Entre beijos e paixões

O Pedido... Conversas esclarecedoras?


Depois do estranho sonho "revelador" Mosca decidiu descer até a sala.
Na sala estavam apenas Ana e as outras garotas menores conversando, todas já haviam feito as pazes, e já eram amigas novamente. Ao ver Mosca descendo às escadas, Ana o encarou por alguns segundos, Mosca percebeu, então falou com a garota.

– Oi Ana. – Disse Mosca.

– Oi... – Respondeu Ana.

– Como é que tá? – Perguntou o garoto.

– Bem melhor, obrigada... – Respondeu Ana, entre meio sorriso. Mosca notou que a garota continuava estranha em relação à ele, porém nada disse, então foi à cozinha comer algo.

Na cozinha...

Pata, Duda, Mili e Cris conversavam.

– Aí o professor disse que os testes vão ser realizados amanhã. – Cris explicava sobre a peça de teatro.

– Putz, quer dizer que as inscrições eram só hoje? – Perguntou Duda.

– Sim, mas não se preocupem eu anotei o nome de todos vocês! – Afirmou Cris.

– Quê?! Até o meu? – Perguntou Pata.

– Óbvio! – Disse Cris.

– Aff eu nem queria fazer teste pra peça... – Disse Pata.

– Porque não amor? – Perguntou Duda. – Todo mundo sabe que você é uma das melhores alunas de teatro. – Afirmou, beijando o rosto da garota.

– Você só fala isso porque sou sua namorada! – Afirmou Pata sem jeito.

– Awn!!! – Exclamaram Cris e Mili. De repente Mosca entrou na cozinha.

– Mosca! – Exclamou Mili levantando-se ao ve-lo.

– Oi Milizona... – Disse Mosca dando uma piscadela em direção à Mili.

– Você tava dormindo até agora? – Perguntou Pata.

– Tava. – Respondeu Mosca, que ainda estava com cara de sono. Logo este pegou uma fruta e sentou-se à mesa, ao lado de Mili.

– Então, é verdade que vocês voltaram? – Perguntou Duda deixando Mili e Mosca constrangidos.

– O quê?! Vocês voltaram? – Perguntou Cris aos berros, chocada. Nessa hora Mosca se engasgou com a fruta, então Mili deu um tapão nas costas do garoto.

– Ai Mili! Doeu! – Exclamou Mosca desengasgando.

– Foi mal... – Respondeu Mili rindo.

– Duda!!! – Exclamou Pata. – Eu disse que era segredo amor... – Sussurrou Pata.

– Desculpa, eu esqueci... – Sussurrou Duda.

– Gente pelo amor de Deus respondam logo! – Pediu Cris.

– Não! – Disse Mili.

– Sim! – Disse Mosca ao mesmo tempo.

– Sim! – Corrigiu Mili.

– Não! – Corrigiu Mosca ao mesmo tempo.

– Sim ou não?! – Perguntaram todos.

– Como você soube Duda? – Perguntou Mili.

– A Pata... – Pata deu um tapa na cabeça de Duda. – Ai! A Pata não me contou! Ela não viu vocês se beijando no hospital... – Disse Duda rindo. Pata ficou com cara de tacho.

– Caracas!!! – Exclamou Cris arregalando os olhos.

– Tá é verdade, a gente voltou a ficar sim... – Disse Mili, encarando Mosca, logo este segurou sua mão e sorriu.

– Ai que meigo, parabéns gente!!! – Exclamou Cris. – Mas espera! E o Juca?! – Perguntou lembrando que antes Mili estava com Juca.

– É... A gente não tá mais junto. – Falou Mili constrangida.

– Nossa Mili, não deixou nem o término esfriar... – Reparou Cris.

– Você não é ninguém pra falar Cris, porque ficou com o Thiago assim que terminou com o André. – Disse Pata.

– Hadouken! – Exclamou Duda.

– Você ficou com o Thiago? – Perguntaram Mili e Mosca juntos, em seguida começaram a gargalhar.

– Qual é gente, parem de rir! – Exclamou Cris com cara de tacho.

– Tá Cris, mas o lance é que o Juca percebeu que tava so atrapalhando e resolveu deixar o caminho livre. – Explicou Mosca.

– Ai credo Mosca, fala assim não... – Pediu Mili rindo.

– Quer dizer que o Juca deixou caminho livre pras Moscas? – Perguntou Duda tendo um ataque de risos. Todos o encararam sérios. – Foi mau gente, acho que ainda tô meio grogue, por causa dos remédios. – Afirmou.

– A Pata te contou que você queria beijar o Rafa? – Perguntou Mosca rindo.

– É ela contou... Contou tudo que eu fiz quando tava chapado... – Disse Duda com cara de desgosto.

– É, mas não mudem de assunto! – Disse Cris se voltando para Mili e Mosca. – Porque você não contou hein Mili? – Perguntou Cris.

– Virou obrigação contar a nossa vida agora? – Perguntou Mosca.

– Aff... Tá todo mundo com o mau humor da Bia... – Reclamou Cris saindo.

– Eu hein... – Disseram todos. Nessa hora Carol entrou na cozinha.

– Gente por que a Cris saiu daquele jeito? – Perguntou Carol olhando para trás.

– Ela tá de mau humor... – Afirmou Pata.

– Ah. – Concluiu Carol. – Mas enfim... Pata e Mosca, eu preciso conversar com vocês. – Avisou Carol. – Podem vir até a minha sala? – Perguntou.

– Claro. – Respondeu Mosca, e Pata assentiu.

– E eu já vou indo embora! – Disse Duda se levantando.

– Tchau amor. – Disse Pata despedindo-se de Duda com um selinho. Logo a mesma junto de Mosca, acompanhou Carol até a sala da diretoria

Enquanto isso nos corredores...

Cris andava rapidamente quando esbarrou em alguém.

– Ai! Olha por onde... – Cris olhou em frente e viu que era Samuca. – Ah, é você... – Falou revirando os olhos.

– Como assim "Ah, é você?" ? – Perguntou Samuca, imitando a garota.

– Nada. – Disse Cris.

– Hum, é bom mesmo. – Disse Samuca, indo em direção ao laboratório.

– Nossa, é impressão minha ou ele não foi rude comigo dessa vez? – Perguntou Cris a si mesma, estranhando a situação.

Na sala...

Ana continuava conversando com as outras garotas, quando Bia foi descendo às escadas, porem esta parou no meio do caminho e ficou observando Ana, que sorria e conversava com as outras garotas.

"Ai meu Deus, eu espero que dê tudo certo no sábado. Eu morro se acontecer algo de ruim à Ana. Agora eu tenho que contar pra ela, mas como eu vou fazer isso?", pensava.

– Bia! – Exclamou Ana tirando Bia de sua reflexão momentânea. – O que você tá fazendo aí parada na escada? – Perguntou rindo.

– Vai ver ela esquece como se desce. – Debochou Dani.

– Vai à merda Dani! – Exclamou Bia. – Ana quero falar com você. – Completou direcionando-se à Ana.

– Tá bom! – Concordou Ana, porém continuou sentada ao sofá.

– A sós idiota! – Exclamou Bia. – Anda vem vamo conversar lá no pátio. – Chamou. Logo Ana a acompanhou até o pátio.

– Aff a Bia não para de ser grossa, não sei como a Ana aguenta ser amiga dela. – Disse Dani.

– É o jeito dela, todo mundo já se acostumou. – Disse Maria.

Depois...

No pátio...

– Ana, eu te chamei porque a gente ainda tem aquela conversa pendente... – Disse Bia.

– Você vai me contar sobre a minha mãe?! – Perguntou Ana curiosa.

– Antes de eu te contar qualquer coisa, quero que você me esclareça aquele outro assunto, relacionado ao Mosca... – Pediu Bia. – O que o espirito te contou Ana? – Perguntou.

– Tudo bem, eu vou falar... – Ana passou a contar a versão que o Brian tinha lhe dito, do ocorrido no dia de sua morte. – Foi isso que ele me disse. – Finalizou.

– Quer dizer então que segundo o Brian, o Mosca matou ele por livre e espontânea vontade, enquanto ele servia uma chá para a Pata, e em seguida roubou todos os seus pertences? – Perguntou Bia.

– É... – Disse Ana.

– E você acreditou? – Perguntou Bia.

– Se ele tivesse só contado eu ão tinha acreditado, mas ele me mostrou... – Disse Ana.

– Tá mas, quem garante que ele não mostrou só o que queria que você visse? – Perguntou Bia.

– Como assim? – perguntou Ana.

– Ele é um espírito maligno Ana, ele pode inventar qualquer coisa pra conseguir o que quer! – Afirmou Bia.

– Como você sabe? – Perguntou Ana.

– Você tá falando com uma especialista em filmes de terror esqueceu? – Perguntou Bia. – Mas isso não vem ao caso. – Completou. – Agora me diz, foi assim que te convenceu a ajudar ele contra o Mosca?

– Como você sabe disso? – Perguntou Ana.

– Só responde. – Pediu Bia.

– Não... – Respondeu Ana. – Ele disse que se eu ajudasse, ele ia me levar até minha mãe... – Contou, deixando Bia surpresa.

– Ah... – Isso fez com que Bia entendesse o porque de Ana ter topado.

– Mas o que eu não entendo, é que depois disso eu não me lembro mais de nada, só me lembro de ter acordado num quarto, e tinha uma mulher ruiva. E depois eu ouvi você dizendo que ela era minha mãe... – Afirmou Ana.

– Bom Ana, eu nem sei por onde começar... – Disse Bia respirando fundo.

– É tão grave assim? – Perguntou Ana.

– Não é que seja grave, mas é muito complicado, não sei se você vai entender. – Disse Bia.

– Tem haver com eu poder ver o espirito, não tem? – Perguntou Ana

– Sim, tem... – Respondeu Bia. – Mas vai muito mais além disso. – Completou.

– Pois me conta tudo por favor, eu preciso saber porque tá acontecendo isso comigo, e eu preciso saber da minha mãe... – Implorou Ana.

– Ok... – Concordou Bia, logo a mesma passou a contar desde o início. – Eu conheci a sua mãe por acaso na rua, ela fez uma adivinhação sobre um sonho que eu tive.

– Adivinhação? – Perguntou Ana.

– Ela é uma vidente, de uma família de ciganas. – Afirmou Bia.

– Sério?! – Exclamou Ana admirada. – E o que ela adivinhou? – Perguntou.

– Isso não vem ao caso. – Disse Bia curta e grossa. – Depois disso eu fiquei curiosa e fui atras dela, você sabe que eu não era muito de acreditar nessas coisas, mas depois eu vi que ela realmente era clarividente. – Completou. – Eu ainda não tinha descoberto nada sobre ela ser sua mãe, mas, um dia o Mosca veio me perguntar quem era ela, por ter feito uma adivinhação na rua pra ele também, e eu decidi levar ele lá, e enquanto ele tava na consulta, eu fiquei esperando, foi quado achei uma foto de uma garota idêntica à você.

– E era eu? – Perguntou Ana, curiosa.

– A princípio eu também achei, tanto que fui perguntar à madame Esmeralda, mas aí ela me explicou que aquela era a filha dela, Safira, que...

– Eu tenho uma irmã?! – Perguntou Ana sorridente. Bia ficou mau em ter que estragar a alegria da garota, mas precisava contar.

– Ana... Você tinha uma irmã, mas ela faleceu quando tinha 6 anos. – Explicou Bia. Logo Ana desfez o sorriso e ficou com uma expressão triste no rosto. Ao ver a garota assim Bia teve dúvidas se devia ou não contar o resto da história à garota, pois seria um back emocional grande.

– Pode continuar a contar... – Disse Ana, com lágrimas nos olhos.

– Não sei se devo... – Disse Bia, preocupada.

– Eu quero saber de tudo Bia, não importa o que seja, eu preciso saber. – Afirmou a garota enxugando as lágrimas. – De que a minha irmã morreu?

– De câncer, ela era sua irmã gêmea. – Disse Bia.

– Por isso ela me chamou de Safira naquele dia no shopping... – Lembrou Ana.

– É, foi por isso. – Confirmou Bia. – Depois disso ela não me explicou mais nada, e eu passei dias quebrando a cabeça pra entender, mas eu tinha quase certeza que você era filha dela. E só fui confirmar isso ontem, depois que o Brian encorporou em você e tentou matar o Mosca.

– Ele o quê?! – Perguntou Ana assustada.

– Por isso a gente teve que te levar lá, porque quando você concordou em ajudar o Brian, você permitiu que ele te controlasse. E ele só fez isso pra poder matar o Mosca.

– Eu não sabia... – Disse Ana horrorizada.

– Pois é, não se deve confiar em espíritos vingativos. – Disse Bia. – Quando a gente chegou na sua mãe, ela expulsou o Brian de você e fez umas coisas pra impedir que ele te possuísse de novo. – Continuou contando.

– Ainda bem! – Exclamou Ana.

– Por acaso você tem visto ele ainda? – Perguntou Bia.

– Não, não vejo desde ontem. – Respondeu Ana.

– Pelo menos isso... – Disse Bia aliviada. – Agora presta atenção, porque vou te contar a parte mais importante da história, o motivo de você conseguir ver o Brian. – Disse Bia.

Enquanto isso...

Após conversarem com Carol, Mosca e Pata saíram da sala da diretoria. Logo cada qual foi para seu quarto.

No quarto das meninas...

Mili e as garotas menores estavam no quarto quando Pata chegou de cara emburrada.

– Porque você tá assim Pata? O que a Carol disse? – Perguntou Mili.

– Adivinha... – Disse Pata, sentando-se na cama de braços cruzados. – A Grasiele quer entrar com os papéis pra ter a nossa guarda de volta. – Completou, deixando todas tensas, principalmente Mili.

No quarto dos meninos...

– Não dar pra acreditar nisso cara! – Exclamou Rafa.

– Mas essa tia de vocês não era aquela que obrigava vocês a trabalharem? – Perguntou Binho.

– É... Mas a Carol disse que como ninguém tem provas, ela tem uma grande chance de conseguir a nossa guarda. – Explicou Mosca.

– Mas que droga cara... O orfanato não vai ser a mesma coisa sem você... – Afirmou Thiago desanimado.

– Agora é só torcer pra que ela não consiga... – Disse Rafa.

– Pois é galera... – Disse Mosca desanimado. De repente alguém abriu a porta do quarto e entrou de uma vez.

– Mosca! – Exclamou Mili. – A Pata acabou de me contar... – Falou, abraçando o garoto desesperadamente.

– Mili, eu... – Antes que Mosca completasse a frase Mili o beijou, na frente de todos os garotos que estavam no quarto, estes se entreolharam com cara de tacho, então se levantaram e saíram, deixando o casal à sós.

– Eu não quero que você vá embora do orfanato Mosca... – Disse Mili distanciando-se do garoto.

– Eu também não quero Mili, ainda mais agora que nós estamos bem. – Disse Mosca.

– Eu te amo Mosca. – Disse Mili, olhando nos olhos de Mosca.

– Eu também te amo Mili... – Disse Mosca, retribuindo o olhar. Logo ambos passaram a se beijar novamente. – Mili... – Disse o garoto interrompendo o beijo.

– O quê? – Perguntou Mili.

– Você quer namorar comigo? – Perguntou Mosca, deixando Mili surpresa.

– Você tá falando sério? – Perguntou Mili, de olhos arregalados.

– Sim... – Disse Mosca.

– Mas é claro que eu quero! – Afirmou Mili sorrindo, Mosca retribuiu o sorriso.

– Então não importa que eu saia do orfanato, eu nunca vou ficar ausente na sua vida. – Disse Mosca, a beijando mais uma vez.

No pátio...

Após Bia contar sobre tudo (desde a profecia, seguida pelo rapto de Ana até os dias de hoje onde a mesma passava por uma transição e o ritual que a garota tinha que fazer para completá-la), Ana ficou totalmente confusa com a história.

– E o que vai acontecer comigo quando eu completar a transição? – Perguntou Ana.

– Eu não sei, isso a madame Esmeralda não me explicou. – Disse Bia.

– E se eu não quiser fazer esse ritual? – Perguntou novamente.

– Você precisa fazer! – Exclamou Bia.

– Por quê? – Ana queria entender o porque de tudo isso.

– Eu já te expliquei Ana, porque você é a intermediária entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. – Repetiu Bia.

– Mas o que isso quer dizer? – Perguntou Ana.

– Ela também não me explicou em detalhes, mas acho que te algo haver com você conseguir se comunicar com os mortos. – Disse Bia.

– Ai não Bia, eu não quero me comunicar com gente morta, morri de medo quando aquele espírito veio falar comigo, imagina se vier mais! – Exclamou Ana assustada. – Eu não quero fazer esse ritual! – Decidiu Ana, saindo do pátio, porém esta não sabia que se deixasse de completar o ritual morreria, pois Bia não teve coragem de contar.

– Ai meu Deus, e agora? – Perguntou Bia preocupada.

***

Ana estava na cozinha bebendo um suco, esta pensava em tudo que Bia tinha lhe contado. Logo passou a chorar com tudo aquilo.

– Ana? – Perguntou alguém chegado, era Thiago.

– Oi Thiago... – Atendeu Ana enxugando as lágrimas.

– Nossa, é curioso, toda vez que eu te vejo você tá chorando.... – Disse o garoto.

– Não tô chorando. – Disfarçou Ana.

– Não mente vai, eu sei que você tava. – Disse o garoto sentando ao seu lado.

– Tá, eu tava... – Confessou Ana.

– Se quiser contar o que houve, só se quiser... – Disse Thiago.

– Não é nada de mais... – Disse Ana.

– Ta bom... – Disse Thiago, este estava inquieto para falar alguma coisa, então respirou fundo e disse. – Olha Ana, eu prometi guardar segredo com o que eu vou dizer agora, mas eu não consigo.

– Hã? Como assim? – Perguntou Ana encarando o garoto.

– O Binho me contou sobre a Bia ter encontrado a sua mãe. – Revelou Thiago.

– Quê?! – Ana arregalou os olhos. – O que mais ele te contou? – Perguntou.

– Só contou isso, disse que a Bia não entrou e detalhes. – Afirmou Thiago.

– Ah... – Disse Ana aliviada.

– É por isso que você tá assim? – Perguntou Thiago.

– É, tem haver com isso sim. – Disse Ana.

– Eu sabia! – Exclamou Thiago.

– Mas eu não quero falar sobre isso agora, não tô muito bem. – Disse Ana.

– Entendo... – Concluiu Thiago. – Olha, eu não sei o motivo, mas, não fica assim com isso, vai se resolver. – Disse o garoto pegando na mão de Ana que estava sobre a mesa. Nessa hora seus olhos se encontraram e rolou um clima. De repente alguém chegou na cozinha cortando o clima.

– Gente vocês viram a Vivi? – Era Cris, esta ao notar a situação ficou sem graça. – Tô interrompendo algo? – Perguntou.

– N-não! – Disseram os dois afastando as mãos ao mesmo tempo.

– Hum... – Concluiu Cris desconfiada. – Onde é que tá a Vivi, vocês sabem? – Perguntou.

– Ela tava lá usando o computador quando eu passei pela sala. – Disse Thiago.

– Acabei de passar pela sala e não tava lá. – Disse Cris. – Que seja, vou procurar em outro lugar, não vou mais atrapalhar vocês. – Concluiu a garota saindo, esta parecia ter ficado enciumada.

– Caham... – Pigarreou Thiago. – Licença Ana, vou cuidar na minha vida. – Disse Thiago, saindo também.

– Tchau... – Disse Ana, sorrindo.

Na sala...

Cris voltou para procurar Vivi, esta queria contar a notícia de que Mosca havia pedido Mili em namoro, porém a garota não estava lá, apenas o computador ligado. Cris então notou que o perfil de Vivi estava logado, logo a curiosidade foi maior, e a garota resolveu bisbilhotar com quem a amiga conversava. Cris percebeu uma janela de bate-papo aberta, e viu que se tratava de uma conversa com André, porém antes da garota abrir a conversa, Vivi apareceu.

– Eu tô usando Cris! – Exclamou a garota assustando Cris.

– Ai que susto Vivi! – Exclamou Cris levantando-se. Logo Vivi sentou-se e passou a olhar suas coisas. – Ô Vivi...

– O quê? – Perguntou Vivi.

– Posso saber o que você conversava com o André? – Perguntou a garota.

– E-eu... – Cris percebeu que Vivi ficou bastante nervosa.

No quarto das meninas...

– Nem tô acreditando que você e o Mosca tão namorando Mili! – Exclamou Bia. – Já era hora hein? – Perguntou sorrindo.

– Ai para Bia! – Pediu Mili sem jeito.

– Eu concordo com a Bia, já tava mais do que na hora de vocês se resolverem mesmo! – Afirmou Pata.

– Ai que legal, agora só falta a Vivi e a Cris desencalharem! – Afirmou Bia.

– Enquanto umas começam a namorar, outras terminam um relacionamento de quase dois meses por causa da China... – Disse Teca que ouvia a conversa das garotas, deitada em sua cama.

– Nem vem com essa Teca, você não tinha dito que vocês não acabaram? – Lembrou Tati, que também estava no quarto.

– Mas não é a mesma coisa! – Gritou Teca.

– Nossa... – Disse Tati.

– Deixa ela Tati, ela tá certa, não é a mesma coisa... – Disse Mili.

Na sala...

Cris tentava ver a conversa de Vivi com André.

– Se não é nada demais, deixa eu ver Vivi! – Pedia Cris tentando se aproximar do computador.

– Ai Cris para com isso eu já falei que era sobre a peça! – Disse Vivi.

– Então que tem de mal eu ver? – Perguntou Cris.

– Porque não é nada demais já disse! – Insistiu Vivi.

– Tá bom... – Disse Cris, logo esta esperou que Vivi se distraísse e à empurrou do computador. – Vou ver mesmo assim! – Exclamou, conseguindo ler uma parte da conversa. – "Você é a menina mais gata da escola..." – Leu Cris. – "Eu nunca gostei de verdade da Cris... Só queria uma chance pra te provar que eu não estou mentindo pra você." – Terminou de ler, decepcionada.

– Cris, eu posso explicar... – Disse Vivi.

– Não precisa me explicar nada, a otária aqui sou eu! – Disse Cris se retirando.

– Droga! – Exclamou Vivi. Samuca que passava pela sala na hora estranhou a situação.

– O que aconteceu com ela? – Perguntou.

– Pergunta a ela, nerd! – Exclamou Vivi, ignorando Samuca.

***

Cris chorava sentada no chão de um dos corredores, quando Thiago passou.

– Meu Deus, hoje tá todo mundo chorando? – Perguntou.

– Me deixa Thiago. – Pediu Cris.

– O que houve, hein? – Perguntou Thiago.

– Nada! – Gritou Cris assustando Thiago. – Tá foi mal... É só que, ninguém me leva à sério, só isso. – Disse Cris.

– Por acaso você tá falando isso porque me viu com a Ana? – Perguntou Thiago. – Porque se for, já vou avisando não rola nada entre eu e ela. – Avisou.

– Aham, até parece, eu vi tá legal? – Disse Cris. – Mas não, eu não tô assim por causa de vocês, é que eu acabei de descobrir que a Vivi é uma traíra! – Afirmou.

– Porquê? – Perguntou Thiago.

– Eu li uma conversa dela com o André e...

– Espera Cris! – Interrompeu Thiago. – Você ta assim por causa de uma conversa da Vivi com o André? – Perguntou.

– Se você me deixar falar... – Disse Cris.

– Tá fala. – Disse Thiago.

– Ele disse a ela que nunca gostou de mim e sim dela, e que tava só brincando com a minha cara! – Disse Cris.

– E o que é que tem? – Perguntou Thiago.

– O que é que tem que ninguém gosta de mim de verdade, nem você! – Exclamou Cris.

– Pera aí Cris, que diferença faz eu gostar de você ou não? – Perguntou Thiago. – Ontem você deixou claro que nada ia rolar entre a gente e eu entendi! – Afirmou. – E tem mais, não sei porque você fica aí com crise de ciumes com outros garotos, se você mesma sabe que o único garoto que você AMA, é o Samuca! – Afirmou Thiago.

– E que diferença faz eu amar o Samuca? Ele me odeia! – Gritou Cris. – E tem mais, todos os garotos por quem eu me interesso acabam gostando das minhas amigas, e você o único que gostava de mim, eu não consigo corresponder, aí você me esquece, arruma uma namorada e eu vou continuar aqui sozinha! Eu sou a pessoa mais idiota da face da terra! – Afirmou Cris, saindo aos prantos.

– Ai ai... Mulheres! – Exclamou Thiago indo na direção contrária. Ambos não perceberam mas alguém ouviu toda a conversa escondido e ficou surpreso com a revelação. Samuca.