— ... O abraço olhando para a minha aliança. Nem consigo acreditar que agora finalmente estamos noivos.

— Com Elizabeth na cadeia não será difícil agora o meu divórcio. E logo então, iremos nos casar. - Carlos Daniel me diz e então retira a chave do carro prestes a abrir a porta para entrarmos finalmente em casa, em sua casa, antes que eu também pudesse abrir a porta do carro e passar correndo pela chuva para entrarmos correndo em sua casa.

— Carlos Daniel, quando nos casarmos podemos por favor morar numa outra casa?

— Podemos. Claro que sim meu amor. - Ele responde e eu dou um sorriso em agradecimento e logo abro a porta do carro e saio correndo abrindo a porta e logo a primeira pessoa que vejo é Lalinha que corre para me dar um abraço. - Senhorita Paulina!!! - Ela pula e me abraça muito forte, meu braço na qual havia levado o tiro de raspão dói, mas não digo nada ao contrário a abraço ainda mais forte. Carlos Daniel entra logo em seguida e ela o cumprimenta também. - Devo fazer o seu quarto patrão? - Lalinha pergunta. - Não Lalinha, hoje pode pegar o maior quarto da casa eu e Paulina iremos ficar juntos... Dormir, é... Iremos dormir no mesmo quarto. - Ele responde. E por mais que tentasse arrumar a frase a diferença entre "ficar" e "dormir" não tinha, pois de qualquer forma deitaríamos juntos.

— Tenho uma novidade Lalinha, mas fique quieta tá bem? - Eu pergunto a ela que dá um sorriso e segura em minhas mãos.

— O que senhorita?

— Eu e Carlos Daniel iremos logo nos casar. - Eu respondo e ela pula mais uma vez. - Ahh, meu Deus senhorita Paulina!!! Parabéns... - Ela olha para Carlos Daniel que está ao meu lado com sua mão em minha cintura e também o cumprimenta novamente que dá um sorriso a ela em agradecimento.

Naquela noite deitada depois de jantar e tomar banho pela primeira vez em quase 2 meses ao lado de Carlos Daniel que me olhava e eu também, não sei como ainda havia lágrimas em meu corpo e logo já estava chorando, deixei cair uma lágrima e ele a limpou perguntando o que eu tinha. - Não sabia que estava grávida, e perdi meu bebê. - Eu respondo e coloco a minha mão na barriga, Carlos Daniel para tentar aliviar um pouco a minha dor beija minha testa e responde que logo teríamos três filhos. Eu dou uma risada e tento esquecer perguntando "Três? Por que três?"

— Bom, pretendo ter três filhos, pois sempre quis assim e pelo menos um menino que possa cuidar da minha fábrica se quiser também.

— E eu pretendo ter uma filha ao menos para fazer belos penteados e que ela tenha o baile de 15 anos...

3 Semanas depois...

Muita coisa havia ocorrido naquelas três semanas, eu já estava 95% melhor e Carlos Daniel me ajudava na fisioterapia, Célia e Edmundo estavam mais felizes do que nunca aproveitando o namoro e eu vendi meu apartamento para ela. Dei a Filomena uma nova casa também no litoral já que ela se recusava a sair dali. Estephanie estava trabalhando para o escritório de Luciano e completava 2 meses de gravidez. Também lemos ao jornal que Luciano Alcantara e Leda Duran havia se separado, e por ele ser advogado a deixou na mais total miséria fazendo com que ela aceitasse se casar com um cineasta com quem mantinha relações também. Alexandre Farina meu gerente ligou para a casa de Carlos Daniel e de algum modo soube que eu morava com ele agora e me pediu perdão por tudo o que havia feito comigo e que ele sabia que não havia sido justo, mas tudo bem... Eu o perdoei.

Carlos Daniel e Rodrigo reergueram a fábrica Bracho, trabalhavam dia e noite direto, e então pude rever Patrícia depois de muito tempo, e ela na sua generosidade convidou eu e Carlos Daniel para sermos madrinha e padrinho de sua filha Elza. E a comemoração havia sido sábado passado, a filhinha de quase 5 meses. Também naquelas 3 semanas eu e Carlos Daniel tivemos duas noites juntos na qual passei mal... Me sentia enjoada e tonta toda hora, hoje pela manhã fui ao hospital com Lalinha que quis me acompanhar enquanto Carlos Daniel ficava na fábrica, e ele ligava direto para saber como eu estava;

— Quando você chegar, eu digo amor. - Eu dizia a ele deixando-o mais preocupado e não era uma maldade, mas eu me divertia e me sentia protegida ao mesmo tempo.

Quando Carlos Daniel chegou a noite em casa veio direto a biblioteca me perguntar o que eu tinha e por que não o avisei que iria ao médico naquela manhã, eu sorri e coloquei minha mão em seu rosto. - Se acalma amor. - Eu dizia.

— Então me diz, o que você tem? - Ele perguntava aflito.

— Carlos Daniel... Eu estou grávida. - Eu respondi a ele, que demorou um tempo para me responder ou reagir. Não podia culpa-lo ele queria tanto ser pai, o quarto de Marco Enrique continuava lá mesmo fazendo 4 semanas e meia que ele havia falecido, mesmo assim Carlos Daniel pagou o funeral inteiro dele. E nunca mais entrou no quarto de que ele acreditara ser seu filho. - Não vai falar nada Carlos Daniel?

— É... É... Eu vou ser pai. Meu Deus, de verdade agora eu serei pai. - Ele responde e dá um sorriso, e se levanta me levantando também e me pega ao colo me girando pela biblioteca.

— Ai amor, para por favor. Porque hoje passei o dia inteiro tontinha. - Eu respondo a ele colocando minha mão em minha testa.

— Me perdoe! Quanto tempo Lina?

— 1 semana. - Eu respondo. Num domingo 3 dias depois que contei a notícia a ele, convidamos nossos amigos íntimos para um almoço em nossa casa onde nos levantamos e pedimos um brinde.

— A que meu amigo? - Rodrigo pergunta segurando a taça de vinho.

— Bom... Eu e Carlos Daniel como todos sabem iremos nos casar em 5 meses... E, eu acho que o nosso bebê se apressou. - Eu respondo a Rodrigo e comunicando a todos ao mesmo tempo, logo Célia corre para mim e me abraça. Uma pausa naquele almoço foi feita e então ouvi Edmundo dizer "Parabéns aos noivos e aos futuros papais que trocaram fraudas" e todos brindaram e nos cumprimentaram. Eu estava tão feliz que minha boca doía de tanto que eu dava risada. Porém, naquela noite assistindo a um notíciario sem saber de notícia alguma ainda, e Carlos Daniel conversando com Sebastian tive a notícia de que logo seria o julgamento de Elizabeth de la Vega e Julio Enrique.

Não demorou muito para que Carlos Daniel me desse a notícia do fato. A audiência seria na terça feira ás 10 horas da manhã, e depois daquele almoço quando a tarde todos foram embora fiquei na cozinha para ajudar Lalinha, Adélia e Cacilda enquanto Carlos Daniel revisava a papelada da fábrica na biblioteca. Todas comemoravam comigo a minha gravidez na cozinha.

— Patroa, vá se sentar a senhora está esperando um filho. - Cacilda se aproxima de mim e me faz sentar ao banco.

— Ah que ideia Cacilda, não se preocupe. Estamos no começo da gravidez. - Eu respondo a ela e continuo lavando a louça.

— Sabe patroa, deve ser tão bom a sensação de ter um filho na barriga. - Lalinha me comunica secando a louça que eu lavava.

— Bom, como faz pouco tempo ainda já me sinto mãe. Mas, tenho medo de que algo aconteça.

— Como o que? - Ela volta a me perguntar.

— Tenho medo de perder meu bebê.

— Ah, mas com certeza a senhora não irá perder. Todo o momento a senhora terá companhia e o médico da família atende aqui na mansão também. - Cacilde responde.

— O que a patroa deseja que nasça primeiro, um menino ou uma menininha? - Adélia me pergunta.

— Eu não sei. Mas, contanto que nasça sadio. - Eu respondo.

— E a patroa gosta de algum nome? - Adélia volta a me perguntar.

— Bom, eu e Carlos Daniel nem conversamos sobre isso ainda... Mas, eu sempre gostei de João, Daniel, Fernando, Gabriel. Para meninos é claro, para meninas eu pensava eu Paola, Amélia, Maite, e até mesmo Paula como o de minha mãe.

— São lindos os nomes! - Lalinha me responde.

— Realmente são lindos. - Era Carlos Daniel que estava parado na porta da cozinha. Com licença todas desculpe por atrapalhar a conversa, mas preciso roubar a minha noiva um instante. - Eu dou um sorriso e termino de lavar o último prato e seco minhas mãos pedindo licença e vou conversar com Carlos Daniel na sala principal. Conversamos sobre o caso de Elizabeth e Julio, temos todas as provas contra Julio só não temos contra Elizabeth a não ser sua prima Estephanie.

1º Dia de Julgamento...

Terça feira pela manhã ás 8 horas eu e Carlos Daniel nos levantamos e tomamos um café e logo fomos até o tribunal ás 9h30 chegamos até lá e ficamos numa sala reservada esperando para sermos chamados, me levantei depois de um tempo e fui ao corredor tomar água e vi Elizabeth com a roupa de prisão azul um vestido que iria até o seu joelho muito diferente do que costumava usar, seu cabelo estava oleoso e sem maquiagem alguma, ela gritou a mim "Olha no que você me transformou Paulina" eu não respondo nada e entro logo na sala de volta com Carlos Daniel.

Ás 10h em ponto fomos chamados para entrar na sala e começar a ouvir os advogados de defesa e os que eram contra. O juiz havia chegado e começou o veridicto. A primeira pessoa a depor foi Donato que depôs a favor de Elizabeth, deixando Carlos Daniel muito furioso. Julio nem ao menos estava lá, estava na sala ao lado. Depois de Donato, Estephanie foi chamada e Elizabeth sentada ao lado do advogado deu um sorriso como quem esperava ser defendida pela prima e não foi nada disso que houve pois Estephanie foi contra Elizabeth e pedia perdão por ter ficado quieta o tempo todo.

— SUA VACA, VOCÊ DISSE QUE FICARIA DO MEU LADO.- Elizabeth se levantou com as algemas ainda na mão e gritou a ela, logo o juiz a mandou sentar dando uma bronca nela.

— Que venha depor Paulina Martins. - O policial me anunciou e eu me levantei indo logo sentar a cadeira. - Jura dizer a verdade, somente a verdade, nada mais do que a verdade? Levante a mão direita e jure.

— Juro. - Eu disse com a mão direita levantada.

— Paulina Martins, como conheceu a réu? - O advogado de defesa me perguntou.

— Eu estava na casa de Carlos Daniel passando uns dias depois que minha casa foi invadida e Carlos Daniel foi fazer uma pequena viajem de negócios de sua fábrica e numa tarde ela chegou acompanhada de sua prima Estephanie e seu cunhado Willy Monteiro.

— Como foi a relação de vocês durante todo esse tempo? - Ele volta a me perguntar.

— Bom, não tínhamos uma boa relação, nem conversávamos direito.

O advogado de Elizabeth falou e me perguntou mais algumas coisas e depois fui liberada e então Carlos Daniel foi chamado, o coitado estava nervoso pois mesmo ali sentada e algemada ela era sarcástica com aquela risada, e o advogado de defesa fazia questão de lembrar que Elizabeth tinha muitos amantes e todos comentavam e o juiz irritado mandava todos se calar.

Quando ele foi liberado se sentou ao meu lado novamente e o juiz disse que depois de ouvirmos agora Julio logo ele faria o verídicto. Elizabeth foi retirada da sala e entrou Julio, novamente todos nós fomos chamados para depor, o relógio batia 12h e continuamos naquela sala.

De repente com tantas provas contra Julio, vídeos de segurança Lalinha abriu a porta e deu um grito.

— Eu tenho uma prova contra Elizabeth. - Em sua mão estava o diário dela. O juiz leu o diário e pediu um recesso, amanhã seria o dia que teríamos a resposta se seriam presos ou soltos.