Desde criança Felicity sonhava em ser a Pequena Sereia, mas seus colegas da pré-escola riam dela dizendo “como uma quatro olhos seria uma sereia” ou “toda sereia tem um pai, você não tem pai, seu pai foi embora”, então ela saia correndo chorando e desejando que um dia ela fosse uma sereia e provaria para todos eles que Felicity Meghan Smoak podia ser uma sereia.

Felicity estudou no College of Southern Nevada, que era uma das melhores escolas de teatro de Las Vegas, e ela foi sua melhor aluna, com dois mestrados, Artes Plásticas e Gestão de Hotelaria, esse último ela fez por causa de sua mãe, Donna insistira tanto que o fizesse porque um gerente de hotel em Las Vegas era o máximo que alguém conseguiria ser, há não ser claro, que se encontre um príncipe encantado. Mas ser gerente de hotel ou casar com um bilionário não estava nos planos de Felicity, ela queria mais, ela queria ser uma sereia.

O produtor Marc Guggenheim estava escalando um novo elenco para o musical, A Pequena Sereia, nos estúdios da CW, e foi para lá que Felicity foi quando recebeu o aviso pelo seu celular. De malas prontas e passagem nas mãos, Felicity despediu-se de Donna e vôo atrás de seu sonho.

Hollywood era bem diferente do que Felicity esperava, e foi melhor que suas expectativas. A fila para o teste estava enorme, candidatas de todo tipo, loiras, ruivas, morenas, negras, altas, baixas, uma grande variedade de mulheres, tudo que o mundo podia oferecer, Felicity mordeu o lábio inferior tentando diminuir seu nervosismo.

— Oi, sou Caitlin Snow.

— Felicity Smoak.

— Você veio pelo papel de Ariel? – Caitlin perguntou apontando para o cabelo de Felicity.

— Sim. – Felicity tocou na ponta de seu cabelo recém tingido de ruivo. – É tão clichê né?

— Não sei. – Caitlin deu de ombros. – Talvez, aqui nem todas estão fazendo teste para Ariel, ou para as outras sereias. Eu mesma vim fazer um teste para uma das candidatas do príncipe. Mas ouvi dizer que vão chamar uma famosa atriz para fazer o papel de Ariel, pode ser boatos né!?

— Eu vim fazer o teste para Ariel, e estou muito empenhada em consegui-lo.

— Determinação. Gosto disso.

— E você sabe quem é o ator que fará o príncipe?

— Eu ouvi dizer que é um ator novo, ele é de Star City, Oliver Queen.

— E qual o nome do boato da atriz para Ariel?

— Laurel Lance.

— Frack. Laurel Lance?

— Por favor, todas em fila. – a co-produtora Beth Schwartz gritou tentando chamar a atenção das candidatas – Quando eu chamar o nome das candidatas para o elenco humano, favor dirigir- sem para a sala de número 4, para os candidatos do elenco do fundo do mar, para a sala de número 3, para a personagem Úrsula, sala 2 e Ariel, sala 1.

Borboletas começaram a voar dentro do estômago de Felicity, ela sorriu encorajando Caitlin, que sorriu de volta dando um sinal de positivo em retribuição.

As pessoas iam se dispersando para as respectivas salas à medida que eram chamadas, Felicity recitava um mantra judeu na sua cabeça tentando se acalmar e pulou quando seu nome foi chamado.

A sala 1 tinha poucas candidatas, o que deixou Felicity mais animada, ela tinha certeza que ganharia o papel de Ariel, afinal ela tinha uma bela voz e cantava bem, sabia interpretar, seus cabelos tingidos estavam num tom certo de ruivo, pelo menos foi o que a profissional do salão do cassino em que sua mãe trabalhava lhe garantiu.

Os primeiros testes foram de voz, e metade das aspirantes a Ariel foram desclassificadas, segundo teste foi o cabelo, mais uma leva foi embora, no final somente cinco candidatas, e uma delas era Felicity Smoak.

— Bem pessoal, nos vemos amanhã para o teste de química com o ator principal. Peguem seus crachás assim que saírem da sala e estejam aqui às 8hs.

No dia seguinte, as sobreviventes esperavam no auditório os produtores, Felicity e Caitlin estavam na final.

Um burburinho no corredor chamou a atenção de algumas das meninas que estavam esperando os testes, uma delas veio correndo avisar que o ator principal, Oliver Queen, estava chegando, o que deixou muitas das presentes excitadas para vê-lo, Felicity levantou da sua cadeira e correu para o banheiro com Caitlin em seu encalço.

— Hei, você está bem? – Caitlin bateu na porta do banheiro.

— Estou, foi só um enjôo.

— Normal, eu vomitei também hoje antes de vir para cá. É muita pressão, e seu eu não conseguir um papel nesse musical, terei que voltar para casa, e Central City não está nos meus planos.

Felicity saiu do banheiro um pouco pálida, molhou um pouco o rosto e escovou os dentes.

— Sério, Felicity!?

— Hoje é o teste com o ator principal, tem uma cena de beijo. Você não quer que eu o beije cheirando a vômito né?

— Não, claro que não.

— Caitlin, eu só tenho certeza de duas coisas, a primeira que eu vou fazer de tudo para ganhar este papel.

— E a segunda coisa?

— A segunda é que mudo o meu nome se não for a Ariel.

— Você já escolheu esse novo nome?

— Overwatch.

Quando Caitlin e Felicity retornaram para o auditório, a co-produtora Beth estava anunciando que o papel de Ariel já havia sido preenchido, e que as candidatas fariam o papel das outras sereias.

— Overwatch, eu sinto muito. – Caitlin sorriu condescendente.

Felicity abria e fechava a boca como um peixe fora d´agua, ou seria uma sereia, ela se desculpou com Caitlin e saiu correndo, correu se sentindo na pré-escola novamente quando seus colegas riam dela, seus óculos embaçaram com as lágrimas que desciam livremente fazendo com que Felicity não visse praticamente nada a sua frente, até que ela bateu em uma parede, pelo menos é o que ela achou que fosse.

Um dia antes dos testes começarem ....

Oliver acordou em uma cobertura no Hollywood Hills. Hollywood Hills é um bairro nobre que fica ao sudoeste das montanhas de Santa Mônica, ele é cercado pela "Laurel Canyon Boulevard" ao oeste, pela "Vermont Avenue" ao leste, pelo "Griffith Park" ao norte, e pela famosa "Sunset Boulevard" ao sul. Com suas vistas deslumbrantes de toda a área de Los Angeles, e também pela ênfase na privacidade residencial, o bairro de "Hollywood Hills" tornou-se um grande santuário para as celebridades.

Oliver olhou surpreso e curioso a sua volta, ele levantou da cama e andou até o banheiro foi quando um celular tocou ao longe e uma voz de mulher atendeu.

— Sim, Marc, ele vai fazer o musical...

A voz misteriosa ficava mais alta no momento que Oliver procurava de onde a voz vinha, ele estava acostumado com a mansão, mas essa cobertura era um labirinto. Depois de duas salas, alguns quartos, a voz vinha da varanda, ele viu uma loira de costas, ela usava um rabo de cavalo, o vestido social cinza com quadriculados pretos ao lado da cintura e sapatos finos pretos.

— Felicity...

— Ollie. Você acordou!

— Sara??

Oliver parou estático como um cervo no farol, Sara foi em sua direção com um sorriso aberto, ela se inclinou dando-lhe um beijo em sua bochecha.

— Acabei de fechar um grande contrato com Marc, será um musical “A Pequena Sereia”. Os testes começam amanhã, mas você só estará lá para o teste final da candidata para o papel de Ariel.

— Teste, Ariel...

— Ollie, por favor, não acredito que você bebeu tanto que se esqueceu do musical. – Sara bateu no peito dele. – Esse musical será o papel que te elevará para os grandes nomes em Hollywood. Só temos um problema. “ Laurel.”

— Laurel? O que tem Laurel?

— Ela quer o papel de Ariel, e acha que conseguindo esse papel, você voltará para ela. Laurel e Ollie, Ollie e Laurel, “sempre e para sempre”. – Sara fez aspas com os dedos. – Mas não se preocupe, eu coloco a minha irmãzinha na linha.

— Sara, eu... eu e você. Somos um casal? – Oliver apontou para os dois.

— Ollie, você é tão engraçado!

— Por que? O que foi que eu disse?

— Você está flertando?

— Não. Não... é só que eu acordei e você estava aqui, então eu pensei...

— Ray pode não ser um ninja como você, mas se ele vir você flertando comigo...

— Eu não estou flertando....

— Ollie, só esteja lá para o teste, entendeu? Eu vou pedir para Mick te pegar, só esteja lá.

Sara bateu a porta ao sair e Oliver voltou para o banheiro pensativo.

E o dia do teste chegou....

Dois dias depois, Oliver acordou cedo torcendo para encontrar logo Felicity, ele decidiu que quando a visse desta vez daria logo o beijo do amor verdadeiro, para que juntos pudessem voltar para sua família.

Mick tocou a campainha várias vezes impacientemente parando quando Oliver abriu a porta.

— Onde é o fogo?

— Desculpe Sr. Queen, é porque estamos atrasados. E a capitã não ficará nada feliz com isso.

— Capitã?

— Não sei se o senhor sabe, mas a Waverider é uma nave, quero dizer, a agencia de Sara Lance – Oliver olhou confuso esperando que Mick explicasse mais. – Então dona, agência tem nome de uma nave, capitã. Entendeu?

— Sim, Mick, eu sei, só estava brincando.

— Oliver Queen fazendo piada!

— Hei, eu faço piadas.

— Se você diz!

Mick inclinou os ombros em descrença enquanto Oliver revirava os olhos.

Um aglomerado de mulheres estava na entrada do estúdio e elas começaram a gritar quando viram Oliver chegando, ele olhou atentamente tentando ver se via Felicity, mas em vão, ela não estava lá.

Laurel ergueu o queixo altivamente quando viu Oliver sair da limusine, ela sorriu sarcasticamente quando seus olhares se cruzaram.

O produtor, Marc Guggenheim levou ambos para o seu escritório deixando que Beth desse a má noticias para as candidatas ao papel de Ariel. Marc fechou a porta suavemente e convidou Oliver e Laurel para se sentarem.

— Laurel, Oliver, é um prazer enorme revê-los.

— O prazer é meu, Marc. – respondeu Laurel sorridente.

— É um prazer revê-lo também? – Oliver revirou os olhos pensando que era exatamente o que sua esposa responderia, ele sorriu com a lembrança despertando um interesse em Laurel.

— Ollie, você por acaso comeu um canário? – Oliver enrugou a testa e balançou a cabeça esperando uma explicação. – Você tem a mesma expressão de um gato que comeu o canário.

— Laurel, não força. – repreendeu Marc. – Vamos ao nosso musical. Oliver você fará o Príncipe Erik e Laurel, será a Ariel. Os ensaios começam amanhã.

— A Ariel não é ruiva?

— Eu vou usar uma peruca, Ollie. Ou você achou que eu ia tingir meus cabelos de vermelho? Não sou como outras por aí, eu sou Laurel Lance.

— Os contratos foram para os seus respectivos agentes de acordo com o que foi solicitado. Então.

Os três deram-se as mãos em acordo, Marc abriu a porta se despedindo de ambos, Laurel saiu primeiro em seguida Oliver.

Laurel esperou que Marc fechasse a porta para abordar Oliver.

— Ollie. – Laurel o puxou pela gravata. – O que você acha de irmos até ao restaurante Verdant para almoçarmos? Precisamos colocar nossa conversa em dia, e falar sobre o musical. O que você acha? – ela bateu os cílios tentando seduzi-lo, mas não surgiu efeito algum nele.

— Laurel, eu sinto muito, mas já tenho um compromisso.

— Mas Ollie...

Oliver deu as costas para Laurel e saiu determinado a encontrar sua esposa, ao virar o corredor ele foi atingido por alguém.

— Olh, frack! – gritou Felicity ao ver que era Oliver Queen e não uma parede que ela havia trombado.

— Felicity? – Oliver agarrou os braços de Felicity, ela o olhou surpresa e antes que lhe respondesse eles foram interrompidos por Laurel.

— Quem é você? – Laurel apontou com desdém para Felicity.

— Não sou ninguém. Quero dizer, eu sou alguém obviamente. – Felicity revirou os olhos fazendo com que Oliver risse e Laurel cruzou os braços esperando uma explicação. – Você é a Laurel né? A Linda Laurel, aquela Laurel. Eu sou Felicity Smoak.

Felicity ergueu a mão esperando que Laurel retribuísse o cumprimento, só que Laurel não moveu uma palha, o máximo que ela conseguiu foi o famoso olhar de desprezo de Laurel.

— Hei, eu sou Oliver Queen.

Oliver deu o sorriso que era reservado somente para sua esposa, deixando Laurel com ciúmes, pois, Oliver nunca havia sorrido para ela dessa maneira.

— Hã. – Laurel interrompeu o momento mágico entre os dois.

— Desculpe-me, Sr. Queen, Srta Lance.

Felicity saiu cabisbaixa e quando Oliver ia segui-la, Laurel o agarrou pelo braço impedindo-o de prosseguir.

Passou-se uma semana desde o encontro entre Oliver e Felicity. Felicity tinha sido escalada para ser uma das sereias amiga de Ariel, e como ela se recusara a tingir novamente seus cabelos de loiro, ela usava uma peruca preta para esconder o ruivo do seu cabelo.

Greg Berllanti, o diretor do musical, olhou impaciente para o relógio esperando que Laurel aparecesse, já era a terceira vez consecutiva que ela chegava atrasada, mas o problema não era o atraso e sim a bebedeira. Não era novidade nos tablóides que Laurel Lance era alcoólatra. Porém, quando ela conseguiu o papel para atuar ao lado do seu antigo namorado, havia prometido para seu agente, Sebastian Blood, que não colocaria uma gota de álcool na boca e como promessas são feitas para serem quebradas, essa não foi diferente.

— FELICITY! – gritou Greg uma hora depois de esperar Laurel aparecer. – Venha aqui, por favor. Oliver, você também. Os outros estão dispensados para o almoço, retornem daqui à uma hora.

Felicity aproximou-se insegura, já Oliver, ele foi andando confiante.

— Desculpe-me Sr. Berllanti, mas eu vou ser demitida? - Felicity dobrou os dedos deixando o polegar passar pela sua garganta imitando um gesto de pescoço sendo cortado. – Seria um péssimo negócio, pois, eu sou o bem mais valioso dos figurantes.

— Não, Felicity, você não está sendo demitida.

— Ah bom! – ela sorriu contente.

— Você está sendo promovida, a partir de hoje você será Ariel.

Oliver que até então estava acompanhando a conversa, riu internamente, porque ele viu uma oportunidade de dar o beijo do amor verdadeiro na sua Felicity.

— Mas e a Srta Lance?

— É, o que tem EU? – gritou Laurel. Ela chegou meio cambaleante e quando ela ia cair Oliver conseguiu segurá-la a tempo. – Wow, quando você virou um ninja Ollie?

— Laurel, você está bêbada!

— Você é inacreditável. Você me deu um sermão sobre como eu preciso consertar o meu relacionamento com Sara quando foi você quem estragou ele em primeiro lugar. Transando com ela. E agora você está fazendo isso de novo.

— Do que você está falando? Eu não estou com a Sara, ela está com o Ray e é minha agente. Mas você está certa. Isso é tudo culpa minha.

— É. É. É, sim.

— Usar drogas e ser uma bêbada e perder o seu emprego. É culpa minha também?

— Vai para o inferno, Oliver.

— Laurel, você acha que é a única passando por dificuldades? Você acha que é a única com problemas de família? Você não tem idéia do que está acontecendo na minha família agora. Você está culpando todo mundo, menos você.

— Acabou?

— Acabei. – Oliver balançou a cabeça. – É. Acabei.

Oliver deu as costas para Laurel, passou as mãos pelo rosto enxugando as lágrimas.

— Você acha que pode me substituir? – Laurel pergunta olhando furiosamente para Felicity. – Eu sou insubstituível. – Laurel arruma a bolsa no ombro e saiu cambaleante.

— Tempus fugit. – resmunga Greg.

— “O tempo voa.” – responde Felicity.

— Felicity Smoak, você é notável!

— Obrigada por comentar sobre isso.

O tempo voa mesmo, pensou Oliver, já haviam se passado mais três dias desde a demissão de Laurel, e Felicity havia ocupado o seu lugar, e a cena tão esperada do beijo estava longe de acontecer.

— Cena 3, Ariel se diverte com o Príncipe Eric

O Príncipe Erik (Oliver) conduzia uma carruagem com Ariel (Felicity) ao seu lado, ela olhava encantada ao redor, de repente ela virou de cabeça para baixo olhando o movimento das rodas até que o Príncipe Erik a puxa de volta, eles passaram por cima da ponte, com um lago abaixo...

— Ele já beijou? – perguntou Linguado.

— Ainda não. – respondeu um frustrado Sebastião.

— Ahh! – frustrou-se Linguado.

O Príncipe Erik e Ariel, já não estavam mais na carroça, eles caminhavam pela vila. Um feirante carregava uma gaiola cheia de galinhas, despertando o interesse de Ariel, depois uma barraca com fantoches se apresentando desviou sua atenção, Ariel ria de tudo e de todos, ela puxou um dos fantoches para mostrar para Erik, ele ria feliz com seu entusiasmo. Sua atenção foi totalmente agora para alguns casais que dançavam na praça, então ela e Erick, se juntaram a eles, em seguida voltaram para o castelo.

— Eles já se beijaram? – perguntou um Pelicano.

— Não. Ainda não. – respondeu Linguado desanimado ......

Quatro dias depois, a cena do tão esperado beijo chegou.

— Cena 7, Beije a moça. Nessa cena Sebastião vai pedir aos outros animais que criem um clima para que Erick se sinta tentado a beijar Ariel, enquanto eles andam no pequeno barco. – explicou Greg aos atores em cena. Oliver sorriu com a expectativa de quebrar a maldição. Felicity coçou o dedo indicador com o dedão tentando esconder o seu nervosismo, o que era compreensivo, já que era a cena do beijo, ela ficou imaginando se os lábios de Oliver eram macios.

— Eu acho que são. – Oliver riu do seu devaneio.

— Oh, eu falei isso em voz alta? Claro que falei. – Felicity sentiu o calor subir pelo pescoço e esperava não estar dando na cara a vergonha de ter balbuciado.

— Ação!

— Temos que criar... “o clima”. – Sebastião falou com os patos. – Percussão. Cordas. Som. – então Sebastião começou a cantar ...

E lá vai ela, aprendendo a namorar, nada, nada, vai falar, mas embora não a ouça,

Dentro de você uma voz vai dizer “agora beija a moça” ........

— O que? Você ouviu alguma coisa? – perguntou Erick

A medida que os atores iam cantando, Oliver e Felicity faziam cara e bocas de um casal tímido e apaixonado, enquanto o pequeno barco deslizava pelas águas do rio.

.........pois não vai falar, só vai demonstrar se você a beijar....

— Eu não me sinto bem sem saber o seu nome. Quem sabe eu adivinho. Será Mildred? Já sei que não. Que tal Diana?

— Ariel, o nome dela é Ariel. – soprou Sebastião.

— Ariel? ARIEL! - Ariel balançou a cabeça falando que sim, já que sua voz havia sumido por causa do feitiço da Úrsula. – É um belo nome, Ariel.

O pequeno barco entrou numa caverna deixando os enamorados em completa intimidade.

— CORTA – gritou Greg

— Mas e o beijo?

— Oliver, a cena do beijo é para o final, antes tem a cena “Ariel não consegue beijar o Eric antes do pôr do Sol”. Mas já que você está ansioso por isso, vamos ensaiar essa cena.

Greg absorvia cada gesto, cada olhar de Eric para Ariel.

— Você pode falar? Então era você o tempo inteiro!

— Ahhh, Eric, eu queria lhe contar.

— ERIC NÃO. – gritou Úrsula.

Eric puxou Ariel para seus braços e quando ia beijá-la, Ariel escorrega de seus braços indo parar no chão.

— AGORA É TARDE! HAHAHAHA TARDE DEMAIS! HAHAHAHA.

Então a falsa Ariel, que era Úrsula disfarçada, se transforma no Sr. Pesadelo, as pessoas ao redor gritam assustadas.

— Adeus jovem esposo. HAHAHAHA – Sr. Pesadelo puxa Felicity com ele para o fundo do mar.