Enquanto houver nós.
Você me faz querer...
– Eu te amo. - Eu respondo a ele. Ele sai da casa de Célia, eu me sento ao sofá pensando em tudo o que houve e grito "CÉLIA" e ela sai de seu quarto dando risada e se sentando ao meu lado. - Por que deixou ele entrar sua louca? - Eu pergunto a ela dando risada.
– Por que não deixaria? Vai me falar que você não gostou Lina.
– É...
– É... - Ela me imita e me dá um abraço. - Você tem que sair com o bonitão amiga, aproveita logo esse homem, larga dessa maluquice toda e fica com ele logo. Confia que ele vai se divorciar dessa bruxa da Elizabeth e logo os dois serão felizes.
Eu fico pensando no que ela me diz encarando aquele tapete da sala dela com o olhar fixo para ele, a imagem do Carlos Daniel não some da minha cabeça, mordo meu lábio.
– Ah menina, tá pensando nele ainda não tá? - Célia me pergunta dando um sorriso para mim.
– Tô Célia. Tô pensando nele sim. Sua boba.
– Eu sou boba? Olha quem tá com o olhar de apaixonada, não sou eu não... "Bora" levanta menina, vou fazer um café para nós.
– Célia, eu preciso falar com você.
– Pode falar Lina.
– Eu reencontrei a nossa colega Viviana, lembra dela? Então, eu consegui um emprego na floricultura da mãe dela, começo amanhã a trabalhar lá.
– Ai que bom Lina, fico feliz pelo emprego, mas você sabe que a Viviana não é flor que se cheira.
– Ai Célia que horror, por que diz isso dela?
– Porque ela é... Você sabe... Bem cachorra.
Dou uma risada e logo olho para Célia - Que horror Célia.
– É verdade, você sabe.
No dia seguinte...
Enquanto caminho para a floricultura, encontro o doutor Edmundo Serrano, ele vai encostando com o seu carro bem perto de mim, começo a caminhar ainda mais rápido, logo uma buzina, olho para trás irritada e bato no capô do carro, a porta se abre... - Doutor Edmundo Serrano? Meu Deus, me perdoe, por favor.
– Não tem problema senhorita Martins. Quer uma carona, para onde está indo? - Ele me pergunta, tirando os óculos escuros se aproximando de mim.
– Estou indo para o meu novo emprego, na floricultura. Fica a dois quarteirões.
– Vamos. Entre aqui no meu carro, eu te levo.
– Não precisa pelo amor de Deus, não se incomode e me perdoe.
– Imagine, entre aqui, te levarei. Vai, por favor. Como o pagamento pelo tapa no meu capô do carro.
– Vai me chantagear agora?
– Não veja dessa forma, apenas entre e como dois bons amigos ou como cliente e advogado eu te levo até a floricultura.
– Tudo bem. Eu entro no carro e no carro ele tenta encostar sua mão em mim. Peço para ele abrir a janela do carro, e assim ele o faz, abre a janela. No caminho ele pergunta como eu estou e como anda meu relacionamento com Carlos Daniel. - Está tudo um mar de rosas, melhor impossível doutor. - Eu respondo a ele, mesmo eu e Carlos Daniel não estarmos mais juntos.
– Acho que não...
– Por que?
– Ele deve te levar para o seu trabalho, eu passo todo dia por aqui e é a primeira vez que eu lhe vejo aqui, o que houve?
– É o meu primeiro dia aqui, e a minha amiga Célia me chamou para ficar uns dias em sua casa, e eu aceitei. Bom, pode encostar já. Muito obrigada pela carona doutor. Até mais. - E sem que ele responda eu já desço do carro e entro na floricultura, não olho para trás e entro no floricultura. Encontro Carlos Daniel na floricultura ele está sentado ao lado de Viviana conversando tomando um café.
– Carlos Daniel? O que faz aqui? - Eu pergunto assustada a ele.
– Vim lhe ver, fiz mal? - Ele pergunta de volta a mim.
– Fez! Essa hora você deveria estar na fábrica, ou quem sabe com sua esposa Elizabeth Bracho.
– Elizabeth Boyer. Nome de solteira, porque hoje chegou a carta de divórcio para ela.
– Sério? Ai meu Deus. Você já assinou, certo?
– E você ainda insistia em me dizer que não era ciumenta.
– Eu não sou ciumenta... Tudo bem, eu não estou interessada em saber também.
– Ah não? Ok, então eu acho que esse envelope na minha mão deverá ser jogado no lixo, não acha Viviana?
– Por mim pode jogar sim. - Viviana responde a ele.
– O que é isso? - Eu pergunto a ele.
– Ah, não tem tanta importância.
– Ok, desisto. Por favor Carlos Daniel me diga o que é isso. Com meus coraçõezinhos eu imploro, me diga.
– Então, pode abrir o envelope. - Ele me diz. Assim que abro, uma surpresa!!!
– EU NÃO ACREDITO CARLOS DANIEL!!!
– O que foi? - Ele pergunta num tom sarcástico dando risada.
– Eu não posso aceitar.
– Pode sim, hoje quando Elizabeth acordar ela terá a surpresa e vai assinar e logo então, vamos preparar a data do nosso casamento, meu amor.
– E a fábrica? - Eu pergunto a ele feliz e assustada.
– Não se preocupe que eu contratei um rapaz para poder cuidar disso enquanto eu e você estivermos fora, a gente vai aproveitar agora o NOSSO momento meu amor. Me diz que você aceita voltar para mim.
– Aceito quando eu ver a papelada da Elizabeth assinada.
– Ih, mas a viagem deve ser amanhã. Mas, mesmo assim eu posso deixar para o meu acionista mandar as papeladas do divórcio ao Edmundo Serrano e logo estarei divorciado finalmente dela. Só me diz que aceita. Por favor.
– Com uma condição. - Eu digo a ele.
– O que? - Ele me pergunta assustado e animado.
– Que você e eu fiquemos apenas como amigos, não terá nada entre nós. Será apenas uma viagem de amizade.
– Tudo bem Paulina, então será que a minha amiga pode aceitar o meu presente?
– Vou pensar... - Eu respondo a ele, me viro e dou um sorriso super animador para Viviana. - Acho que não vai dar, esqueci Carlos Daniel, fiquei tão animada, mas eu comecei a trabalhar aqui hoje, e não posso ir viajar logo no segundo dia.
– Bom, é aí que está, já falei com a Viviana, e essa bela jovem disse que você não precisa trabalhar mais por aí. Na verdade, olha que surpresa. Olhe para trás. - Assim que eu olho, encontro um buquê enorme de flores. Assim que pego as flores e olho para Carlos Daniel, ele ainda continua com aquele jeito que me encanta, mexendo os seus cabelos, me encarando.
– Gostou? - Ele me pergunta.
– Se gostei? Meu Deus, muito obrigada Carlos Daniel. São lindas! - É um buquê de rosas brancas, lindas e muito cheirosas.
– Amigos podem dar abraço, não é? - Ele me pergunta.
– Pode sim. E na hora do nosso abraço, um beijo acaba rolando. Nós nos encaramos, e ele veio ao meu encontro, tento desviar uma vez e na segunda vez que ele percebe o meu super desejo de querer ficar com ele, acabo beijando-o. - Eu aceito Carlos Daniel.
– Aceita se casar comigo ou ir para a viagem?
– Viagem. Porque ainda você está casado com a Elizabeth.
– Sério? Você vai amar o Brasil, amanhã passo na sua casa para irmos.
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