Esmeraldas

A Maluca do Estacionamento


Seu coração começou a palpitar mais do que antes. Ela ofegava e seus olhos pareciam que iriam sair das orbitas a qualquer momento. O que foi que eu disse?Começou a andar pelo estacionamento feito uma maluca. Com certeza ela ficou louca!

- Precisamos fazer alguma coisa - disse. - Temos de avi­sar o padre Dominic... E também o Bryce. Meu Deus, temos de avisar ao Bryce que não venha ao colégio amanhã. Ela vai matá-lo. Vai matá-lo no exato momento em que ele puser o pé no campus...

La vai ela falar do garoto idiota, o garoto que ela parece estar ‘ gostando’...
- Suzannah – Eu disse.
- Acho que podemos telefonar para ele. É uma hora da manhã, mas podemos telefonar e dizer a ele... Nem sei o que a gente pode dizer para ele. Talvez possamos dizer que houve uma ameaça de morte contra ele, ou alguma coisa assim. Talvez funcione. Ou então podemos mandar uma ameaça de morte. Isso mesmo! É isso aí! Posso telefonar para a casa dele, aí eu disfarço a minha voz e digo algo do tipo \"Não venha ao colégio amanhã ou poderá morrer\". Talvez ele entenda. Talvez ele...

- Suzannah – Disse novamente
- Ou então o padre Dom se encarrega! A gente faz o padre Dom telefonar para o Bryce e dizer para ele não vir ao colégio, que houve algum acidente ou coisa assim...

- Suzannah – Disse novamente e parei em frente a ela antes que desse mais uma volta em seu percurso maluco...

Agarrei seus braços só para ter certeza que ela não daria a volta por mim e começasse aquele discurso novamente.

- Suzannah – Disse mais uma vez – Tudo bem. Não é sua culpa. Você não podia fazer nada.
Seu rosto relaxou um pouco e ela voltou a falar:
- Eu não podia fazer nada? Você está brincando? Eu de­via ter dado um pontapé naquela garota para ela ir parar de volta no seu túmulo!

- Não! – Sacudi a cabeça tentando mostrar minha frustração – Ela teria a matado.