Esquecendo você

Capítulo 10 - Pelas Memórias que Tenho


POR FAVOR LEIAM AS NOTAS INICIAIS, É MUITO IMPORTANTE

Alec’s POV

Já fazia quatro dias.

O Instituto – e na verdade toda a Clave – estava em alvoroço. Eu, Izzy e Jace treinávamos todos os dias sem parar. Vez ou outra minha mãe se juntava a nós, porém acho que era mais fácil pra ela se reunir com a Clave. Simon e Clary treinavam sozinhos, ou ao menos parcialmente. Clary tem a ajuda da mãe (muito a contragosto da mais velha) e o vampiro e Luke ficam treinando sozinhos.

Jace e Izzy pareciam relaxados, ou pelo menos não tão inquietos como deveriam. Em minha cabeça, havia dois motivos para isso. O primeiro é que estávamos sem tempo para nada, muito menos nos preocuparmos com algo.

O segundo é que eu havia parado de falar em Magnus.

Não que eu houvesse parado de pensar nisso. Aquela carta martelava em minha cabeça desde aquele dia e só o que eu podia fazer era esperar e ansiar por amanhã.

– Alec? – Chamou Izzy, entrando no quarto. Ela se sentou ao meu lado.

– Já vamos treinar de novo? – Perguntei, deixando meu corpo cair na cama. Ela riu.

– É só o que podemos fazer até amanhã.

Ficamos em silêncio por um tempo, nossos pensamentos voltados para o que sabíamos que sempre nos lembraríamos quando o assunto fosse Sebastian: Max.

– Temos que lutar – retomou Izzy -. Por ele.

– Eu sei – falei, sem mencionar em voz alta que ela já havia abatido Sebastian uma vez – Vamos.

Me levantei, saindo do quarto, com Izzy em meu encalço. Na sala de armas, Jace já treinava com facas e lanças. Sem falar nada, peguei o arco e me dirigi até o outro lado da sala, vendo Izzy se juntar ao loiro.

Não gostava de lembrar de Max desse jeito. Queria vê-lo como a criança alegre que sempre fora, com seus mangás correndo pelo Instituto, não como o garoto que Sebastian matara.

Vingança não adiantaria jamais, e Izzy sabia disso. Mas aceitar o fato de que Max não voltaria era impossível. Eu sabia que minha irmã não se conformaria e, de certo modo, eu também não.

Vamos mostrar a Sebastian que podemos.

Flashback on

– Alec, Alec! Acorde!

Senti um peso em meu corpo e, ao abrir os olhos, encontrei Jace, Izzy e Max em minhas costas.

– Ah, bom dia pra vocês também.

Izzy riu animada, abraçando meu pescoço.

– Vamos brincar lá fora? Está nevando! – Falou ela, animada. Dei risada e me virei, derrubando a garota da cama.

– Está cedo – falei, e ela me mostrou a língua. Nisso, Max riu e puxou meu cabelo – AI! Isso é golpe sujo – reclamei, e Jace riu.

– Vamos Alec! Por favor! – pediu o loiro, juntando as mãos. Não consegui negar o pedido.

– Tudo bem, eu me rendo. Agora saiam do meu quarto.

Izzy e Jace bateram as mãos e riram, saindo correndo do quarto. Max me olhou pidão.

– Cavalinho? – Perguntou. Dei risada.

– Vou me arrumar primeiro.

Coloquei uma roupa aquecida e coloquei Max em minhas costas. Sai correndo pelo Instituto, fazendo o mais novo rir. Encontramos Jace e Izzy e fomos brincar.

– Hey Alec!

Chamou o loiro, quando eu estava conversando com minha irmã. No momento em que me virei para atendê-lo, uma bola de neve me acertou em cheio.

– Droga Jace – reclamei, ouvindo-o rir. Os outros dois, incentivados pelo mais velho, também me acertaram pelas costas. Em um movimento rápido revidei a bola acertada por Jace e Izzy, mas Max desviou e saiu correndo.

Entrando na brincadeira, fui atrás dele, chegando cada vez mais perto. Quando estava perto de alcançá-lo, o mais novo bateu em um homem à sua frente. O homem o olhou de cima, irritado.

– Olhe por onde anda.

Falou frio. Izzy e Jace se aproximaram. Indignado, ajudei Max a se levantar e olhei para o homem.

– Seja mais educado, pelo menos com uma criança!

O homem me olhou de cima para baixo, virou o rosto e saiu andando, sem se importar. Me agachei até Max, que tinha uma cara de choro. Izzy, ao chegar perto, abraçou o mais novo.

– Não ligue para pessoas assim, Mx.

– Vamos cuidar de você – falei, pegando-o no colo. Izzy segurou sua mão e Jace se aproximou.

– Sempre – falou a garota.

Flashback off

Eu sabia que Izzy se lembrava dessa promessa. E sabia que justamente por isso sua indignação era tanta.

– Vamos honrar nossa promessa – murmurei baixo, acertando uma flecha no alvo -. Ou, pelo menos, nos redimir por não cumpri-la.