Parte 6

O grito da alma para o coração

Reaja e viva .

Tira esse luto.

Reaja e viva.

Seja forte.

Cuide de sua

saúde mental.

E fique de pé.

Sobreviva.

Se você morrer,

é isso que os

fascistas querem.

Então , cuide-se.

Reaja e viva.

Seja feliz !

A velhice dos meus sonhos

Quando eu tiver 70 anos ...

... não quero ser aquelas

idosas doentes e tristes

e conservadoras.

Quero usar biquíni

na praia.

Quero que meu corpo

seja forte para dançar.

Dançar o pole dance.

E poder dançar muito,

mas muito zouk.

E tudo mais.

Quero que meu

cabelo tenha a

cor e tamanho

que eu quiser.

Mesmo que eu

ganhe olhares

censuradores

na multidão.

Eu quero fazer o

cosplay que eu

quiser mesmo

que seja censurada.

Quero usar as roupas

no comprimento que

eu assim desejar.

Sem medo .

Se eu quiser fazer

amor , farei com quem

eu achar digno .

Sim, sim , sim .

Seja jovem, meia idade

ou da minha idade.

Não me importo com

os julgamentos.

Não me importo que

seja chamada de

a velha louca e

sem vergonha .

Se já sou atrevida

na juventude...

...por que tenho

que parar ?

Só porque os fios

brancos e as rugas

já chegaram no

meu corpinho .

Espero poder

escrever e

desenhar .

Na velhice.

E perverter

muitos

fandoms .

Ah, como quero!

Pervertida na juventude.

Pervertida na meia idade.

E continuarei pervertida

na terceira idade.

Mas, para isso , eu preciso

me cuidar , sabe.

Me cuidar para ser uma

velha ativa e alegre.

Mandar os ageístas

para aquele lugar.

E ser muito mas

muito feliz !

Meu coração de cabaré

O cabaré que habita em

mim saúda o cabaré

que habita em você,

querido leitor.

Meu cabaré é composto

de muitas coisas .

Artes , fanfics e

poesias adultas.

Vídeos da minha nada

mole jornada na

bela arte do

pole dance.

E é claro , meus

pensamentos

nada puros

do meu cérebro.

Imaginar que sou uma

linda dominatrix toda

coberta de roupas pretas

e com um chicote.

Montada no salto quinze,

luvas e máscara de renda.

A punir homens infames

que me pagam tributos .

Mas, somente sou uma

dominatrix em meus

pensamentos impuros

e muito sujos .

Quando ninguém olhar,

rebolar para o espelho.

O espelho testemunha

meu corpo dançando .

Como se eu realmente

fosse uma dançarina

de cabaré , sabe.

A dançarina obscura.

Alguns dizem que meu

corpo é feio e outros

dizem que é bonito.

Não me importo mais.

O que importa é que

eu me sinta muito

bem comigo mesmo.

Como uma gostosa.

Uma gostosa solitária.

Com um cabaré no

coração e nas artes .

É isso que sou .

O cabaré que habita

em mim saúda o

cabaré que habita

em você, leitor.

Viva a arte erótica !

Viva o prazer !

Viva a liberdade !

Viva a felicidade !

O ágape e o eros de um poeta

Os Deuses me deram olhos

para ver e observar ;

Mãos para escrever ;

Coração para sentir .

Então, eu irei cantar

sobre o ágape e o

eros de um poeta .

Nesse dia do poeta.

O ágape de uma poeta

é quando essa pessoa

usa de toda sua afeição

na poesia .

Como se a poesia

fosse uma linda

e pequena criança.

Que precisa de amor.

Já o eros de um poeta

é quando essa pessoa

usa de toda sua paixão

para poetizar .

Fazendo com que o poema

seja sua grande paixão .

Tal qual uma musa

inspiradora e apaixonante.

Ágape e eros não são inimigos.

Podem ser opostos , sim.

Mas, eles são complementares.

Como sol e lua .

Com seu ágape e eros ,

poeta vai liberando

suas palavras pouco

a pouco , como gotas.

Mas, também pode

liberar suas palavras

como uma verdadeira

tempestade torrencial.

Liberai vossas palavras,

poetas e poetisas.

Pois a arte salva.

E como salva.

Que vossa arte guie

a humanidade na

escuridão que ainda

se abate sobre nós .

A poetisa que habita

em mim saúda os poetas

que habitam em vós .

Feliz dia do poeta !