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Ligou a câmera:

— Yo minna-san! Há quanto tempo, hein?! — inquiriu fanho devido ao nariz entupido. — Hoje eu não vou poder me focar na missão, porque me ocorreu uma tragédia... Eu tô “resfriado”... Atchim! — espirrou. — Como vocês sabem, eu tinha que pegar uma cobra pro trabalho de sexta, o que não deu muito certo. Voltei tarde da noite naquele dia e acho que por conta do sereno que tomei, acabei ficando doente, mesmo assim Sasuke foi chamado na escola... er, incrível é que desde então ele ta me tratando “melhorzinho” e eu que pensei que ele fosse arrebentar a minha cara... Ufa! Ainda bem que isso não aconteceu. Bem, até mais pessoal! Beijos e abraços do seu “Sasukito” favorito! — olhinhos brilhando.

Desligou a câmera.

(...)

— Ah... Que solidão! — resmungava, deitado no sofá, olhando pro relógio. — Não tem nada pra fazer... Domingo é o dia mais chato da semana! Pior ainda é que tô dodói e não dá nem pra ir brincar lá fora... eh... a-atchim! — espirrou, em seguida sugando pra dentro o catarro que escorreu com o impacto.

— Argh! Seu nojento! — disse o moreno adentrando a casa.

— Sasuke?! — indagou se virando rapidamente para trás e olhando pro maior. — Mas já voltou?! — perguntou surpreso.

— Não! Ainda tô lá... esse aqui é um clone! — respondeu impassível, olhando pro lado.

— Hum, quando você voltar me avisa! — pediu com carinha inocente, deitando-se novamente no sofá.

— Aff... é claro que sou eu, ô retardado! — esclareceu seguindo até a mesa que tinha num canto da sala e deixando o seu equipamento sobre a mesma.

— Ora... estranho isso! Ainda são três da tarde. Você costuma voltar do treino tarde da noite.

— Não voltei pra ficar, logo eu vou sair novamente — contou adentrando o quarto e fechando a porta.

— Hum que droga, vou ficar sozinho de novo... — murmurou entristecido.

(...)

Em algum lugar na floresta:

— Aí? Onde ele foi? Será que ele vai demorar muito? — perguntou entediada.

— Como se eu soubesse, affs... — respondeu impaciente. — Ué Karin, achei que você já tivesse instalado algum GPS nele, com esse seu amor possessivo... — supôs debochado.

— Cala a boca seu idiota! — ordenou irritada.

— Pessoal acalmem-se. Ele deve ter ido em casa, logo ele volta!

— Juugo tem razão! Senta aí e relaxa, mulher! — falou sentando-se no chão.

— Humpf... — ela deu de ombros, cruzou os braços e encostou-se numa árvore.

(...)

O maior saiu do quarto e seguiu pela sala:

Hum... ele está bem! — pensou observando o “pequenino” ainda no sofá escrevendo num caderninho. — Já estou indo! Eu volto antes da janta, não coloque fogo na casa! Se cuida! — disse rápido saindo e fechando a porta.

— Hum?! Ele tá preocupado comigo ou é impressão minha? — perguntou-se. — Impossível, deve ter sido a minha imaginação! — voltou a escrever. — A-Atchim! — espirrou com força, logo colocando a mão sobre a própria testa. — Ai, ai... Acho que tô com febre, vou ir dormir um pouquinho!

Algumas horas depois:

— Monstrinho?! — inquiriu adentrando a casa e notando que a mesma parecia vazia, então seguiu até o quarto e se aproximou da caixa de sapato. — Ei, psiu! — cutucou de leve a barriguinha do “tampinha”.

— Hum? — abriu os olhos com dificuldade.

— Você está melhor? — perguntou seco.

— Acho que tô com febre.

— Hum... — colocou o dedo sobre a testa do menor notando que o mesmo estava muito quente. — Já volto!

— Uhum! — assentiu, voltando a fechar os olhos.

Alguns minutos depois:

— Aqui! — disse entrando no quarto e se aproximando do “alter ego”. — Senta, toma esse remédio aqui e coma essa sopa, vai te ajudar a melhorar.

— “Arigatou” Sasuke-kun! — agradeceu com sua voz infantil, tomando o remédio e logo em seguida experimentando a sopa. — Eca! — reclamou, cuspindo a sopa na cara do maior. —“Que trem ruim sô”... — reclamou fazendo careta.

— Argh seu nojento... — falou limpando o rosto. — É o máximo que posso fazer e dê-se por satisfeito. Humpf... — bufou indo até o banheiro, entrando no mesmo e fechando a porta com violência.

— É... Ele tentou! Er... tudo bem! Eu consigo! — concluiu prendendo o nariz e virando tudo na boca de uma vez só. — Arghhh! Cof... cof... cof... — resmungou tossindo.

— Olha só, se não quiser comer, não precisa! Eu não vou insistir! — avisou impassível ao sair do banheiro.

— Tudo bem Sasuke, eu comi tudinho! Não tava nada bom, mas obrigado mesmo assim! — agradeceu sorridente.

— Eh... n-não há de que! — disse sem jeito, olhando para o lado. — Er... b-boa noite! — falou baixinho, logo se deitando e fechando os olhos.

— Boa noite! — disse para o maior. — Hãn? Ele me disse boa noite? Vish... a febre deve ta piorando, já até comecei ouvir “coisas”! — pensou, deitando-se e voltando a dormir.

(...)

Câmera foi ligada:

— “Ohayou” minna! Tudo bem com vocês? Pois eu estou sim, hoje acordei me sentindo ótimo, acho que o resfriado já passou! Porém, fui dispensado das aulas de hoje e poderei passar essa bela segunda-feira... er... sozinho, aqui dentro dessa casa vazia, sem nada pra fazer... — concluiu depressivo. — Ou não, bem pessoal, ainda bem que eu melhorei né? Mas enfim, acho que vou lá pra fora brincar... Hehe, beijinhos pra vocês e até a próxima! — despediu-se.

Desligou a câmera.