Estrelas de neon

VII. Um colírio para os olhos


Depois de passar um bom tempo esfregando a tinta da pele, Osamu saiu do banheiro vestindo as roupas que Rintaro havia lhe emprestado, tentando secar o cabelo que ainda pingava. O cheiro de comida se espalhava pelo apartamento, fazendo seu estômago roncar e o fazendo ir até a cozinha atrás dela.

— Achei que tivesse derretido debaixo do chuveiro junto com a tinta. — Rintaro o provocou rindo, mas Osamu sequer conseguiu pensar em uma resposta quando o viu. Ele estava sem camisa, o trancelim com o pingente de amizade sendo a única coisa sobre o peito desnudo. Engoliu em seco, desconcertado.