Capítulo 10 - Segunda Reunião de deuses e Criando um Plano

Meu dia até agora foi normal, mas no momento, me encontro em uma situação um pouco complicada... Estou levando bronca daquele loirinho... Da próxima vez eu penso duas vezes antes de pisar fora de casa!!! Ah, sim, você querem saber o que aconteceu, né? Pois bem...

#Flashback on#
– Dessa vez você não pode interferir na reunião, lembre-se disso, Ikuto. – falei pela milésima vez, escutando um suspiro que queria dizer um sim.
Entramos naquela sala enorme de tirar o fôlego, mas que me irritava pelo fato de que eu não sabia como juntar todo aquele povo em um lindo romance, eu já sei quais são os casais, mas não sei como ajudar, então eu acabo pensando nisso e quase piro.
– Caham! – Tadase pigarreou – Vamos começar a reunião de hoje. Não há nada em especial a ser falado, a não ser pelo fato da mais nova deusa. – ele apontou para mim – Amu Hinamori. Você tem alguma ideia da confusão que criou no dia anterior? – ele me perguntou.
– Ontem? Ontem eu só fui no shopping e juntei e separei casais, apesar de que nenhum deles ia dar certo mesmo... – falei a última parte meio pensativa e ele pareceu se irritar mais.
– Teve casais – ele deu uma pausa – casais entre aspas, que são absurdamente ridículos! Você não deve fazer do cargo de um deus, uma brincadeira, compreenda isso.
– Casais absurdamente rídiculos? – perguntei estranhando.
– Sim! Alguém com uma planta! Alguém com um cachorro! Alguém com uma... máquina de garra!! – ele gritou bravo – Amu, você terá que receber uma punição.
#Flashback off#

Senti alguém me cutucando, era Ikuto. Acordei de meus desvaneios e todos estavam rindo baixinho.
– Você realmente não leva isso a sério... – o loiro suspirou – Nem prestar atenção, está.
– Tadase, quer saber de uma coisa? Não, eu não levo isso a sério. Não, não fui eu que juntei esse tipo de casal, isso está ocorrendo por causa de minha gravidez, talvez algum efeito colateral ao fato de que não pode haver deusas grávidas, mas não se preocupe, irei desfazer esses “casais”. – fiz aspas no casais.
– Isso não fará você escapar de sua punição. – Kukai se manifestou rindo.
– Kukai, você é a última pessoa de quem quero ouvir alguma coisa. – comecei a estralar tudo quanto é osso – Você vai me pagar caro por fazer o céu ribombar a noite inteira, esses dias atrás. – ele mudou um pouco de posição.
– Você tem medo de trovão? Já sei como te ameaçar. – ele riu.
– Eu não contaria vantagem, se fosse você. – ele me olhou interessado – Eu sou a deusa do amor e do tempo. Se eu controlo o tempo, nenhum raio me atingirá, mas sim você, se eu controlo o amor, posso tornar sua vida amorosa pior que o mundo inferior. – ele pareceu ficar com medo, mas escondeu esse fato.
– Você é mais esperta do que eu pensava. – ele disse quase guaguejando e eu ri - Arrêter le temps! – gritei e o tempo parou.
Me levantei, fui até onde Kukai estava e o puxei para o chão de bruços, peguei uma corda que havia levado só para isso e amarrei seus pés junto com as mãos e voltei para meu lugar - Continuer temps. – disse ouviu-se um grito de Kukai, olhares foram atraídos para ele.
– O que estava dizendo, é que você não pode contra mim, ingênuo. – olhei para Tadase – Qual é minha punição? – ele revezou o olhar entre mim e Kukai e por fim sorriu – Deixarei essa passar, tome cuidado, da próxima vez, não irá melhorar meu humor tão fácil. – ele se levantou e desamarrou Kukai – Bem, alguém tem algo importante para manifestar nessa reunião, ou podemos encerrar ela?
– Tenho algo para comentar, não sei se consideram importante... Enfim, eu vi uma profecia e acho que se refere a nós, pois dois versos já se cumpiraram. – todos olharam para mim – Já sabem do que se trata? – todos balançaram a cabeça negativamente – Vocês ao menos sabem da existência de uma biblioteca de biografias de antigos deuses dentro da casa de vocês? – todos me olharam incrédulos.
– Do que está falando, Amu? – Utau perguntou.
– No meu quarto, atrás de um guarda-roupa, tem uma porta dourada, ela dá em uma biblioteca de bibliografias dos outros deuses, essa biblioteca é mantida através de nossos poderes e dentro dessa biblioteca achei uma profecia.
– E do que se trata a profecia, consegue se lembrar? – Tadase perguntou com um tom de preocupação, pelo visto ele sabia de algo.
– Não insulte minha capacidade de decorar coisas, principalmente sendo tão importante. – limpei minha garganta - “Um deus deverá fazer uma escolha.”
“Uma deusa mudará tudo.”
“ Se o destino não mudar,”
“ Desafios vão enfrentar”
“E para a história entrar.”
– Estranho, não consigo compreender o significado de nenhuma frase da profecia... Por mais que eu tente. – Kairi comentou.
– Na minha opinião, o primeiro verso se refere a escolha do próximo deus do amor, no caso, fui eu. O segundo verso está se referindo a eu mudar tudo, no caso, não contarei do que se trata a mudança. – disse.
– Mas de que desafios estão falando? – Yaya perguntou, pelo visto, temendo a resposta.
– Não sei... Provavelmente, os desafios só surgirão quando eu mudar esse tudo. – respondi
– Caso o destino não mude. – Lulu nos lembrou tentando acalmar a Yaya que era a mais assustada.
– Mas em que sentido quer dizer o “destino não mudar”? – a mais miúda, Rikka, perguntou.
– Eu controlo o tempo, não prevejo o futuro. – repondi como uma recamação.
– Não deveríamos nos preocupar com isso por enquanto, quando o momento certo para as coisas acontecerem chegar, podemos voltar a pensar nisso, não acham? – Hikaru, aquele miúdo calado se manifestou, caraca!
– Concordo com ele, eu só queria comentar sobre a profecia para deixar todos em alerta. Podemos dar a reunião por encerrada? – todos concordaram.
– Então, a reunião de hoje está encerrada! – Tadase gritou o que parecia causar alívio nele.
– Ikuto, não me siga. – disse e fui até aquele loirinho – Podemos conversar? – perguntei a ele que só concordou com a cabeça.
– O que quer? – a criatura tá de TPM, ui!
– Você quer alguém para desabafar, eu sinto. – dei uma pausa – Além de que você não é bom em esconder espressões faciais. – ele me olhou incrédulo.
– Ou você que é muito boa em decifrar espressões faciais. – sorri, ele estava se soltando – Por que eu deveria contar tudo a você? – ele perguntou como uma espécie de desafio.
– Bem, eu sou a pessoa que pretende mudar essa nossa geração, preciso conhecer a todos para ajudar a mudar. – essa foi sua melhor resposta, Amu? Tá “bem” inspirada, viu!
– Tem lógica, mas nada sairá de sua boca sobre o que eu disser.
– Minha boca é um túmulo. – sorri vitoriosa.
– Bem, não sei se você sabe, mas fui a primeiro de todos aqui que se tornou deus, bem, ser um novato chefe no meio de várias pessoas que já entendem como funciona foi realmente estranho, mas todos me confortaram, isso me fez sentir pior, com certeza, mas tentei dar meu melhor e logo Lulu apareceu, o quanto ela estava perdida foi uma cena um tanto cômica, e sendo a deusa do equilibrio, seu nervosismo causou problemas em controlar seus poderes, causando uma rande confusão na primeira reunião dela, foi um caôs completo. – ele sorriu lembrando e de repente parou.
– Você gosta dela, né? – perguntei.
– Eu gosto de todos daqui, Amu. – ele respondeu
– Não digo no sentido de amizade, loirinho. O gostar a que eu estou me referindo, é o gostar no sentido de amar. – ele me olhou um pouco estranho.
– Talvez eu goste dela nesse sentido, nunca tive certeza de que gostei dela.
– Essa é realmente uma resposta inesperada. – admiti.
– E o que você pretende fazer com o que e contei? – ele fez “a” pergunta idiota.
– Não quero ser rude, mas essa é uma pergunta idiota, não acha? É claro que eu vou mover as peças do tabuleiro em silêncio e quando a armadilha para capturar o rei estiver pronta, todos estarão comemorando. – me levantei – Tenho outras peças para mover, com licença. – estava me distanciando dele quando apenas disse – Espero que goste da minha armadilha, loirinho. – então saí do local a procura de Lulu.
Não demorou muito para encontrar a outra loirinha, ela estava olhando um espelho.
– Lulu? – chamei ela – Lulu. – chamei novamente – Lulu! – gritei.
– O-O-Oi... – ela respondeu envergonhada se virando para mim – Diga.
– O que está olhando aí? – perguntei.
– Não conhece esse espelho? – ela perguntou e neguei com a cabeça – Quando viramos deuses, nossas memórias são apagadas de todos os conhecidos, então como não podemos mais interferir na vida deles, a não ser por uma missão, temos o direito de saber o que estão fazendo por esse espelho.
– Nossas memórias são apagadas...? – repeti em uma pergunta.
– Sim, não sabia?
– Não... – respondi um pouco decepcionada.
– Você deixou alguém importante para trás? – ela perguntou, mas com uma voz um pouco triste.
– Eu sempre fui uma anti-social, nunca tive amizade com ninguém praticamente... Quem eu poderia ter deixado para trás, sem memórias minhas? – perguntei mais para mim mesma.
– Verdade e mentira também estão em equílibrio, Amu. – ela comentou – Eu sei que está mentindo, alguém importante você deixou para trás, se quiser desabafar com alguém, não me procure, não siro para isso, mas Nadeshiko é a melhor opção. – ela disse e sorri.
– Não é necessário, mas eu queria falar com você sobre outra coisa. – disse.
– Queria? Não quer mais? – olhei para ela com uma cara de “você entendeu” e ela riu – Calma, estava só te enchendo um pouco.
– Enfim, você é o primeiro peão do meu tabuleiro que vou mover. – ela me olhou sem entender.
– Não vou ser nenhuma cobaia, né?
– Não, não vai ser cobaia nenhuma, apenas vou dar um empurrão. – admiti – Irei juntar você e Tadase. – ela me olhou incrédula.
– Como assim?! Você ficou louca?! – ela gritou.
– Isso, continua gritando, acho que ainda não te ouviram na outra galáxia.
– Mas Amu... – ela reclamou.
– Mas o quê? Você não tem direito de reclamar de nada, mulher! Você aliás, vai ajudar, de alguma forma vai ajudar! – sorri e ela ainda me olhava desconfiada, mas logo desistiu.
– Certo... No que preciso te ajudar...? – ela perguntou receosa e sorri vitoriosa novamente.
É provável que esses deem trabalho e eu preciso juntar eles em um ano, caso contrário, o caôs da destruição do mundo começará. O por quê? Porque os deuses entrarão em guerra se eu não ajudá-los durante a relação deles. Se eu encontrar o Deus que começou tudo isso... Ele não sobreveviria ao meu ódio por colocar tudo nas minhas costas!