Eu já amei você?

Narradora:

Uma pessoa que você amou. Uma pessoa que simplesmente te amou ainda lutando contra si própria. Uma pessoa que possivelmente só conheceu o amor por sua causa ou até vice versa, como você se sentiria se ela fosse levada por um dos maiores bandidos que nenhum vilão por mais sujo e nojento que seja, pode derrotar?

Ela se chama “morte” e ela o levou da pessoa que ele mais amou.

Confesse, você com certeza não conseguiria suportar! Ainda mais no mundo que pisa em cima de qualquer um que vê pela frente. Um mundo onde você não tem que comer e viver para realmente ser um ser humano livre, contudo um mundo onde qualquer “humano” que maltrata o outro é chamado de “maioral”!!

Onde está a graça? Os anti-heróis eram exatamente isso, todavia, sabe explicar por que ainda assim eles eram diferentes?

Não? Sim?

Os anti- heróis basicamente, ainda tinham um coração! Engraçado, né?

Em meio a tudo aquilo, “vilões” sim tinham coração. Porque faziam aquilo por um motivo: família, amigos e filhos, dentre outros motivos. A verdadeira má em toda a história vai continuar apenas sendo uma : a “sociedade”.

Como?

Não é ela que “manipula” as pessoa as fazendo ficar uma contra a outra?

Sim, mas ainda assim temos uma escolha.

Essa foi a deles.

Parte narrada por Alerquina:

Aquela foi a última vez que o vi. Sim, eu sabia que ele soltaria a minha mão antes daquele maldito avião cair. Ainda assim eu queria ir com ele.

Ai, sim, sim eu queria ir com ele. Então eu apenas queria estar morta naquele momento.

Se pergunta:

Como uma vilã chora por amor?

Por que o único motivo por ela ser má morreu, sem leva-la.

Então, mesmo quando soube que apagariam as memórias de todo do esquadrão suicida eu não fugi. Sim, queria esquecer de maneira mais rápida e sem esforço, e se fosse possível sem dor.

Enquanto ajudava os outros a escaparem escolhi ser presa e torturada com minhas memórias novamente.

Era uma forma totalmente estranha de tratar dor com dor.

Entretanto tenho certeza, ninguém pensa que é fácil, sem dor e magoa que você tenta esquecer a pessoa que você possivelmente e unicamente amou.

E também entre todas as perguntas uma que não quer calar:

Por que você não se matou ou todo o governo?

Se fosse simples assim. Eu provavelmente já teria feito tudo isso em um picar de olhos, porém quando alguém promete uma coisa para outra pessoa tenho certeza que ela deve cumprir.

Ah, desse jeito é que quero ser. O que fazer se a promessa é mais complicada ainda?

Eu sinceramente pensava que morrer por uma pessoa era o limite que o amor podia alcançar, entretanto ele não me pedi-o isso:

“Você viveria por mim?”

Sim, é complicado muitas vezes, talvez nenhum um bilhão alcance.

Quando uma pessoa pede para você viver por ela, se resume em uma palavra “amor” ela que você a ame. E foi isso que ele pediu-o para mim. Então escolhi não destruir o governo, porque ainda assim eu estaria me matando.

Esquecer seria melhor. Eu apenas iria esquecer, não significaria que eu deixaria de ama-lo. Se sofrer por uma pessoa doí, experimente ama-la, doí muito mais.

Então exatamente agora estou entrando na sala de cirurgia onde será injetado um soro especial ou sei lá o que.

Em menos de um minuto o sinto sendo aplicado, e eu mesma me permito fechar os olhos e lembrar as memórias mais locas que o casal mais sem noção do mundo teve. Des das torturas aos beijos mais insanos ou das mais doces loucuras as mais insuportáveis cicatrizes, cicatrizes que nós mesmo fizemos um no outro por amar.

Sei que mesmo com ele sendo a pessoa mais horrível do mundo, me causando muito mal, eu ainda era capaz de o amar.

Por que?

Ele me amava até mais que si mesmo, mas não admitia para si mesmo. Assim até mesmo quando me machucava eu ainda o perdoava, porque ele lutava consigo mesmo.

Em meio a tudo aquilo a promessa fica intacta até certo momento, me debatia com tudo na mesa mais não permitia sair ou espernear. E quando ela finalmente começou a desaparecer, apenas ri.

Talvez fosse minha defesa contra toda aquela farsa que eu estava querendo passar. Farsa essa verdadeira!

Narradora:

Enquanto Arlerquina era finalmente liberta das suas memórias, o esquadrão suicida fugia pensando que ela daria um jeito de voltar. Mas sinceramente nem esperavam isso dela, para eles, ela estando bem era o que realmente importava.

De alguma forma para eles, ela sempre seria a mulher mais louca que conheceram e sempre se contagiariam com sua alegria completamente estranha. A louca que sabia amar e chorar.

De longe com certeza a anti-heróina mais estranha de todas e a mais má.

Arlerquina com certeza tinha esquecido de tudo a tempo. Não tinha voltado a ser como antes, era uma nova pessoa até para ela própria.

Parte narrada por Coringa:

Acordo de toda aquela porcaria que eu estava passando, qual é?

O avião até parece que tinha me matado. Não apenas os idiotas dos meus pilotos morreram de tolos que eram.

Agora eu estava disposto a acabar com aquele troço de governo de uma vez. Mas primeiro e precisava da minha louquinha para me animar com seus beijos. Tenho certeza que ela estava me procurando, porém não sei onde ela está.

Mas o que o coringa não acha ele com certeza não perde!