– Não tem como se acalma Paulina, entenda. Um milhão! Meu Deus estou sendo roubado. - Carlos Daniel diz numa neura.

– CARLOS DANIEL, SENTA AI E VAMOS PENSAR NO QUE FAZER PARA REVIRAR A HISTÓRIA VOCÊ DESSE JEITO TODO IRRITADO NÃO IRÁ ADIANTAR DE NADA! - Eu grito a ele que me olha surpreso e volta a sentar na cadeira super irritado ainda por sinal. - Olha, vamos dar um jeito nisso. Hoje Rodrigo e Julio viajar certo? Então dará tudo certo, não se preocupe. Vamos conseguir o dinheiro e ainda vamos achar o culpado, se eu fosse você avisaria o Julio, eu contei para o Rodrigo ontem já.

– Por que não me contou nada disso ontem a noite Lina? - Ele me pergunta com uma tristeza em seu olhar.

– Porque você estava transtornado ontem com a Elizabeth, e eu não posso esconder isso de você Carlos Daniel, é a fábrica da sua família, sua fábrica. Sinto muito. - Eu respondo a ele, e logo sinto a mão de Carlos Daniel sobre a minha. - Vamos para a fábrica meu amor, assim você conversa com o Julio e vai direto ao banco pedir dinheiro. Sim? Eu acho melhor pedir pro Pedro nos levar, você está muito bravo.

– Não. Vamos somente eu e você.

– Mas, Carlos Daniel...

– Paulina, será que você não entende, que ao seu lado eu tenho paz? - No mesmo instante meu coração pulsa ainda mais rápido numa intensidade bem rápida fazendo com que a minha cabeça girasse e meus lábios pedissem pelos dele. Jamais pensei em ouvir isso.

– Você me traz guerra e paz Carlos Daniel. Lutarei até o fim pela sua felicidade.

– Amor meu...

– Você sabe que é o meu amor... - Eu volto respondendo a ele. Logo, pegamos as chaves do carro e vamos direto para a fábrica, no carro Carlos Daniel se preocupava por demais com o que poderia acontecer caso a fábrica entrasse na falência, os pedidos já haviam tido uma queda e agora um milhão da fábrica havia sido roubados. Ele me perguntava sobre todos os papéis, o que o banco havia me dito e se eu tinha algum plano. Assim que chegamos na fábrica subimos direto para a sala de reuniões e encontramos Julio e Rodrigo junto de Patricia e a mala dos dois prontos para irem viajar.

– Paulina, onde está os papéis que você encontrou ontem? - Ele me diz, só dá tempo de cumprimentar cada um ali e logo corro para pegar os papéis, volto na sala de reuniões e ouço Carlos Daniel comunica-los do roubo. Rodrigo é o primeiro a se manifestar dizendo que eu já havia contado a ele. Julio fica paralisado olhando as contas no papel, seu olhar é vago ali, seu rosto perplexo.

– Vocês tem alguma dúvida de quem pode ter sido? - Julio pergunta a nós.

– Eu não faço ideia de quem seja, mas ficarei mais atento a todos dessa fábrica. - Carlos Daniel responde a Julio. - De agora em diante, todas as papeladas de todos os departamentos, até o salário dos empregados deverá ser passado na minha mesa primeiro ou... com a Paulina. - Percebo um olhar de desaprovação de Julio e Rodrigo. Mas, não digo absolutamente nada.

– O que? Como assim, meu amigo estamos juntos nessa há 7 anos. Paulina, nada contra você... Mas, ela acabou de entrar na fábrica. - Rodrigo diz a Carlos Daniel indignado.

– Reconsidere né Carlos Daniel, poxa meu marido trabalha com você há tanto tempo. Ele poderia ajudar. - Patricia diz se "intrometendo" na reunião.

– Primeiramente não estou desconfiando de vocês, e Rodrigo meu amigo, Paulina é a minha companheira, namorada... - Carlos Daniel começa a falar quando é interrompido por Julio.

– Você quis dizer amante, porque sua companheira, esposa está a essa hora na sua casa.

– Julio, irmão, não me interrompa por favor. Elizabeth é a minha ex companheira e você sabe muito bem disso, e é claro que vocês três sabem que eu e Paulina estamos juntos fará 3 meses. Estou esperando meu divórcio sair apenas com Elizabeth, para que finalmente eu e Paulina possamos ficar juntos. Continuando, Paulina por mais que tenha entrado a pouco tempo na fábrica descobriu o desvio de dinheiro em menos tempo que todos nós aqui dentro. E, agora eu só peço que redobrem o cuidado com todos na fábrica e passem tudo para a nossa mesa, de agora em diante Paulina ficará junto comigo na sala para me ajudar. E Patricia agradeço a preocupação, mas deixe isso conosco. Obrigado. Somente isso pessoal.

– Bom, nosso avião logo irá partir, o que você fará agora? - Rodrigo nos pergunta.

– Irei aos bancos e vou estudar todos esses papéis da fábrica. Boa sorte os dois e até!

– Nos vemos em 5 dias... Boa sorte, irmão. - Julio diz a Carlos Daniel dando um forte abraço nele e saindo direto da sala fazer uma ligação super importante. Nos despedimos de todos e logo Patricia vai para a sua casa, Carlos Daniel volta para a sua sala e depois de três horas ele sai de lá, indo direto ao banco, me deixando na supervisão da fábrica. Lorena, a secretária desce e fica comigo pela fábrica me apresentando a cada um dos operários.

Cerca de duas horas depois Carlos Daniel retorna a fábrica, muito feliz por uma parte, havia conseguido o empréstimo de duzentos mil para a fábrica. Mas, ainda faltavam 800 mil, mas iríamos conseguir sim o dinheiro. Mais tarde, fomos para a mansão, passamos uma tarde até que bem agradável, Elizabeth e Estephanie haviam feito compras e eu e Carlos Daniel assistimos filmes, quero dizer queríamos assistir, porque a tentação de ficar perto dele era enorme, e nos beijávamos a maior parte do filme.

A noite quando as duas chegaram, foi servido o jantar e Elizabeth havia convidado Leda para ir em casa naquela noite, ela se sentou ao meu lado de frente para Estephanie e Elizabeth estava de frente para mim, e claro havia o Willy que era "figurante" na mesa, que sempre que se sentava para jantar, entrava quieto e saia mudo, a não ser quando fazia suas incríveis piadas no jantar, ou me encarava a maior parte do tempo. E logo depois sempre saia e voltava bem tarde bêbado, mas Estephanie estava sempre dormindo aquela hora. Naquela noite, recebo uma ligação, Carlos Daniel e eu já estávamos na cama, e ouço Lalinha bater na porta me acordando. - Senhorita! Senhorita Martins!!!

– O QUE FOI LALINHA? - Eu grito do quarto para que ela não veja Carlos Daniel comigo na cama.

– Telefonema para a senhorita, é a sua amiga Célia. Ela disse que é muito importante.

– JÁ ESTOU INDO LALINHA, OBRIGADA. - Eu respondo. Me levanto e atendo o telefone que está ao lado da minha cama, e acabo despertando Carlos Daniel pela gritaria. - O que foi Célia, está tudo bem? - Eu pergunto assustada.

– Paulina, venha já para cá e traga o seu advogado, sua casa está sendo queimada!!!