Enquanto Manfield caminhava a procura dos seus inquilinos a sombra continuava a persegui-lo. O velho chegou próximo ao porão onde guardava alguns materiais, ou seja servia de depósito. Viu a porta aberta. Com a bengala ele abre mais um pouco a porta.

Doroteia estranhou a ausência do marido e foi procurá-lo no quarto. Percebeu que os demais também se ausentaram. A janela no fundo do corredor estava fechada. Desceu e foi até a cozinha, saiu um instante para fora, mas o frio não permitiu que ficasse ali por tanto tempo.

– Jones você viu o senhor Barker? - perguntou ao empregado.

– Sim senhora. Ele subiu ao quarto dele, mas depois não o vi mais.

Ela achou muito estranho. As pessoas começavam a perguntar sobre o paradeiro dele, mas a senhora Barker deu uma desculpa dizendo que o marido se sentia cansado.

Uma pessoa vestida de preto seguiu o homem até o depósito. Entrou vagarosamente atrás dele sem que este percebesse. Olhou para o lado e viu um pedaço de arame farpado no chão. O pegou sempre protegido pela luva preta.

– Olá tem alguém aqui? Senhores?

O idoso acendeu algumas velas num candelabro. Agora dava para ver martelos, marretas, serrotes entre outros materiais para carpintaria. Escutou um rangido estranho, foi verificar. A janela velha selada por estacas de madeira rangia no alto do porão por causa da ventania. Manfield suspirou, não havia ninguém lá. Ledo engano.

– Ta na hora de volt...

Antes de concluir a frase o velho é pego de surpresa pelo assassino quando este envolveu o arame farpado no seu pescoço apertando o mais forte possível. O homem se debateu, o arame cortou-lhe o pescoço a ponto de fazê-lo sangrar. Com mais um pouco de esforço o assassino conseguiu estrangular a vítima. Antes de deixar o corpo largado ali ele pega um pedaço de carvão e escreveu algo na parede.

"O ESTRIPADOR DAS MERETRIZES"

"PS: DE VELHOS BABÕES TAMBÉM"