Pov. Bella.

O tempo passava rápido. Ainda mais quando só trabalha e trabalha e trabalha. E quando eu percebi, quase um ano sem Damon – quase um ano com uma maldita dor no peito, com ansiedade, querendo telefonar para vê-lo – e eu sentia tanta falta, mas tanta falta, mas tanta falta...

E era natal!

Minha casa ganhou um pequeno globo de neve e uma pequena arvore em cima da mesa de jantar na sala. A enorme árvore ficou na casa de Rosálie, que era grande suficiente para o filho que estava na barriga – e ela já planejava mais três após esse filho – e todos comemoraríamos lá.

Eu pretendia viajar. Iria para Europa – Inglaterra, de preferência. – mas Rosálie quis me matar quando soube e então decidi passar essa data comemorativa com eles.

Fomos fazer compras. Para enfeitar a casa, para começar o ano com roupas novas e trazer “Boas vibrações” segundo Alice. - uma desculpa, ela amava fazer compras e por qualquer motivo saia as presas para o shopping. Suas coisas “velhas” iam para a Caridade. Ela era uma boa pessoa – e Elas me fizeram compras roupas lindas e chiques, e o vestido mais extravagante para o natal e um muito lindo para o Ano novo. - Preto para o natal, dourado para o Ano Novo – e as coisas eram organizadas as presas.

Doces, Salgados, tudo na medida perfeita para que pudesse ocorrer “a festa” – mais de trinta pessoas num mesmo ambiente em uma casa grande e confortável...

Peguei folgas até dois dias após o Ano Novo, livre de trabalho e a dispor da família.

O Natal chegou, e Alice pareceu um pouco triste após um telefonema que não quis me dizer, mas comemoramos muito e ganhei um cachorro enorme de Rose. Um São Bernardo, filhote ainda. Ela que cuidaria dele já que eu morava em apartamento.

Troca-troca de presentes aqui e ali, perfeição total. Até que a madrugada chegou e cada um foi para seu canto dormir, eu fui com Rosálie fazer uma pequena viagem de três dias até o Interior de Nova Iorque com umas amigas.

E quando voltamos, preparativos para o Ano Novo, a festa seria, ao mesmo tempo, maior e menor. Menos pessoas, mais “luxuosidade” segundo Alice. Ela dizia que era algo especial, Ano Novo era marcado porque deveríamos começar coisas novas, mudar pensamentos para um ano super agradável.



– E aí, garota da noite. – Rosálie entrou no quarto. Eu fiz uma careta descontente com o vestido. Ele ficou perfeito, soltinho, até o meio das coxas, da cor dourada com uns detalhes pretos e prata, de alça regata, porém grosa e com um colar em formato de coração banhado a ouro. O cabelo meio liso... EU estava linda.

Mas odiava os malditos saltos.

– Não tem algo mais... baixo.

– Não, irá ficar de salto.

– Mas doem o pé e eu amo ser baixinha.

– Bella, te deixa mais bonita. – Ela me abraçou por trás, nos olhando no espelho e beijou minha bochecha.

A loura estava perfeita, usando um vestido branco com detalhes em prata, de saltos pratas bem mais altos que os meus, maquiada, cheirosa...

– Hoje vai ser uma noite incrível para um ano melhor ainda.

Sorri, me apertei nela.

– Já são 19h30, é melhor descermos e aproveitarmos a festa.

Eu assenti, terminei de ajeitar o cabelo e sai do quarto. Ao descer a escada, encontramos Alice subindo.

–-AH. – ela deu um passo para trás, me olhando. Seus olhos castanhos brilhavam de alegria. – Já ia chamá-las, está na hora da alegria.

Rosálie riu. Meu coração saltou – um fiozinho de esperança, a pequena luz se acendeu em mim com o sorriso traiçoeiro e alegre de Alice, como uma criança aprontando em um final de semana com os pais. Rosálie, animada e esperançosa.

– Vamos, vamos, vamos. – A baixinha saiu balançando seu vestido branco, perfeitamente equilibrada em seus saltos dourados, o cabelo na altura dos ombros com bijuterias em dourados brilhavam na luz da casa da Rose.

Fomos até a sala de estar, e no Hall de entrada, estava quem eu, secretamente e desesperadamente, desejava encontrar.

Damon Salvatore estava ali, rindo com Emmett enquanto colocava o papo em dia, até que olhou para mim e sorriu, muito, muito feliz.

Como é que se respira mesmo?