Júlia viu margaridas, violetas e toda sorte de flor envasada. Ao fim, decidiu levar flores-da-fortuna e as gloxínias que haviam chamado sua atenção.

Prímula embalou os dois vasinhos enquanto Júlia pagava, e ao receber a sacola, ela sorriu, um sorriso bonito que nimbava seu rosto, iluminava-o. Ela era tão educada e sorridente, talvez Prímula estivesse misturando as coisas. Ela não queria acabar sendo inconveniente, então hesitou em falar qualquer outra coisa.

Júlia, porém, percebeu sua inquietação e esperou, interessada. Prendendo a respiração por um segundo, Prímula perguntou antes que perdesse a coragem:

— Você aceitaria tomar um café comigo qualquer dia desses?