Escola De Vampiros

Capítulo 36 - Terceiro dia de acampamento (quinta)


Acordei. Primeiro que o Alex, novamente. Ela vai dormir tarde e depois, eu fico com dó de acordar esse anjo dormindo.

Suspire, peguei algumas peças de roupa e fui me trocar lá fora. Hoje está mais quente que ontem!

Meu look: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=69982352&.locale=pt-br

Voltei na barraca, guardei meu pijama e peguei uma barrinha de cereal. Estão vendo né? Até agora, mesma rotina...

Sentei na grama e fiquei esperando o Alex acordar. Fiquei esperando, esperando... Olhei no meu relógio: 10:00hrs.

— Que sol... - disse Alex saindo da barraca com o cabelo todo bagunçado.

Ri da aparência dele.

— O que? - disse ele rindo.

— Nada... - disse sorrindo - Até quem enfim bela adormecida!

Ele riu.

— Vai se trocar, que hoje eu não quero ficar sentada não... - disse sorrindo.

— Sim senhora - disse ele voltando para a barraca.

Esperei por alguns minutos, e logo ele estava pronto.

São 10:20hrs. Quer comer primeiro? - perguntei me levantando.

— Pode ser - disse ele sorrindo.

— Quer comer o que?

— Não sei... Acho que não vou caçar agora, podemos caçar de noite, algo que nunca fizemos, e agora, nós comemos uma fruta, um salgadinho, não sei - disse ele me encarando.

— Pode ser - disse sorrindo.

— Vamos andar e no caminho, nós comemos alguma fruta - disse saindo na frente.

— Espera! - disse ele se aproximando.

— Lerdo... - disse rindo.

Ele fez cara feia e depois riu.

Caminhamos por uns 10 minutos e logo avistamos o mesmo pé de goiaba.

— Goiaba? - perguntou ele sorrindo.

— Sim - disse pegando uma para mim.

Dei a primeira mordia. Ela estava boa.

— Não vai pegar não? - disse rindo.

— Ah, é - disse ele sorrido.

Ele pegou uma goiaba e continuamos nossa caminhada.

— Tava longe hein?! - disse sorrindo.

Ele riu.

— Pensado em que? - perguntei mordendo minha goiaba.

— Não sei... Acho que na vida mesmo - disse ele rindo.

— Hum... - disse fitando o chão.

— E você? - perguntou ele me encarando.

— Bem - disse suspirando - Nem eu sei. São vários pensamentos, uma hora penso em minha família, outra hora na Mel e na Katy, outra hora em...

Ele me encarou.

— Em...? - disse ele me olhando.

Você. Não, eu não ia falar isso. Iria ficar mais vermelha que pimenta.

— Ah não sei... - menti desviando de seu olhar.

— Hum... - respondeu ele rindo.

Ficamos em silêncio por um bom tempo. Não era um silêncio constrangedor, mas sim um silêncio agradável.

Hoje é quinta. Os dias passaram voando! Amanhã teremos que voltar. Não que eu não queira, mas... Aqui é tão agradável. Não sei direito... É, diferente. Eu e o Alex, sozinhos, sem ninguém, sem nada para nos preocupar, sem a Cahchorra para nos atrapalhar... É perfeito! Mas tem o lado ruim, claro. Não podemos tomar banho, não nos alimentamos direito, eu sei que nós não precisamos nos alimentar mas... Um arroz e feijão faz falta né? Hehe.

Fiquei pensando nessas coisas por um bom tempo. Quando me dei conta, já eram: 13:00hr!

— Vamos sentar um pouco? - perguntou o Alex suando.

— Vamos - disse sorrindo.

Nos sentamos de baixo de uma árvore. O vento estava formidável.

— Quer fazer o que agora de tarde? - perguntou ele tranquilamente.

— Não sei, não temos o que fazer - disse sorrindo.

— Vamos continuar andando então - disse ele rindo.

— Melhor que nada - disse rindo.

Ele riu levemente.

Nos levantamos e continuamos andando. Andar... Só isso que temos para fazer aqui! É bom para perder alguns quilinhos... Haha.

— Amanhã nós voltamos... - disse naturalmente.

— Verdade - disse o Alex fitando o chão.

— Que horas nós vamos voltar? Ou melhor, se conseguirmos, porque, eu não decorei o caminho... - disse rindo.

Ele riu levemente.

— Voltamos de tarde. E, se conseguirmos porque, eu também não decorei o caminho... - disse ele rindo.

Ri de leve. É incrível como não encontramos ninguém até agora! Achei que fossemos encontrar alguma alma por aqui... Mas não encontramos!

Olhei no meu relógio: 14:00hrs. O tempo não passa! Estamos no maior tédio aqui, andando sem rumo por aí.

— Quer voltar? - perguntou ele percebendo minha cara de decepção.

— Não... - disse fitando meus pés.

— Tá... Então, o que você quer fazer? - perguntou ele me encarando.

— Ah, vamos ficar andando e fazendo perguntas um para o outro - disse sorrindo.

— Beleza - disse ele sorrindo.

— Então... - comecei - O que você acha da escola?

Que pergunta mais idiota! Mas não tem nem o que perguntar!

— Diferente, estranha, sem noção e "divertida" - disse ele sorrindo.

— Tá, vamos fazer assim, temos que dar adjetivos à algo ou alguém que a pessoa escolher - disse sorrindo.

— Sua vida - disse ele.

— Bem... Tranquila, agitada, irritante, adorável - disse rindo.

Que adjetivos foram esses? Tranquila e agitada??? As vezas tranquila, as vezes agitada... É isso.

— As pessoas que você ama - disse sorrindo.

— São: Tranquilas, agitadas, irritantes, chatas, amáveis, educadas, idiotas, lerdas, fofas, crianças, eufóricas.

Deu um leve riso.

— A Mel - disse ele rindo.

Ri também.

— Educada, simpática, meiga, alegre, chata, nervosa, doce, romântica, minha amiga.

— A sua Irmã - disse sorrindo.

— Meiga, fofa, criança, inocente, linda, agitada, risonha.

Dei um leve riso.

— À mim - disse ele rindo.

— À você? - perguntei rindo.

— Sim... - disse ele sorrindo.

— Tonto, idiota, amigável, companheiro, fofo, esperto, lindo, carinhoso, meu amigo.

Ele me olhou.

— Sei que sou lindo - disse ele se gabando.

Comecei a rir.

— Ah, e convencido também - disse sorrindo.

Ele riu.

— À mim - disse sorrindo.

— Esperta, delicada, brava, carinhosa, doce, linda, princesa, vampira, minha amiga.

Fiquei meio sem graça. Mas é a vida!

Ele sorriu.

Olhei no meu relógio: 15:10hrs. É, o tempo passa... Continuamos andando em silêncio. Olho para frente e vejo algo mais distante brilhando.

— O que é aquilo? - perguntei encarando o "brilho".

— Vamos ver - disse ele indo na direção do negócio.

Chegamos lá e encontramos um lago. É, um lago. O brilho era o simples fato do sol ao encontro da água. Já viram isso né? Hehe. Dói os olhos...

Era um lago grande, e "limpo". Tranquilo, não parecia ter peixes. Por incrível que pareça, não tem sinal de vida dentro dele.

Sem tirar os olhos dele, sentei na beirada.

— Vamos entrar? - perguntou o Alex sorrindo.

— O que? - disse assustada.

— O que que tem? - disse ele rindo da minha cara.

— Eu não vou entrar! - disse fazendo uma careta - Primeiro, que a água deve estar fria, e segundo, eu não estou com biquíni nem trouxe um.

Ele começou a rir.

— O que? - disse brava.

— Para de frescura vai! - disse ele me encarando.

— Não é frescura... - disse o olhando.

— Eu vou entrar e você também vai... - disse ele sorrindo - E nós precisamos "molhar" o corpo pelo menos por 1 dia.

Isso é verdade. Preciso de um "banho". Ele fez minha cabeça.

— Tá bom! - disse rindo - Eu entro.

— Sabe nadar? - perguntou ele tirando sua blusa.

— Sei! - disse rindo.

Meu Deus. Que vista era aquela! Agora eu pude ver certinho a paisagem que ele esconde debaixo da blusa... Eu acho que fiquei encarando seu corpo definido por alguns segundos e depois, voltei meu olhar para o lago rapidamente.

Fiquei fitando o lago, com vergonha de olhar para ele. Não tenho coragem!

Quando de repente, sinto respingos de água em mim. É, ele pulou.

Fiz uma careta e ele começou a rir. Seu cabelo seu rosto estavam molhados. Parecia um anjo, dormindo, andando, nadando... Meu anjo, mas ele ainda não sabe!

Quando olho pro lado, vejo sua blusa e sua bermuda jogadas no canto. O.M.G, ele tirou a bermuda! Eu achei que pelo menos de bermuda ele ia nadar... Acho que fiquei vermelha, as logo tirei meu olhar das peças de roupa.

— Vai entrar ou eu vou ter que te buscar? - perguntou ele sorrindo.

Fiz uma careta.

— Eu vou entrar - disse revirando os olhos.

Mas... Não vou entrar de roupa né? Não quero voltar molhada. Senti meu rosto esquentar.

— Vira - disse apontando o dedo pra ele.

Ele sorriu e ficou parado.

— Vira! - disse brava.

Ele riu e se virou. E que riso!

Não confiando no garoto, tirei minhas peças de roupa sem descolar os olhos dele.

Pois é gente... Eu estou só de roupas íntimas. Vergonha! Estou vermelha. Pelo menos, minha lingerie é preta. Menos mal.

— Pode virar? - perguntou ele.

— Não! - disse seriamente.

Ele provavelmente estava sorrindo.

Fui caminhando até a beira do lago, tomei coragem e pulei. A água não estava fria. Estava refrescante.
Subi à superfície e o encarei. Ele estava sorrindo! Que lindo!

— Está fria? - perguntou ele.

— Não - disse rindo.

— Que bom então... - disse ele sorrindo.

Quando ia falar algo que nem eu sei o que direito, ele começa a jogar água em mim! Eu simplesmente odeio isso! Odeio!

— Para com isso! - tentei falar.

Ele só ria. Devo admitir, eu deixei só por causa da felicidade dele. Comecei a jogar água nele também. E assim foi... Duas crianças jogando água uma na outra...

Virei de costas para evitar que a água fosse na minha cara. Do nada ele parou. Parou mesmo. Quando ia me virar, ele me agarra pela cintura e me puxa pra debaixo d'água.

Comecei a tentar sair de seus braços. Mas adivinhem! Eu não consegui! Ele é mais forte que eu.

Voltamos à superfície e ele começou a rir. Ele se diverte com o meu desespero. Ainda estava nos seus braços de costas para ele. Virei de frente para ele, e fiz cara de brava. Ele parou de rir e me encarou.

— Você é louco? - disse seriamente.

— Não... Talvez... Só um pouquinho - disse ele sorrindo.

Minha cara de brava logo se desfez. Não ia consegui ficar brava com ele por muito tempo. Dei um leve riso e olhei para o lado. Aí eu percebi que ele ainda segurava minha cintura...

Nossos olhares se cruzaram. Seus olhos pareciam engolir os meus, e seu rosto, estava perfeito. Seus lábios rosados e delicados. Ele me olhava de uma forma diferente, de uma forma protetora. Quando me dei conta, nossos rostos começaram a se aproximar, e seus olhos não paravam de me encarar. Seu nariz encontrou o meu, e logo seus lábios também.

Meu coração ficou à mil, pude sentir borboletas no meu estômago. Seus lábios eram leves e delicados. Nós nos beijávamos sem pressa, vagarosamente, como se estivéssemos aproveitando o nosso último momento de vida.

Era um beijo apaixonado, doce. Suas mãos me puxaram mais para perto e nossos corpos ficaram colados. Logo, coloquei meus braços em volta de seu pescoço e comecei a passar a mão em seus cabelos.

O beijo foi ficando mais intenso. Vamos dizer, até desesperado. Era como se nós dependíamos disso e aquela "dose" não fazia efeito. Seus lábios deixaram os meus. Estávamos ofegantes.

Ele me encarou e logo começou a rir. Mas, rir de felicidade. Comecei a rir também e colei nossas testas. Ele era perfeito, um anjo. Meu anjo, e... Ela já sabia disso!

— Eu te amo - ele disse sorrindo.

Meu coração parou agora.

— Eu também te amo - disse rindo.

E nos beijamos novamente.

Ficamos rindo e brincando um com o outro e logo saímos do lago. Não tive vergonha de sair agora, na frente dele só de lingerie. Não tem o porque ter vergonha dele. Me vesti rapidamente assim como ele.

Olhei no meu relógio: 17:10hrs. Saímos andando, e logo avistamos a barraca.

— Vamos caçar? - perguntou ele colocando as mãos na minha cintura e me puxando para ele.

— Não - disse rindo - Estou cansada...

Ele riu.

— Minha preguiçosa - disse ele sorrindo.

— Meu convencido - disse rindo.

Pegamos um pacote de salgadinho, nos sentamos e ficamos observando as estrelas. Eram realmente lindas! Eu finalmente consegui o que tanto desejei. Ele é meu! Só meu...

Logo em seguida, ele me puxa para o seu colo, e eu encosto minha cabeça em seu peito. Ficamos um tempo assim e logo decidimos deitar. Vesti meu pijama.

Meu pijama: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=69989935&.locale=pt-br

Peguei minha almofada, meu lençol e me deitei. O Alex se deitou comigo. Ele começou a brincar com uma mecha do meu cabelo.

— Eu sempre gostei de você, desde o primeiro dia que te vi - disse ele sorrindo.

Sorri também.

— Eu também - disse sorrindo.

— Te amo - sussurrou ele no meu ouvido.

— Também te amo - disse rindo.

Ele se aconchegou e me abraçou.

Era tudo o que eu queria, e quero. Eu e ele, juntos.

Meu anjo.