Ele- Como eu pude fazer essa estupidez sem tamanho? Como eu faço algo sem constatar REALMENTE os fatos?? Agora eu a via ali; indo a caminho da morte sem poder fazer nada. A mulher que fora a minha vida, meu motivo de continuar nessa não-vida, em breve, já não estaria mais nesse mundo...

Ela- Eu já havia me despedido. Ia feliz por saber que ele continuaria a “viver”. Só me doía a simples idéia de deixá-lo sozinho. Na última vez que constatou minha “morte”, tentou a própria. Mas eu fiz meu pedido: “Não faça nada perigoso ou estúpido...”. Usei suas palavras, as mesmas usadas por ele quando me deixou, pois de certa forma, eu também iria deixá-lo. Dei-lhe o último beijo, com todo o meu amor e saí. Fui à caminho da morte...

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Ele- Ela era a minha vida. A única que sobrara depois que eu já não tinha a minha há 90 anos. Agora não a tinha também. Só o que me restava agora era uma não-vida eterna, em eterna solidão.