Entre escolher reviver um amor, e por causa dessa escolha, trazer todo rancor e dores outras vez, eu escolho não revive -lo. Escolho fugir. - Inês Huerta .

Inês chegou na fazenda pensativa, Emiliano havia feito inúmeras perguntas sobre quem era Loreto enquanto ele trazia ela de volta . E a única resposta que Inês deu, foi que ele era ninguém .

Mas ele era tudo. Ele era a desgraça que a separou do homem que ela tanto amou e seguia amando. Ele a machucou, a feriu como mulher e o fruto de seus abusos. Era o ser que ela mais amava no mundo, Emiliano foi quem deu forças para ela seguir adiante . Mas agora com Loreto livre ele poderia tira -lo dela a desmascarando . Inês não sabia o que pensar o que fazer, se Loreto dissesse a seu filho que ele estava vivo e era o pai dele, Emiliano certamente a desprezaria. A não ser, se ela contasse a verdade a ele, a verdade que ninguém sabia, que mais de uma vez Loreto havia violentado ela, e que por consequência ela havia engravidado dele . A primeira violência sofrida por ele, havia ficado a dúvida de quem era o pai do filho que Inês esperava, mas quando ela foi abusada mais uma vez, não havia dúvidas alguma, ela tinha dado um filho homem para o homem que ela mais odiava na vida. Enquanto seu outro menino, não havia sobrevivido, ele partiu sem ela saber quem era o pai dele, Loreto ou Victoriano.

E a dor da perca do anjinho junto com o rancor da dúvida ainda afetava Inês que sofria calada em segredo, sem dizer a ninguém, nem ao menos Victoriano que logo depois, a vida depois de tudo voltou uni -los .

E agora Loreto estava de volta, de volta com verdades escondidas, com dores que estavam sendo revividas . E o medo de sofrer e fazer sofrer também Emiliano, que era seu bem maior com a verdade do que sofreu com Loreto deixava Inês aflita.

Sentada na mesa da cozinha , Inês limpou um lado do seu rosto quando viu que alguém se aproximava e podia vê -la chorar. Jacinta chegava e Inês se levantou sorrindo em uma fracassada tentativa de mostrar a ela que estava tudo bem .

Jacinta olhou para ela e perguntou.

— Jacinta : Esta tudo bem dona Inês ?

— Inês : Sim esta Jacinta .

— Jacinta : Bom a senhora foi na feira mas não trouxe nada ?

— Inês : Eu não passei muito bem lá, então Emiliano me trouxe de volta e sem as compras . Mas amanhã voltarei para faze -la .

— Jacinta : Se assim se preferir eu vou para senhora dona Inês .

— Inês : Muito obrigada Jacinta mas não precisa . Eu vou até meu quarto se precisar de mim em alguma duvida pode me chamar .

Inês saiu da cozinha . Jacinta ficou a olhando desconfiada e sozinha ela disse.

— Jacinta : Será que a dona Inês esta chorando pelo patrão?


Inês passava para ir até seu quarto , quando ela e Débora se cruzaram pelo caminho .

As duas no meio da sala se olharam .

Não era segredo mesmo que escondendo seus sentimentos de todos . Inês não gostava de Débora e sentia ciúmes, mas ela conseguia controlar e entender que ela era a senhora da casa quem havia casado com Victoriano, e assim para ela não sofrer, só desejava que Débora um dia fizesse Victoriano feliz. Mesmo que no fundo do seu ser Inês sabia que ele só havia casado com ela por vaidade, por desejo, porque Inês conhecia a forma de amar de Victoriano e a que ela via dele com ela, não era amor .

Mas agora no momento, Inês sentia dificuldade de controlar o que sentia, a raiva e o ciumes de mulher estava gritando dentro do seu ser. Victoriano com sua aproximação tinha despertado outro lado dela, que ela não se orgulhava de sentir o que estava sentindo . Inês só conseguia pensar, que Victoriano era casado, ele não era dela. Era errado o que ela estava sentindo, e tudo era por culpa dele, culpa dos seus beijos e de suas palavras que ela acreditava que jamais voltaria ouvi -las e nem ao menos sentir os beijos dele que a estremeceu tanto. Ela só podia concluir que, Victoriano estava brincando com ela e com Débora .


Tentando ignorar tudo que sentia e pensava . Inês passou reto de Débora depois de uma intensa olhada das duas . Mas quando ela já de costa caminhava para subir ao seu quarto .

Débora a deteu tão pensativa como ela e muito desconfiada ela disse, sem mais nem menos.

— Débora : Eu não quero mais que se tranque com meu marido no escritório dele.. Você só é uma empregada mas nada para ele Inês , e eu sou a esposa não tem que ficar de segredos com ele .

Inês virou para Débora e respondeu séria.

— Inês : Me perdoe senhora, mas entrarei no escritório do seu marido sempre e quando precisar e ele me chamar. Victoriano e eu temos coisas em comuns segredos nossos, como mesma disse e se ele não conta a você os segredos dele, o problema não é meu .

— Débora : Como ousa falar comigo dessa maneira serventa .

— Inês : Falo da mesma forma que segue falando comigo, com licença .

Inês deixou Débora sozinha . E ela brava disse meditando nas palavras que Inês havia dito.

— Débora : O que tanto Victoriano tem em comum com essa mulher, porque ele a protege tanto por que tem segredos com ela, com uma serventa. Maldita Inês sabe que ele a protege por isso me desafia , mas eu posso mudar essa história.

Inês, já dentro do quarto dela, respirou fundo . Por um momento ela teve vontade de voar em Débora pela maneira que ela havia falado com ela, e por um momento ela tinha esquecido do que era mais importante no momento, que era o fato, que o pior homem da terra tinha voltado pra vida dela e podia fazer mal ao seu filho, e porque não a ela ? Por que só de vê -lo a dor e a humilhação de ter sido violentada havia voltado com toda força em seu interior.

E chorando ela andou no quarto enquanto dizia .

— Inês : Maldito Loreto, maldito .

De lado, ela deitou na sua espaçosa cama, sem se livrar dos sapatos nem ao menos das roupas que ela vestia. E assim Inês acabou adormecendo.

Horas se passou e Victoriano Santos agoniado de tanto estar pensando em Inês deixou sua empresa mais cedo . E enquanto dirigia de volta para las dianas, ele viu em uma calçada andando todo tranquilo, livre! Loreto Guzmán.

Victoriano não acreditou no que seus olhos viram . E rapidamente ele encostou o carro, e bravo ele desceu dele .

Loreto estava caminhado contente . E porque não ? Ele estava livre e o resto ele iria atrás .

Sorrindo ele tirou o chapéu para cumprimentar uma moça que vinha em sua direção . E logo depois sem esperar ele foi encostado na parede de um estabelecimento por Victoriano.

E assim segurando ele pela camisa tão furioso Victoriano disse.

— Victoriano : O que faz livre infeliz ! O que faz aqui ?

Loreto sorriu e disse.

— Loreto : Quanto tempo Victoriano Santos, meu velho amigo .

Victoriano se enfureceu mais e respondeu.

— Victoriano : Não somo amigos ! Responda a minha pergunta ! O que faz aqui Loreto , o que ?

Loreto bravo pegou no pulso de Victoriano e com o mesmo ódio demonstrado nos olhos de seu ex amigo ele disse.

— Loreto : Estou livre Victoriano ! Estou livre para recuperar aquilo que me pertence !

Victoriano rápido o respondeu.


— Victoriano : Não tem nada aqui ! Nada ! você é um assassino tinha que estar pagando pleo crime que você cometeu !

Loreto riu outra vez , quem passava na calçada que eles estavam, olhavam os dois alarmados . E assim Loreto disse.

— Loreto : Tenho um filho, um filho com a mulher que te roubei Victoriano. Inês e ele me pertencem e vou recupera -los, além de provar que eu não matei Vincente !

Victoriano apertou mais a mão na blusa de Loreto , movendo ele do chão apertando ele na parede. E enciumado ele disse.

— Victoriano : Fique longe de Inês , fique longe dela seu desgraçado !

— Loreto : Vejo que ainda a ama ! Mas ela é minha, ela me escolheu Victoriano eu roubei ela de você !

Victoriano não suportou mais sentir sua ferida ser cutucada pelas palavras de Loreto . E sem duvidar, ele o socou com força.

Loreto tombou de lado, a boca dele sangrou . E assim com raiva ele voltou a dizer.

— Loreto : Vou tirar Inês mais uma vez de você, vou tirar ela !

Victoriano gritou apontando para ele .

— Victoriano : Só por cima do meu cadáver !

— Loreto : Então que seja assim Victoriano Santos !

O chapéu que caiu no chão de Loreto ele pegou . E e logo depois ele saiu, indo embora, deixando Victoriano com os nervos a flor da pele .

E indo para caminhonete furioso ele dizia.


— Victoriano : Jamais vão voltar te tirar de mim Inês ! Jamais que esse infeliz vai tira -la de mim outra vez, porque dessa vez eu o mato !

Ele bateu a porta de sua caminhonete e dirigindo em alta velocidade ele voltava para las dianas, com Inês na sua mente mais forte, com mais intensidade do que nunca. Victoriano, enciumado e com medo, muito medo de que ela aceitasse ir com Loreto como ela foi um dia, só queria vê -la para deixar claro que ele não iria permitir tal coisa .


20 minutos depois Victoriano chegou em las dianas .

Ainda com o sangue fervendo ele chegou gritando por Inês .

Candela que o ouviu foi ao seu encontro e Victoriano perguntou ao vê -la .

— Victoriano : Onde esta Inês? Fale que eu espero ela em meu escritório!


Candela agitada disse .

— Candela : A senhora Inês esta no quarto dela, ela não estava bem patrão chegou da feira e foi descansar .

— Victoriano : Então vou vê -la .

— Candela : Não quer que eu a chame ?

— Victoriano : Não. Eu mesmo vou vê -la.

Candela ficou calada observando todo nervosismo que Victoriano estava,certa que ele ia dar trabalho para Inês que por não ser novidade ela era a única que conseguia acalma -lo em momentos assim . Mas o que Candela não sabia que nesse momento nem Inês conseguiria acalma -lo .


Por ter passado horas, Inês havia despertado e acabado de tomar banho. E por estar na privacidade de seu quarto, que todos por educação se precisassem dela iam procura -la em seu quarto, mas antes bater em sua porta, ela saiu do banheiro como veio ao mundo, com apenas uma toalha em sua cabeça que cobria seus cabelos molhado.

E tranquilamente ela ia até sua cama onde estava suas roupas estendida nela, e uma outra toalha ao lado delas. E no mesmo momento que ela caminhava, Victoriano nervoso como estava sem se importar com a educação de bater antes na porta dela, ele entrou e a surpreendeu como estava .

Deixando assim os dois paralisados enquanto se olhavam.

Os olhos de Victoriano parou no risquinho sensual que ela tinha no meio de suas pernas. Aquela depilação intima que ele via que ela fazia o deixou enlouquecido, aquele caminho da completa felicidade que ele nunca havia esquecido, com poucos pelos depilados de uma forma charmosa e muito, muito sensual que ele descobriu que Inês fazia o deixou fora de órbita . Ela assim lhe tirou do mundo caótico que ele estava a alguns segundos tão furioso, para lhe trazer na porta do paraíso que agora mais do que nunca ele desejava entrar .

Enquanto ele a olhava , Inês escutava alto seu coração bater no seu peito como que seu órgão tivesse batendo ao lado de seu ouvido . Paralisada ela só olhava Victoriano com seu olhar verde, que parecia que iria ataca -la em algum momento . Desejo, fome, malicia e muitos pensamentos quentes eram que refletiam nos olhos do grande Victoriano Santos enquanto a comia com os olhos . A barriguinha lisa de Inês e seus seios médio,s tão naturais e sua magnifica depilação o deixou tão fora de si, que Victoriano estava a ponto de avançar nela, se ele tivesse alguma força de se mover da onde estava, assim como ela de se cobrir .

Os segundos pareceram mais uma eternidade, Victoriano viu tudo de Inês . E ela viu sua alma pervertida que refletia no seus olhos .

Ele a corromperia tão mais rápido como ela poderia imaginar. Seus princípios iriam para espaço pelo seu desejo de mulher. Pois Inês ainda era uma mulher, seguia sendo uma mulher que apenas por uma vez se entregou por amor, e por desejo para o homem que a via nua, o que apenas separava ele dela, era a enorme cama que estava no meio deles. A cama que facilmente poderiam cair nela e fazerem amor como loucos, sem pensar que por trás dessas 4 paredes tinha muitas coisas que impediam que cometessem tal ato mais como erro na mente de Inês .

E foi pensando nesse erro . Que Inês teve uma atitude, as pressas depois dela ter deixado Victoriano decorar seu corpo nu, ela pegou a toalha da cama se enrolou nela, fazendo assim ele piscar, respirar normal ou tentar para raciocinar outra vez.

E assim ele passou a mão na cabeça, sem saber o que dizer. Ele conhecia Inês muito bem, sua morenita era cheia dos bons costumes, ela era certa correta e por isso ele temia a consequência do que tinha acontecido. Se ele até então havia segurado tanto para não avançar e deixar tão claro como água como ele começava deixar que ainda a amava e a deseja , era porque ele tinha medo de perde -la de uma vez por todas. Porque mesmo que ele não tinha ela como mulher ao seu lado, ele tinha a aliada, a conselheira a que sempre estava com ele, a que esteve com ele em um dos seus momentos mais difícil que foi a perca da mãe de suas filhas. E tê -la pelo menos dessa forma ao seu lado bastava, bastava com o consolo que ele ia acordar no outro dia sabendo que ela seguia respirando o mesmo ar que ele, seguia abaixo do seu teto, tão perto para ouvi -la, senti -la e vê -la sempre que quisesse.

E assim arrependido de não ter batido na porta ele disse desconcertado .

— Victoriano : Me perdoe Inês. Eu..

Inês sem querer ouvi -lo disse.

— Inês : Saia ! Saia do meu quarto Victoriano .

Victoriano deu dois passos e disse.

— Victoriano : Morenita por favor .

Inês estendeu uma mão mostrando para ele não avançar mais, enquanto a outra segurava a toalha em seu corpo. E então disse outra vez.

— Inês : Saia Victoriano .

— Victoriano : Eu só queria falar com você , eee.

— Inês : Não quero saber o que veio fazer aqui. Só quero que saia !

Victoriano irritado respondeu indo até a porta

— Victoriano : Vou sair, mas ainda precisamos conversar Inês...

E assim ele saiu do quarto . Inês sentou na cama segurando a tolha no corpo . Victoriano olhou a porta do quarto de Inês já do lado de fora, ele tinha vontade de voltar lá. Voltar e matar o que estava começando matar ele mais forte do que nunca, que era seu desejo por ela, mas ele sabia que não funcionaria assim, como homem ele daria tudo que tinha para tê -la por uma noite, uma noite depois de tanto tempo com a única mulher que ele amava, mas por ama -la, ele sabia que uma única noite não bastaria. Teria que ser sempre, para sempre.

Se Inês dissesse que sim, se ela ainda o amasse, ele seria capaz de deixar tudo por ela.

Mas entrar só para saciar seus desejo seria algo desrespeitoso para o amor que ele ainda sentia por Inês, seria desrespeitoso para ela . Torna -la em sua amante não era o papel merecido a ela, mas também ele não podia negar que a queria de qualquer forma .

Então para não fazer algo que pudesse afasta -la mais. Victoriano saiu para seu quarto. Encontrando ele vazio .

Débora tinha ido ao shopping gastar o dinheiro como sempre fazia de Victoriano. Ele não se importava, pelo a contrario saciava todo seus desejos , tudo que ela queria ele dava . Ele estava comodo casado com ela, com uma mulher mais jovem que daria um filho que ele tanto queria e além disso supria todos seus desejos carnais . Victoriano encontrava em Débora o alívio que seu corpo precisava . Mas o que seu coração nos braços dela sempre precisou encontrar para esquecer um amor que viveu, ele nunca encontrou nem em Débora e nem nos braços de nenhuma outra mulher. O único amor que ele viveu nos braços de uma mulher e foi completamente feliz, mesmo que por um prazo curto mais foi, foi nos braços de Inês . E querer reviver esse amor correndo todos os risco de perde -lo para sempre estava cada vez mais forte , mais intenso, e difícil de controlar.

Victoriano estava ciente do que queria, e porque queria mas não estava certo se conseguiria . Acostumado em ganhar e odiando perder , quando o assunto era Inês Huerta a dor da perca sempre deixava ele vulnerável e furioso . Victoriano depois do que viu e com o que pensava, estava excitado com toda certeza, e não sabia o que fazer com o problema que ele tinha dentro das calças, então querendo ignorar o que só em ver Inês nua lhe fez. Victoriano sentando na larga cama que dividia com outra mulher transferia tudo que sentia no ódio que foi para ele, voltar a ver Loreto e ouvi -lo dizer que tiraria Inês dele, Loreto ter jogado em sua cara que ele havia roubado ela dele, lhe feriu o ego mais uma vez .


E sem conseguir se acalmar, Victoriano saiu do quarto decidido que ia cavalgar pela fazenda .

E já no estabulo, ele esperava seu cavalo, que era levado pela mão de Emiliano.

E quando o jovem rapaz que Victoriano não simpatizava por saber de quem ele era filho . Victoriano com toda raiva que estava transferiu agora para o filho de Inês a revolta que sentia, dele não ser seu filho, dela não ter dado um filho homem a ele e sim a outro .

E assim Victoriano disse.

— Victoriano : Saia! Pedi que preparassem meu cavalo mas não que fosse você . Não toque nele Emiliano.

Emiliano como sempre sem entender as grotesca patada que quase sempre Victoriano lhe dava sem motivo disse.

— Emiliano : Vou estudar para ser um grande Veterinário patrão, não vou machuca -lo . Faço meu trabalho muito bem .

Victoriano subiu no cavalo ignorando o menino perto da idade que ele tinha e respondeu.

— Victoriano : Então falta muito para se tornar esse grande veterinário que quer ser. Se ainda trabalha para mim é por consideração a sua mãe, mas estou de olho em você Emiliano .

Victoriano puxou as rédeas de seu cavalo depois de suas palavras , o animal se ergueu com ele em cima e depois em disparada ele saiu cavalgando .


E parado olhando Victoriano com seu cavalo tomar mais distância, Emiliano sentiu seus olhos serem fechados por trás por suaves mãos que ele conhecia muito bem.

E assim Constança disse animada.

— Constança : Adivinha quem é !

Emiliano irritado tirou a mão dela de seus olhos e se virou, e bravo ele disse tirando toda animação da brincadeira de Constança com ele .

— Emiliano : Me diz Constança porque seu pai me odeia ?

Constança o olhou confusa e respondeu.

— Constança : Meu pai não te odeia Emiliano .

Emiliano andou voltando para trás no estabulo, dizendo irritado.

— Emiliano : Sim. Ele me odeia, me trata mal. Tento fazer tudo certo para que ele veja que sou capaz e ter sua confiança, mas ele sempre aponta meus erros .Queria saber porque ele me odeia tanto .

Constança andando atrás dele disse.

— Constança : Ayyyy Emilianooo eu já disse que meu pai não te odeia!

Emiliano virou para ela bruscamente e disse.

— Emiliano : Quer saber , eu vou estudar, vou sair da fazenda dele, e vou levar minha mãe comigo !

— Constança : A não, você não vai levar minha Nana ! Eu te proíbo de leva -la!

No quarto de Inês

Ela estava devidamente vestida, mas nervosa . Nervosa pelo que tinha acontecido com ela e Victoriano momentos atrás. Já não bastava Loreto ter voltado e agora, a história de amor que ela e Victoriano viveram estava reascendendo trazendo temor a ela . Havia enganos que tinha que estar claro, haviam verdades para serem ditas, um casamento que não era o dela seria destruído. Sua imagem, não seria a mesma se ela cedesse o que voltava sentir. Victoriano havia casado por livre e espontânea vontade e ela não, o errado era ele em estar procurando ela, e cabia a ela saber fazer a escolha certa. Que era deixar levar para ver onde tudo ia acabar entre ela e Victoriano arriscando assim, magoar mais de uma pessoa, e expor verdades que ela escondia ou fugir da dor e do erro que ela podia cometer e causar no seu filho .

E assim ela em voz alta ela diz.

— Inês : Vamos terminar isso Victoriano antes que comece.


No finzinho da tarde

Inês tinha seu dever de deixar o jantar pronto de dar ordem para que tudo esteja ok na hora de ser servido .

Victoriano sabia que tinha que voltar mas enquanto cavalgava a imagem de Inês nua não saia de sua mente, as palavras que Loreto tinha dito a ele tão pouco enquanto pensava.

" Ele a tocou , Inês foi dele como foi minha. Maldito Loreto!"

O ciúmes corroía a alma de Victoriano. Pensamentos sem fundamentos também . Loreto estava preso, e agora estava livre, ele começava se perguntar se Inês procuraria ele ao saber e o pior se ela procuraria ele como mulher . Só de imaginar ela nos braços dele a ferida nele doía com força. Pois o que Victoriano sabia até então, é que Inês havia deixado ele, porque amava Loreto, ela o abandonou, casou com o homem que ele acreditava ser seu amigo e deu um filho a ele . E tudo por ama -lo, pois assim ela mesma disse a ele no passado quando o deixou.

Mas o que Victoriano Santos não sabia, era que ele foi vitima de um engano, sua morenita foi vitima de uma crueldade, que tão jovem e indefesa não soube se defender e nem enxergar que ela cometia um erro, mentindo para ele como mentiu e seguia mentindo por ainda guardar a verdade dos fatos.