Júlia sorriu ao receber a pequena margarida e colocou-a atrás da orelha direita. Depois, elas começaram a caminhar à beira da lagoa, conversando trivialidades.

Júlia falou sobre os trabalhos da faculdade e Prímula sobre os pedidos esquisitos da floricultura. Enquanto andavam, as mãos roçavam-se suavemente, mas não chegavam a se entrelaçar. Silêncios confortáveis estendiam-se e eram quebrados:

— Minha mãe é uma confeiteira tarimbada, sabia?

— O que é tarimbada? — ria Júlia, olhando para Prímula.

— Mão-cheia.

— Floristas... Confeiteiras... Sua família parece ser incrível. — E então era a vez de Júlia romper o silêncio: — Ei, você nunca ficou curiosa sobre os girassóis que eu comprei?