Dentro do pátio da escola, um certo chibi fantasiado de múmia caminhava discretamente por entre a multidão ao lado de seu amigo vestido de espantalho:

— Senpai, senpai... Tobi-chi vai ajudar o senpai em seu plano maléfico... Lá lá lá! — cantarolava em alto e bom som.

— Calado, idiota! Seja discreto, hum... — ordenou o loirinho irritado. — DANNA! — esgoelou ao avistar um certo alter ego ruivo fantasiado de marionete. — Me ajude no meu plano para estragar essa festa de Halloween, hum! — pediu em voz alta.

— Senpai, Tobi-chi acha que isso não foi nada discreto! — comentou o mascarado.

— Infelizmente Deidei-chi eu não tenho tempo para as suas bizarrices! Preciso ir arrecadar os meus doces para vencer a competição... Tchau! — deu de costas e logo sumiu na multidão.

— DANNA! Seu ingrato, não me despreze dessa forma, hum! — o pequeno caiu de joelhos ao chão, arrasado.

— Calma senpai, o Tobi-chi está aqui para ajudar! — o menor confortou o outro.

— Acho que eu nunca te agradeci, mas obrigado Tobi-chi... Por sempre estar do meu lado e me compreender, hum! — pela primeira vez o loirinho agradeceu ao amigo.

— Tobi-chi ama o senpai como o senpai é... Então vamos à luta senpai, vamos Tobi-chi e o senpai, juntos destruir esse Halloween! — expôs divertido.

— Você está certo, hum! — ele se levantou e respirou fundo. — Essa festa será um estouro! — pronunciou e riu pavorosamente.

Enquanto isso o alter ego que vestia uma abóbora caminhava com sua cestinha por entre os participantes da competição e avistou um pequeno ruivo que trajava roupas hospitalares e empurrava uma haste com uma bolsa de soro pendurada na mesma:

— Nagato-chi?! Você está fantasiado de paciente? — inquiriu o redondo.

— Na verdade não! Eu estava no hospital tomando soro, mas queria muito vir a essa festa, Ita-chibi! — contou esboçando um meio sorriso.

— Caramba... O que foi dessa vez? — indagou preocupado.

— Espetei sem querer a minha mão com um garfo durante o almoço de hoje e perdi muito sangue... — confessou cansado.

Isso está errado de várias formas... Sem chance! Deve ser terrível ter uma saúde tão frágil assim...— pensou horrorizado. — Hum... Né, Nagato-chi... Isso daqui deixou de ser festa e virou uma competição violenta, você deveria pedir para o seu pai vir te buscar, pois é perigoso pra você e... — foi interrompido pelo amigo.

— Eu nunca participei de nenhuma festinha da escola... Eu sempre estava doente e papai dizia que era perigoso... Essa foi a primeira vez que ele me deixou vir... — comentou entristecido e fungando para não chorar.

Pobrezinho...— pensou comovido. — Báh, venha coletar doces comigo! — o gordinho estendeu a mão e esboçou um enorme sorriso.

— Arigatou Ita-chibi! Depois que a Konan-chi e o Yahiko-chi se tornaram namorados, eu fiquei solitário e você se tornou o meu melhor amigo! — sorriu docemente, segurando a mão do outro.

— Nháaa... Então tá né, vamos que o Kisame-chi está esperando! — começou a caminhar novamente sendo acompanhado pelo novo melhor amigo.

(...)

O pequeno moreno andava lado a lado com a mini rosada, ambos carregando suas cestinhas e entreolhando-se discretamente:

— Sasuke-chi, você pretende vencer essa competição? — ela perguntou suavemente.

— Ah, sei lá... Serão três vencedores, certo? Eu só estou curioso para saber o que será o prêmio! Mas sinceramente, eu queria mesmo era só comer alguns doces e me divertir! — confessou sorridente.

— Hum, eu também... Achava que ia ser só uma festa, mas enfim, acho que se a gente não tentar vencer, jamais saberemos qual é o prêmio né? Vamos lá, Sasuke-chi... Rumo a caçada por doces! — ela tomou a frente, determinada.

— Certo! — o chibi concordou com ela.

Cinco minutos depois eles chegaram numa das salas da escola e bateram em sua porta:

— Boa noite! — o sensei mascarado, cumprimentou entediado ao abrir.

— Doces ou travessuras! — a rosadinha estendeu sua cestinha.

— Ora, se não é a Sakura-chi... Hum, Sasuke-chi também! — observou desanimado. — Bom, Sakura-chi, receberá três doces! — ele disse enfiando a mão numa sacola, pegando os docinhos e colocando dentro da cestinha dela. — Sasuke-chi, como o seu pai deu muito trabalho para o meu pai, você receberá apenas um doce! — contou, colocando o doce dentro da cestinha do chibi.

— Mas Kakashi-chi-sensei... O meu pai é o meu pai e eu sou eu! — reclamou apreensivo.

— Não importa as diferenças, no fim dá no mesmo! — explicou fechando a porta.

Maldição, Sasuke-kun... Até aqui você me ferra!— pensou irritado.

— Anda Sasuke-chi, vamos para a próxima sala! — ela o puxou pela mão.

Enquanto isso, uma multidão se formava no meio do pátio da escola. Os alunos curiosos estavam se reunindo lá para ver o que estava acontecendo:

— Ah que dor maravilhosa... Venham meus amigos, juntem-se a mim nessa oração para Jashin! — convidava o alter ego fantasiado de Deus da morte, deitado no chão em meio a um círculo escrito em sangue com uma foice fincada na barriga.

— Hidan-chi... Já chega de “retardadice” por hoje! Está assustando todo mundo! — avisou Kakuzu-chi fantasiado de nota de dez mil ienes.

Aproveitando que todas as atenções estavam voltadas para o suicida no meio do pátio, o loirinho vestido de múmia ao lado de seu amigo espantalho, caminhou sorrateiramente até os fundos do cenário de labirinto do Halloween, que estava escuro.

— Senpai... O Tobi-chi tá com medo do escuro! — murmurou o mascarado.

— Olha só Tobi-chi, aja de acordo com o nosso plano, hum? — inquiriu irritado.

— Qual era mesmo o plano senpai? — perguntou confuso.

— Raios, você já se esqueceu? — indagou fulo de raiva. — Presta atenção, é a ultima vez que irei falar, hum! — alertou nervoso.

— Certo senpai! — obedeceu-o atento.

— O labirinto é o último destino dos participantes da competição, hum... Depois de coletar todos os doces, todos os alunos serão obrigados a atravessarem o labirinto para chegarem ao lado de fora do colégio! Ou seja, aqui será o auge da guerra por doces, afinal, todos querem vencer e aqueles que pegarem menos doces irão roubar dos outros que pegarem mais e vice-versa... É onde nós entramos, vamos aqui do escuro, assustar a todos que passarem por aqui e eles vão ficar tão amedrontados que irão sair correndo e abandonarão as suas cestinhas de doces, hum! — terminou com um sorriso maligno.

Pobre senpai, no fim só quer comer os doces e tem de roubá-los, pois nenhum professor gosta dele...— pensou o mascarado comovido. — Entendido, senpai! — acatou se posicionando por detrás de um pequeno muro.

Após dez minutos esperando, os dois começaram a ouvir passos e cochichos aproximando-se do labirinto, no entanto, passaram-se minutos silenciosos e nada de ninguém aparecer, quando de repente a quietude foi quebrada:

— Ah, senpai... Tem alguma coisa na minha mão! — berrou o chibi entrando em pânico e quase matando o outro de susto.

— Aí meu Deus, hum... O que foi diacho? O que tem na sua mão? — indagou levando a mão ao coração acelerado.

— Não sei senpai, Tobi-chi não enxerga no escuro! — advertiu desesperado.

— Maldição, toma essa lanterna! — entregou o objeto para o amigo.

— Tobi-chi está com medo de olhar! — receoso o alter ego mascarado hesitava em acender a luz da lanterna.

— Anda logo, estúpido, hum... Veja de uma vez o que tem na sua mão! — ordenou furioso.

— Sim senpai... — acendeu a luz da lanterna. — AHHHHHHH! — berrou apavorado.

— Ai criatura, o que é que tem na sua mão? — questionou aterrorizadamente assustado.

— Ah, ufa... São apenas os dedos do Tobi-chi, senpai! — suspirou aliviado. — Tobi-chi até pensou que fosse um monstro, hahahaha... — riu despreocupado.

— Monstro é o que eu vou me tornar daqui a alguns instantes após te estrangular até a morte seu filho da puta, hum! — rugiu o loirinho com os olhos emanando puro ódio. — Você quase me matou do coração por causa dos seus dedos... Vou te matar agora! — foi pra cima do amigo.

— Não senpai, Tobi-chi não fez por mal... — o chibi sem querer deixou a lanterna cair de cima do muro e a mesma quebrou. — Oops!

— MALDIÇÃO! Você não faz nada direito, droga, droga... Agora eu não enxergo nada aqui detrás! — resmungou irritado. — Mas enfim, vamos esperar algum otário aparecer por aqui para assustarmos ele, hum! — ordenou agachando-se. — Fique em silêncio, ouviu? — impôs enfadado.

— Certo senpai! — o mais novo ficou quietinho, enquanto esperavam pelo alvo.

Quase meia hora depois, finalmente apareceu a primeira vítima que seria assustada:

— Fique atento, Tobi-chi, hum... Está vindo alguém! — ordenou tentando reconhecer a pessoa de longe. — Quando eu contar até três nós dois começaremos... Um... Dois... Três... — deu o sinal para o amigo.

Assim que o participante adentrou de vez o labirinto com sua cestinha, o loirinho de múmia e o espantalho mascarado começaram a falar como se fossem assombrações.

— Buhhh... Nós viemos do além para te matar, hum... — tremulou a voz de forma que parecesse sombria.

— Simmm, Tobi-chi e o senpai viemos do além para matar você... Buhhh! — o chibi completou tremulando a voz.

— Seu idiota, não era pra ter revelado o seu nome... ANTA! — deu um tabefe na cabeça do mascarado.

— Não bate no Tobi-chi, senpai... — resmungou acariciando os cabelos.

— Hãn? Quem está aí? — indagou o participante fantasiado de zombie. — É uma assombração? — indagou curioso.

— Beleza, ele caiu na nossa... — o explosivo murmurou. — Sim, nós somos assombra... — calou-se irritado. — Droga, acho que uma das minhas ataduras ficou presa em algum lugar... Eu não consigo me mexer... — sussurrou para o outro.

— Deixa que o Tobi-chi resolve isso para o senpai! — o mini se abaixou e puxou com tanta força a atadura que fez com que Deidei-chi caísse do muro, em frente ao zombie. —S-Sai-chi? Ferrou! Ele descobriu a minha verdadeira identidade! Maldito Tobi-chi...— pensou enraivecido.

— Ino-chi, você trocou sua fantasia de odalisca por uma demúmia só pra mim não te achar? — o moreno inquiriu chateado.

— Ino-chi?! — o alter ego se levantou furioso. — Quem você tá chamando de Ino-chi? — questionou enfadado.

— Ora, eu só queria um beijinho, poxa... Não precisava ter fugido de mim! — avisou o pequeno se aproximando da múmia.

— O QUE? — arregalou os olhos vendo que Sai-chi tinha a intenção de beijá-lo.

— Ih lascou! Fuja paras montanhas senpai, fuja! — gritou o espantalho de cima do muro.

— Ahhh! — o loiro saiu correndo desesperadamente.

— Volte aqui docinho! — o moreno passou a persegui-lo.

(...)

Em uma sala escura do colégio, dois alter egos encontravam-se escondidos, abraçados às suas cestinhas de doces:

— Hina-chi... Nós precisamos ir lá fora e lutar por nossos doces! — advertiu o loiro impaciente.

— N-Naruto-chi... Acho que é melhor nós esperarmos eles se cansarem de brigar por doces para sairmos daqui! Temo por nossas vidas... — a morena se manifestou.

— Eu sou um Uzumaki, não vou me esconder! — levantou-se e caminhou até a porta. — Eu me chamo Uzumaki Naruto-chi, eu enfrento o perigo cara a cara! — berrou abrindo a porta e levou um soco que o arremessou na parede da sala.

— Obrigada pelos doces, mané! — agradeceu a menina de coques, apanhando a cestinha que o outro deixou cair. — É ISSO AÍ! Vamos lá Neji-chi, o mundo será nosso! — a garota pegou no braço do companheiro e saiu correndo a toda velocidade de lá.

— Tenten-chi... — a morena arregalou os olhos aperolados. — N-Naruto-chi, eu te avisei! — ela se aproximou do chibi inconsciente.

— Rámen, rámen... — o pobrezinho revirava os olhos, vendo macarrões voando ao seu redor.

Um tempo depois, o relógio posto a parede principal ao lado de fora da escola, já apontava as vinte e uma horas e trinta minutos, mostrando aos alter egos que corriam contra o tempo para conseguir mais doces que faltava apenas meia hora para o tempo deles acabar.

De volta ao labirinto, o pequeno fantasiado de múmia finalmente havia despistado o “zombie” e voltado para o lado de seu amigo espantalho:

— Droga... Aquele beijoqueiro do inferno, hum! — resmungou se escondendo. — Você que ouse me empurrar daqui de cima novamente, Tobi-chi... — notou que o amigo estava cochilando. — Hey, idiota... Acorde! — chacoalhou o amigo.

— Não foi o Tobi-chi... — proferiu assustado. — Ah, é só o senpai! — observou ficando calmo.

Logo apareceu mais uma vítima...

— Você não deveria caminhar por aqui sozinho... É perigoso, hum! — tremulou a voz.

— Sim, é como o senpai disse... Você vai morrer! — completou o mascarado.

— Ah, olá Deidei-chi e Tobi-chi... — cumprimentou o ruivo fantasiado de marionete, com sua cara entediada costumeira.

— DANNA?! — gritou enraivecido. — Droga, como você nos reconheceu, hum? — indagou nervoso.

— Fala sério, nem que vivessem mil anos vocês me enganariam dessa forma! Estúpidos... — deu de costas e prosseguiu no labirinto.

— Aff... Esse é o esperado do danna! Ele é muito esperto... Vamos torcer para que o próximo seja idiota, hum! — cruzou os dedos.

De repente o loirinho de cabelos espetados, com as roupas todas rasgadas e com a pele arranhada, apareceu puxando a morena fantasiada de Yuki-Onna pela mão.

— Falando em idiota! Olha só quem vem aí, esse é presa fácil... — murmurou, mas antes de começar a assustar, foi interrompido.

— Deixa essa cesta pra lá Hina-chi, se nós ficarmos aqui nós dois vamos morrer! — concluiu arrancando a cestinha de Hinata-chi e jogando-a ao chão.

— Caramba, nem precisamos sujar as nossas mãos com esse idiota... — Deidei-chi desceu do muro e quando levou a mão à cesta notou o pelotão de chibis violentos correndo em sua direção. — AHHHH! — ele gritou subindono muro e se escondeu novamente.

— Isso foi perigoso, senpai! — comentou preocupado.

Depois que a poeira abaixou, a pequena caçadora de cabelos róseos e o vampiro moreno passaram a se aproximarem tranquilamente do labirinto que já estava quase vazio:

— É... Ter parado para tomar chá e jogar poker na sala da Tsunade-chi-sensei até que não foi má ideia! Isso nos poupou de muita violência! — comentou a rosadinha notando as marcas de sangue e fios de cabelos espalhados pelo chão.

— Pois é... — o moreno sorriu alegre. — Mas no fim, acho que não arrecadamos doces suficientes para a vitória! — comentou um pouco abatido, olhando para a sua cestinha.

— É... Mas se eu pegar os doces da minha cestinha e colocar na sua... — ela despejou tudo que tinha em meio aos docinhos dele. — Você tem mais chances de ganhar! — ela sorriu docemente.

— Mas Sakura-chi, são seus... — foi interrompido.

— Relaxe, desde o começo eu não estava interessada nos doces e nem no tal prêmio misterioso! Eu só queria ficar mesmo na sua companhia, bobinho... — ela deu um beijinho estalado na bochecha do pequeno que ficou totalmente vermelho.

— S-Sakura-chi, obrigado... — agradeceu desconcertado.

— Não há de que... Lindinho! — ela respondeu corada. — Vamos... — foi interrompida.

Três alter egos vinham em sua direção e logo eles os reconheceram.

— Ita-chibi? Kisame-chi? Nagato-chi? — indagou o moreno.

— Yo, Sasuke-chi... Nossa... Quantos doces têm na sua cestinha! — admirou-se o roliço.

— Bem, eu e o Sasuke-chi resolvemos unir os nossos doces! — a rosada se manifestou. — E vocês três? Porque estão juntos? — ela indagou curiosa.

— Ah, Nagato-chi nunca participou de uma festa ou competição em toda a sua vida, daí nós resolvemos ajudá-lo! — contou o gordinho. — Bom... Na minha cesta só sobrou isso Nagato-chi... — ele mostrou os três doces que ainda tinha, pois não havia resistido e acabou devorando quase tudo.

— Eu consegui isso... — o tubarão revelou seus vinte e cinco doces dentro de sua cestinha.

— Né, pessoal... Não precisam me ajudar a vencer! Eu já estou feliz de ter participado dessa festa maravilhosa... — o ruivinho sorriu alegremente comovendo os outros dois.

— Né, Sakura-chi... Você não se importa se eu... — o moreno foi interrompido.

— De forma alguma, Sasuke-chi... Faça como você achar certo! — a pequena com os olhos marejados sussurrou para ele.

— Nháaa, nós vamos ajudá-lo também Nagato-chi... Eis aqui os nossos doces! — entregou os cinqüenta e oito doces que possuía.

— Minna-san, eu não posso aceitar... Eu realmente estou feliz apenas em participar... — foi interrompido pelo loirinho que pulou do muro e tomou a cestinha do ruivo.

— VOCÊS o ouviram né? Ele não precisa desses doces... E já que ele não quer, eu quero! — anunciou saindo correndo. — VAMOS TOBI-CHI! — chamou pelo outro.

— Seu trapaceiro! — rugiu a rosada irritada.

— Vamos já pegá-lo e dar uma boa lição nele! — anunciou Sasuke-chi tomando a frente.

— Pessoal, não tem problema... Sério, não precisam fazer isso! Apenas vamos até a saída para ver quem venceu... Por favor! — pediu o pequeno tossindo posteriormente.

— Tudo bem então, Nagato-chi! — o redondo começou a caminhar. — Vamos lá ver se o “Dei-doido” venceu! — sugeriu enfadado.

Assim que os cinco chegaram à saída do colégio, avistaram a múmia toda arranhada e descabelada, gritando em fúria.

— Ué, Deidara-chi... Cadê os doces que você roubou da gente? — indagou Ita-chibi.

— Tentaram me roubar e lutamos até... — olhou para todos os doces esmagados pelo chão e começou a chorar. — Não tem mais doce! — encostou a cabeça no ombro de Tobi-chi que estava ao seu lado.

— Não chore senpai, não chore! — consolou ao amigo.

— É... O crime não compensa! — murmurou a pequena de cabelos róseos.

Assim que todos se reuniram ao lado de fora da escola o sensei fantasiado de cobra ao lado de seu colega de trabalho, apanhou o microfone e começo a falar:

— Olá, todos os alunos da Chibi High School... Agora são vinte e duas horas e declaro por encerrada esta competição... — foi interrompido.

— Orochimaru-chi... Já são vinte e duas horas e cinco minutos! — corrigiu ao mais velho.

— DANE-SE, seu chato, dane-se! — rugiu para o chibi de óculos. — Enfim... — pigarreou voltando ao microfone. — Peço para que todos aqueles que ainda possuem doces em suas cestas, que os tragam aqui na frente... — pediu, no entanto, ninguém se aproximou. — Vish... Ninguém conseguiu nenhum doce sequer? — perguntou chocado, vendo todos balançarem a cabeça negativamente.

— Isso aconteceu porque você não impôs regras decentes para eles, Orochimaru-chi! — lembrou o executivo.

— Merda... Bom, já que ninguém arrecadou doce, que pena... Não temos um vencedor... — foi interrompido pelo garoto fantasiado de fantasma.

— Eu sei quem venceu essa competição! — pronunciou convicto.

— Neji-chi? Você sabe? — indagou a morena de coques com um ponto de interrogação na mente.

— Sim! Embora os doces não estejam em suas cestinhas, eu posso ver aqueles que “acumularam” mais doces... Em suas barrigas! — contou sorridente.

— Ora, jovem Hyuuga... Então diga-nos quem venceu! — sugeriu o sensei.

— Byakugan! — o moreno ativou os olhos fazendo uma espécie de raios-X em todos os participantes. — Parabéns, Ita-chibi! Você é o grande vencedor! — anunciou apontando para o gordinho.

— Hãn? O que? — o pequeno inquiriu confuso. — Como assim eu ganhei?

— Há exatamente trinta doces digeridos que estão no seu intestino, sessenta doces ainda em digestão que estão no seu estômago e mais quinze na sua garganta esperando para descerem! — enumerou pasmo.

— CACETE! Você come, hein? — Sasuke-chi arregalou os olhos assustado.

— Jesus, cuidado para não vomitar! — comentou a rosadinha apavorada.

— Acho que ele vai é explodir, isso sim... — analisou o sensei ainda mais chocado. — Bom... Já que é o vencedor, venha aqui receber o seu... — foi interrompido.

— NÃO É JUSTO! Esse balofo não pode vencer! — questionou a múmia.

Caramba, acho que os doces estão voltando...— pensou receoso e apanhou uma cestinha ao chão. — Droga, eu não vou conseguir segurar... — o alter ego vomitou tudo dentro da cesta.

— Hahaha... — o loirinho tomou a cesta do roliço e foi até o sensei. — Ele não tem mais um monte de doce acumulado naquela pança... Estou em posse deles, embora estejam irreconhecíveis dentro dessa cestinha! — expôs sorridente.

— Hum... Mas quem venceu foi o Ita... — o sensei foi interrompido.

— Orochimaru-chi-sensei... Deixe-o ganhar, não estou interessado no prêmio mesmo! — o chibi sugeriu entediado. — Só quero ir embora daqui e jantar a comida saudável que o meu pai fez pra mim! — esboçou um enorme sorriso.

— É mesmo, também estou louca pra ir para casa! — disse a rosada.

— Bom... Tudo bem então... Venha aqui Deidara-chi! Como vencedor o prêmio misterioso será seu! — anunciou o sensei.

— Eba... O que é esse prêmio? — indagou ansioso.

— Passar um dia inteiro comigo num hotel fazenda! — o sensei lambeu os beiços.

— O QUE? Que porra de prêmio é esse? — inquiriu assustado.

— Não adianta recusar! Anda, vamos... — pegou o loirinho pelo braço e começou a arrastá-lo. — Já vou ligar para o seu pai e explicar tudo... As nossas passagens já estão na minha bolsa, vamos... — logo desapareceu com a múmia que esgoelava.

Então era por isso que ele resolveu fazer essa competição? Cara, lutar por doces para ganhar a “honra” de viajar com o Orochimaru-chi... Nem mesmo o Deidara-chi merecia um fim trágico desses...— pensou o executivo ajeitando os óculos e apanhou o microfone. — Bom, a festa acabou! Todos estão dispensados... — anunciou e foi embora.

— Ita-chibi do céu... Ainda bem que você vomitou e recusou a vitória! — comentou Kisame-chi.

— Pois é... Minna-san, meu pai já chegou! — avistou o maior de longe e passou a ir em direção ao mesmo. — Tchau...

— Bom, como nós moramos no mesmo prédio, eu estou de carona com o Itachi-san... Até mais! — despediu-se Kisame.

Logo todos foram deixando a escola e indo para suas respectivas casas e no fim, já passava das vinte e duas horas e vinte minutos, e apenas a pequena rosada e o moreno ainda permaneciam esperando pelos pais:

— Nossa... Minha mãe está demorando, será que aconteceu alguma... — foi interrompida.

A jovem de cabelos róseos que corria rapidamente, aproximou-se dos dois alter egos:

— Desculpa filhota... A mãe teve uma emergência lá no hospital e teve que substituir a Tsunade-sama em uma operação delicadíssima! — justificou a menina que ainda trajava o seu uniforme branco.

—Tudo bem, mamãe... Bom, Sasu... — a mini foi interrompida.

— Olha só se não é o fofinho daquele dia... — a maior reconheceu o chibi que a salvara da chuva no dia das crianças.

— Kyah! Então você é a mãe da Sakura-chi? Eu sabia que me lembrava de você de algum lugar! — expôs alegre.

— Bom, você quer que fiquemos aqui esperando o seu pai com você? — perguntou preocupada.

— Não se preocupe com isso, daqui a pouco ele chega! Você deve estar muito cansada do plantão... Pode ir pra casa! — o pequeno avisou preocupado.

— Tem certeza que ficará bem? — a chibi indagou receosa.

— Sim, Sakura-chi... Aliás, feliz Halloween para vocês duas! — ele sorriu docemente.

— Tudo bem então, fofinho... Cuida-te! — ela se despediu e junto com sua alter ego, logo sumiu em meio à mata.

Poucos segundos depois...

O moreno surgiu em meio à floresta e aproximou-se do chibi sentado no portão:

— Olá monstrinho! Vim te buscar... — avisou o maior entediado.

— Dê-me um motivo plausível pelo atraso, Sasuke-kun! — pediu o menor.

— Eu tava cochilando e esqueci... — respondeu calmamente.

— Hum... Ao menos você é sincero! — comentou o pequeno cansado.

Hum? Que cheiro é esse? Tão nostálgico...— ele pensou notandoo perfume familiar no ar. — Tinha alguém aqui com você, monstrinho? — perguntou desinteressado.

— Uma amiga... — confessou irritado. — Vamos embora logo que eu acabei não comendo nada, estou morrendo de fome! — resmungou tomando a frente.

— Vish... Eu achei que você fosse se entupir de doces e não ia querer comer! Acabei nem fazendo janta! — contou impassível.

— Vindo de você Sasuke-kun, eu já esperava por algo assim... — murmurou chateado.

Enquanto isso, dentro de um mini carro rumo ao aeroporto o loirinho amarrado dos pés a cabeça se debatia no banco traseiro do automóvel, que era dirigido pelo alter ego de óculos, enquanto o sensei esquisitão lia uma revista qualquer no banco do passageiro.

De repente o pequeno conseguiu desatar suas mãos e após depositar argila ao seu redor, executou alguns selos de mão:

— KATSU! — o mini carro explodiu e os chibis foram pelos ares.

Com certeza aquele Halloween seria um “estouro” para o alter ego mais explosivo de toda a Akatsuki e traria muita dor de cabeça para os outros dois.