreno a encarou, tentando desvendar o que se passava pelos olhos acinzentados dela. A garota ao contrario do que ele pensava não lhe deu trégua ao mirar uma expressão pesada sobre o garoto. Ela o avisava de que era melhor não fazer gracinhas, e que era melhor chamar quando precisasse de algo.

- Ta bem, eu prometo não fazer nada sem falar pra vocês. – Sean disse. A garota concordou.

- Ótimo, era isso o que eu queria ouvir. – a loira disse.

Leah concordou, em silêncio. Virando-se com o propósito de entrar de volta na casa, no entanto o moreno a impediu. Segurando seu pulso, e a puxando levemente para perto de seu corpo. As mãos dele passaram pela cintura dela, impedindo que ela saísse de onde estava. Mesmo que ela não quisesse ir a lugar algum.

Ela o encarou nos olhos, e riu. Entendo o olhar penetrante que ele lhe dava, entendendo sem palavra alguma o que ele queria e precisava naquele momento.

Os dois se aproximaram as bocas entreabertas, os lábios ansiando um pelo outro. Faltavam centímetros, talvez até milímetros para a conexão entre os dois começar, quando o barulho de pneus e de carros em alta velocidade cortou mais uma vez a paz na casa.

Os jovens olharam da sacada, quando 3 carros vieram para dentro do terreno, e sem perder tempo se separaram entrando na casa.

Leah passou rapidamente em seu quarto, colocando seu próprio colete a prova de balas, e ajudando Sean a recolocar o dele.

- Esta pronto para voltar a briga? – a loira perguntou.

- Quando é que eu não estou? – Sean perguntou de volta.

Ela riu, saindo do quarto com o moreno em seu encalço.

Todos os jovens no andar debaixo estavam armados e protegidos com coletes e pesadas roupas para que as balas não os matassem.

- Onde colocaram Dominic e Sophia? – Sean perguntou, chegando a sala onde os outros estavam.

- Estão presos na despensa, para que não causem problemas. – Amber disse com um sorrisinho malvado no rosto.

- Vou ficar de guarda lá para que não nos peguem de surpresa. – o moreno disse.

- Vou com você. – Ryan disse, seguindo o amigo pelos corredores internos da casa.

Leah e Megan os observaram sair em silêncio. A morena tentava exaustivamente colocar uma faca em seu antebraço, mas suas mãos tremiam e o tempo era curto. Por isso a loira se antecipou, chegando perto da amiga e a ajudando a colocar a arma no lugar.

- Odeio momento como esse... – Megan sussurrou.

- Não gosta de pensar que talvez morra? – Leah perguntou.

- Não. – a morena disse, rindo. – Odeio esperar para matá-los.

A loira riu junto da amiga, as duas sacaram as armas e esperaram em silêncio junto dos outros adolescentes na sala.

Eles ouviram o bater das portas dos carros do lado de fora da casa, e olharam impacientes para a porta de entrada.

- Então, vai me dizer por que você quase morreu naquele porão em Denver? – Ryan perguntou, se sentando em cima do balcão da cozinha.

- Raavi foi o responsável pela morte de nossos pais, alguém pagou a ele para nos destruir. E eu quero saber quem foi. – o moreno disse, encostado a porta que dava a despensa.

- Informação interessante, mas não é motivo suficiente para quase ter nos matado... – o ruivo falou, com os braços cruzados e uma cara de tédio absoluto.

Mesmo que o ruivo estivesse com uma expressão de desinteresse, o moreno sabia que por dentro não era bem assim. Sean sabia que Ryan queria saber mais sobre esse assunto, só não era um momento oportuno pra isso.

A porta principal foi fortemente chutada, e as trancas se romperam com um barulho alto. Dez homens armados irromperam pela sala, atirando nos jovens que logo se colocaram atrás dos moveis para se esconder das balas.

No entanto o momento de se defender deles não durou muito tempo, e logo eles se colocaram na linha de ataque. Atirando nos homens e vendo-os cair um por um.

Já na cozinha, a única coisa que os garotos podiam fazer era ouvir os tiros disparados na sala ao lado. Tudo isso antes da porta da cozinha, se explodir em milhares de pedaços de vidros, que se espalharam pelo chão e fizeram os dois ficarem atentos.

Ryan desceu da bancada no exato momento em que 5 homens entraram na cozinha, o ultimo deles era Raavi.

Sean e Ryan atiraram rapidamente, até todos os homens estarem caídos ao chão, todos menos Raavi que vendo seus guardas mortos saiu correndo em fuga.

O moreno, não deixou que ele fugisse e correu atrás do chefe da gangue. O homem corria pela extensão da piscina, foi fácil para Sean dar um tiro na perna do homem e vê-lo tropeçar no chão.

O garoto chegou rapidamente ao homem, e com o rosto frio e bravo segurou a gola de sua camiseta e o levantou do chão, firmando o aperto que tinha perto de seu pescoço.

- Você matou minha mãe?! – o moreno perguntou firme.

- Já matei muitas mulheres meu jovem, terá que ser mais claro. – disse Raavi com um forte sotaque indiano.

- Lydia Black?! Você a matou?! – Sean voltou a perguntar.

- Por que eu deveria responder? – o homem perguntou.

Sean segurou o cabelo do homem, atrás da nuca, e abaixou a testa do homem fortemente do piso de pedra ao lado da piscina.

Um corte fundo e comprido se abriu na testa de Raavi, e ele cuspiu sangue.

- Responda! – o moreno ordenou.

- Sim, nós a matamos. – Raavi respondeu.

- Quem mandou que vocês fizessem isso? – Sean perguntou.

- Quem você acha que poderia ter uma mente tão fria e cruel para matar a própria mulher? – Raavi disse.

O moreno o soltou no chão, se afastando um pouco e atirando na cabeça do homem antes de entrar de novo na casa.