Entre gloxínias e amores-perfeitos
Um café, talvez um sorvete
No dia seguinte, inesperadamente, Júlia apareceu.
Prímula terminava de vender dois cactos a uma garotinha quando olhou para a porta e a viu, com seu cabelo roxo tão característico.
Não era meio de mês, nem próximo disso, e Prímula sentiu-se um tanto atarantada. Ela pensara bastante e planejava chamá-la para um café, talvez um sorvete, quando — se — ela surgisse para comprar outro buquê de girassóis, mas, até então, ela não havia reunido toda a coragem necessária ou escolhido as palavras. E temia que, sem preparação, acabasse cheia de sensaborias e de silêncios desconfortáveis.
Júlia, por sua vez, aproximou-se, parecendo despreocupada.
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