Entre beijos e paixões

A festa de Fábio part. final, Tudo pode acontecer...


Depois que Duda foi para o hospital, ninguém mais ficou em clima de festa.

Na sala...

– Meu Deus, até agora eu não tô entendendo o que deu no Duda! – Afirmou Cris.

– Ninguém aqui tá... – Afirmou Samuca rudemente.

– Ele parecia tá chapado na minha opinião... – Disse Janjão.

– Por acaso não foi você que batizou o refrigerante, foi Janjão? – Perguntou Binho fuzilando o garoto.

– Claro que não! Eu não faço mais esse tipo de coisa. – Disse Janjão.

– E tem mais, todo mundo bebeu refrigerante, se tivesse batizado, todo mundo tava chapado. – Afirmou Janu.

– Verdade. – Concordou Bia.

– Muito bizarro esse lance... – Disse Juca.

– Né! – Disse Marian.

– Ninguém tem ideia do que possa ter acontecido? – Perguntou Bel.

– Pior que não. – Disse Cris.

– Pessoal vocês podem achar que eu tô louco com o a minha dedução. Mas sinceramente, eu acho que aquilo tava com cara de ecstasy... – Deduziu Juca, acertando. Nessa hora Marian fez uma cara tensa.

– O que é ecstasy? – Perguntou Maria.

– É uma droga! – Respondeu Bia.

– Bia... – Disse Cris.

– O que eu falei demais? – Perguntou Bia.

– Mas por que você acha isso com tanta certeza Juca? – Perguntou Marian.

– Por... Porque eu vi num filme que o efeito era parecido com esse! Só isso. – Disse Juca desconversando.

– Hum... – Concluiu Marian.

*O celular de alguém toca.*

– É o meu! – Disse Cris. – Alô! – Cris atende telefone. – Ah, oi Carol... Você já ficou sabendo? Pois é, ninguém sabe direito o que houve... Ah, você tá indo com o Júnior pro hospital? Ok, eu aviso... Tchau. – Cris desliga.

– Era a Carol? – Perguntou Rafa.

– Era. A Mili ligou do hospital explicando o que aconteceu, e ela foi pra lá com o Júnior. – Contou Cris. – Ah, Dani, ela pediu pra avisar que você pode dormir aqui se quiser... – Avisou.

– Ok. – Disse Dani.

– Aff... – Bufou Bia. – Já basta ter que aturar a Marian de fingida aqui. – Afirmou Bia.

– Não te perguntei nada! – Retrucou Dani.

– E não me mete nisso! – Completou Marian.

Enquanto isso no pátio...

– Ai que ódio, por culpa do Duda, a festa virou um fracasso! – Afirmou Teca de braços cruzados.

– Claro que não amor, a festa foi ótima! – Disse Fábio.

– Você só tá dizendo isso pra me agradar, mas tá na cara que é mentira... – Afirmou Teca tristonha.

– Só em ter me divertido e passado o tempo com você, já foi ótimo pra mim! – Afirmou Fábio, fazendo Teca sorrir.

– Mesmo que a festa tenha sido horrível? – Perguntou Teca.

– A festa foi ótima! – Afirmou Fábio. – E mesmo que não tivesse sido, o importante foi a intenção de vocês, isso foi o que me deixou mais feliz. – Completou.

– Ai amor você é tão humilde! – Exclamou Teca abraçando o garoto. Logo esta passou a chorar. – Eu vou sentir tanta saudade de você. – Afirmou soluçando.

– Eu também vou sentir muita falta de você Teca... – Disse o garoto a abraçando forte.

– Eu não quero que você vá embora! Por favor não me deixa! – Pediu chorando cada vez mais forte.

– Por favor não chora, me parte o coração ver você assim... – Disse o garoto enxugando as lágrimas da amada. – Eu também não queria ir, mas você sabe, não tem como eu ficar.

– Você promete me ligar todos os dias? – Perguntou a garota.

– Prometo! – Afirmou. – E prometo também mais uma coisa... – Completou.

– O quê? – Perguntou Teca.

– Que essa mudança não é definitiva, um dia eu voltarei, nem que demore anos, mas eu voltarei... Voltarei por você! – Concluiu, beijando a garota. – Agora eu preciso ir... Vou pegar o avião amanhã bem cedo. – Disse o garoto levantando-se. Então este foi se despedir do pessoal que estavam na sala, então alguns disseram que iriam à sua casa bem cedo no dia seguinte para se despedirem. Então o garoto agradeceu pela festa, e foi embora.

Enquanto isso no hospital...

Carol e Júnior chegaram ao hospital às pressas. Logo estes pediram explicações, então Mili, Mosca e Pata contaram o que havia acontecido, porém nenhum conseguiu dizer o que poderia ter causado o vexame. Então ambos ficaram na sala de espera aguardando notícias do gato que estava fazendo exames. Enquanto esperavam Mili decidiu ir ao banheiro no outro corredor. Esta enquanto se olhava no espelho do banheiro lembrou que Mosca antes do vexame tinha algo a lhe falar, e ficou curiosa com o assunto. De repente ao sair do banheiro se deparou com o garoto a esperando sentado em uma das cadeiras do hospital. Este passou a encará-la, então Mili aproximou-se e os dois falaram ao mesmo tempo.

– Mili eu...

– Mosca eu... – Logo os dois sorriram sem jeito. Então Mosca ficou em silêncio esperando que a mesma falasse. – É que eu me lembrei que você tinha algo pra falar comigo...

– Sim... Eu preciso muito te dizer algo. – Afirmou Mosca.

– O quê? – Perguntou Mili.

– Mili... – Disse o garoto segurando sua mão. – Eu queria te pedir perdão... – Afirmou. – Me perdoa Mili, por todas as vezes que eu pisei na bola com você, e por ter te feito sofrer com os meus erros. Eu tô muito arrependido pelas minhas escolhas, eu tava passando por um momento difícil e agi sem pensar. Não aguento mais ficar assim tão distante de você... Eu preciso do seu perdão! – Disse. Nessa hora Mili pode notar uma lágrima saindo do olho esquerdo do garoto. Esta se segurava para não chorar também. – Eu te amo Mili, eu sempre te amei... – Concluiu o garoto esperando que a mesma falasse algo, porém Mili ficou em silêncio. Então Mosca entendeu aquilo como um não e baixou a cabeça.

– Eu te perdoo Mosca... – Afirmou Mili para a surpresa do garoto. Então este a encarou e sorriu. – Mas, agora eu tô saindo com o Juca, não seria certo...

– Sabe Mili, um dos motivos de eu ter me encorajado a falar com você, foi uma conversa que tive com o Juca. – Afirmou Mosca.

– Como assim? – Perguntou Mili.

– Naquela hora na festa, ele notou que eu gosto de você e que você me corresponde. E disse que deixava o caminho livre. – Afirmou Mosca, deixando Mili surpresa.

– E-eu n-não sei, eu preciso falar com o Juca primeiro... – Disse Mili com a voz trêmula.

– Por que dificultar as coisas? Por que pensar nos outros antes de você? – Perguntou Mosca. Mili ficou em silêncio. – Eu sei que você quer Mili... – Disse Mosca. – Porque você não deixa de fazer o que acha que é certo para fazer o que o seu coração está pedindo, ao menos por uma vez? – Perguntou. Nessa hora Mili o encarou profundamente.

– Tem razão... – Disse a garota ainda o encarando.

– Hein? – Mosca nem acreditou no que ouviu.

– Dane-se o Juca! – Exclamou, beijando o garoto desesperadamente. Chamando a atenção de todos no hospital.

– Com licença jovens! – Exclamou alguém os interrompendo. – Não podem fazer isso dentro do hospital. – Afirmou a enfermeira. Logo ambos foram para um jardim que havia no hospital. E passaram a se beijar novamente.

– Você é a Mili mesmo? – Perguntou Mosca. Este estava tão confuso com a atitude da garota que desconfiou que aquilo fosse um sonho.

– Não. Isto não passa de um sonho, você acabou adormecendo no banco do hospital, e vai despertar agora... – Afirmou a garota estalando os dedos repentinamente, provocando um pequeno susto em Mosca. Logo esta passou a rir. Nem mesmo Mili estava acreditando que estava agindo daquela forma, mas parce que este tempo todo esteve dormindo, Mosca tinha razão. E naquele momento Mili pensou em ser racional, também pensou em ser orgulhosa, mas ao mesmo tempo esta sabia que no fundo queria apenas beijá-lo e acertar as coisas de uma vez por todas, então foi contra todas as "certices" de seus pensamentos e seguiu seu coração.

– Eu não tô conseguindo acreditar Mili! – Afirmou Mosca, este estava gelado e tremendo de tanto nervosismo.

– Eu também não Mosca... Mas como você disse, se é o que eu quero, eu tenho que aceitar... – Disse Mili encarando o garoto mais uma vez, que a beijou intensamente, a abraçando forte em seguida.

– Eu te amo Mili... Eu te amo demais... – Sussurrou o garoto. Nessa hora Mili percebeu que este estava chorando.

– Eu também te amo Mosca... – Afirmou Mili, e neste momento uma lágrima também escorreu de um de seus olhos. Logo passaram a se beijar novamente. Na mesma hora Pata que os procurava apareceu na entrada do jardim avistando a cena, esta ficou impressionada com o que acabara de ver, e sorriu, voltando para dentro do hospital.

Enquanto isso no orfanato...

Era 21:45 da noite, todos estavam preocupados por ainda não receberem noticias de Duda. Juca, André, e Janu foram para casa. Bel quis ficar com Rafa mais um pouco, e Tatu e Janjão também ficaram.

Na cozinha...

Bia resolveu fazer uma pergunta para Binho.

– Binho... – Chamou Bia.

– Que foi gatinha? – Perguntou Binho.

– O que a Dani tava conversando com você naquela hora na festa? Você ainda não me respondeu. – Afirmou Bia. Binho engoliu seco na hora.

– E-ela, tomou o seu refrigerante e quando e-eu pedi pra ela devolver, ela disse que só devolveria se eu beijasse ela... – Contou Binho. Bia ficou em silêncio e saiu andando furiosamente até a sala.

Na sala...

Alguns dos garotos e garotas conversavam na sala, e Dani usava o computador, quando de repente Bia chegou por trás da garota tranquilamente antes que a mesma percebesse a derrubou com cadeira e tudo.

– Ai! Bia ta doida? – Perguntou a garota amedrontada.

– Quem você pensa que é pra dar encima do meu namorado na cara dura? Hein sua vadiazinha?! – Gritou Bia indo pra cima da garota, que gritava pedindo socorro. – Eu vou te matar sua pirralha dos infernos, projeto de Marian! – Gritava Bia puxando os cabelos da garota. Rapidamente Janjão e Samuca correram para tentar tirar Bia de cima da garota.

– Bia, não faz isso pelo amor de Deus! – Exclamou Binho chegando na sala, logo este empurrou Janjão que tentava separar a briga, e tomou seu lugar tentando convencer Bia a deixar de agredir a garota. Então Binho saiu arrastando Bia até o outro lado da sala (com certa dificuldade) e tentou acalmá-la. Dani passou a chorar descontroladamente, irritando a todos. Então Vivi e Marian foram ajudar a garota.

– Bia... Não era pra tanto gatinha... – Disse Binho.

– Ela queria te beijar, eu não ia deixar barato! – Afirmou Bia enciumada.

– Mas você já tinha dado uma lição nela na festa, deixou ela no vácuo. – Lembrou Binho.

– Não foi o suficiente! – Retrucou Bia. – Essas pirralhas não aprendem que você é só meu e de mais ninguém? – Perguntou Bia furiosa.

– Você tem tanto ciumes assim de mim? – Perguntou Binho surpreso.

– M-mas que pegunta Binho! – Afirmou Bia. – Claro que tenho! Ai da garota que tentar dar encima de você de novo! – Afirmou Bia. – E ai de você se não me contar! – Concluiu Bia. Logo esta saiu em direção à cozinha.

– É... Ela ainda me ama! – Afirmou Binho sorridente, passando a mão no cabelo.

Na cozinha...

Bia bebia um copo de suco de morango, quando alguém chegou na cozinha.

– Que susto Janjão! – Afirmou ao dar de cara com o garoto.

– Que briga foi aquela? – Perguntou o garoto rindo.

– A Dani mereceu. – Afirmou Bia.

– Aí você bate nela só porque deu encima do seu namorado? – Perguntou Janjão.

– Devia ter matado! – Afirmou Bia.

– Não sabia que você armava barraco por causa de garotos. – Disse Janjão.

– Ei cê ta me chamando de barraqueira? – Perguntou Bia.

– Sim! – Afirmou Janjão.

– Olha só quem fala! – Disse Bia, saindo da cozinha. Janjão notou que a garota ficou magoada com o que ele havia dito.

No hospital...

Depois de alguns minutos, Mili e Mosca voltaram para perto de Carol, Júnior e Pata, que perceberam que estes estavam sem jeito, porém nada disseram. Entretanto Pata deu uma piscadela para os dois o que os fez entender que a mesma já sabia o que tinha acontecido. Na mesma hora doutor Fernando apareceu com os resultados dos exames do garoto.

– E então Fernando? – Perguntou Carol.

– Quais foram os resultados dos exames? – Perguntou Júnior.

– O Duda vai ficar bem? – Perguntou Pata.

– Bom, sim ele vai ficar bem, ele tá de repouso no quarto. – Disse Fernando. – Mas pelo que consta nos exames, o garoto passou mau após ter ingerido uma certa quantidade de... – Todos esperaram que Fernando falasse. – De ecstasy. – Ao dizer isso todos ficaram boquiabertos.