Enquanto houver nós.

Descobertas/Final da segunda temporada...


– Oi meu amo... - Ele não terminou quando viu Edmundo atrás de mim, sem camisa... Eu fico parada ali na porta enquanto Carlos Daniel olha fixamente Edmundo que dá uma risada sarcástica.

– Bom dia Carlos Daniel. - Edmundo estende a mão num cumprimento a Carlos Daniel que não estende sua mão se negando a cumprimenta-lo.

– O que é isso? - Carlos Daniel pergunta a mim.

– Bom... - Eu tento começar a responder, mas Edmundo se aproxima ainda mais de mim. - Eu derrubei café em minha roupa. Sou desastrado.

– E o que você está fazendo aqui no apartamento de duas mulheres solteiras? - Carlos Daniel novamente pergunta e eu abaixo a minha cabeça respirando fundo.

– Pergunto o mesmo. - Edmundo novamente responde e joga sua camisa em seu ombro.

– Tudo bem, tudo bem... Fique aí com Paulina, eu vou voltar para a mãe do meu filho, e ficar com ela que coitada deve estar sofrendo. - Carlos Daniel responde olhando para mim dessa vez, eu por minha vez levanto a minha cabeça e então chego mais perto de Edmundo me apoiando em seu ombro enquanto ele segura minha cintura.

– Ok, vá lá realmente ela deve estar precisando de você. Eu e Ed... meu amor temos muita coisa a fazer. Bom, que ela fique bem! Até Carlos Daniel! - Eu respondo e fecho a porta na hora, ele nem me deu chance de explicar e logo jogou Elizabeth na conversa. Isso no final até que foi bom, mais uma vingança concluída... Mas, não estou feliz com isso, o amor de minha vida está ali fora agora indo embora... Assim que me viro Edmundo me encara e dá um sorriso novamente, ele encosta ainda mais perto de mim e segura em minha cintura me puxando para mais perto de seu corpo sentindo a sua respiração.

– Paulina, meu amor você sabe o quanto eu te am... - Edmundo tenta concluir o que fala mas eu o interrompo colocando minha mão em sua boca e me afasto dele. - Por favor Edmundo, sinto muito por isso. Mas, isso foi para fazer Carlos Daniel ir embora... Entende? Só para enganar, me desculpe por isso.

– Olha Paulina, serei sincero eu topo fazer isso, topo enganar Carlos Daniel, na verdade podemos engana-lo aqui agora mesmo nesse sofá. Mas, me deixe aqui com você! - Ele me responde e eu dou risada.

– Sinto muito! - Eu respondo a ele que abaixa sua cabeça - Tudo bem! - Novamente ele me responde. - Vamos trocar essa camisa, eu só não sei como pois de fato não tenho nenhuma roupa assim de homem. Tenho só uma camisa que está em meu guarda-roupas, era de Carlos Daniel... Se importa?

– Não, pode ficar com a camisa dele, não quero as roupas do homem que me deseja ver longe de você, eu já vou embora. Obrigado por aceitar o emprego e logo eu lhe envio mais detalhes, provavelmente daqui há uns 3 dias você poderá ir trabalhar comigo. - Ele me responde dá um longo suspiro e um beijo em minha bochecha e vai embora.

Assim que ele vai embora, Célia sai de seu quarto e vem ao meu encontro dizendo que havia presenciado tudo e novamente me ouve desabafar sobre Carlos Daniel. Mais tarde naquele dia meu telefone tocou e Célia atendeu "Alô?" ela perguntou e uma voz masculina falava ao telefone.

– Paulina? Filha? - Era Miguel, nessa hora eu estava no banho.

– Não, aqui é Célia amiga de Paulina, quem está falando? Filha? - Célia fica calada por um momento e logo dá um grito. - AHHHHH, VOCÊ É O PAI DE PAULINA. OLHA SENHOR, ELA NÃO ESTÁ A FIM DE FALAR COM VOCÊ.

– Você poderia falar a ela... - Ele tenta terminar e ela corta dizendo a ele naquelas respostas que somente ela consegue ter e dar. - Eu não sou uma coruja, qualquer coisa que você tenha a dizer a minha amiga, diga você. - Ela responde novamente. E desliga o telefone, quando saio do banho ela me conta o que houve e eu fico pensando se devo ou não ligar para Miguel. Eu disco o número e ligo, Deus me ajude!

– Alô? Posso falar com o senhor Miguel Díaz? - Eu pergunto ao telefone e uma senhora responde.

– Ele acaba de sair. Quem deseja falar? - Devia ser Marjorie a empregada governanta de meu pai.

– Não é ninguém, bom qualquer hora eu volto a ligar. Obrigada! - Eu respondo e desligo o telefone e Célia ansiosa logo vê que não deu em nada. Passei a noite pensando em Carlos Daniel o que eu poderia dizer a ele ou fazer, mas minha cabeça ou meu coração me enganava, é o melhor, afinal ele terá logo um filho, o tão esperado Marco Enrique... Mas, espera Elizabeth o trai e eu tenho uma breve noção que seja filho de Julio, eu sei que é horrivel pensar isso, mas é o mais obvio no momento.

2 dias depois...

Carlos Daniel não me procurou mais e eu também não o procurei embora nesses dias eu tenha visto com frequência Edmundo Serrano por assuntos da polícia e trabalho, uns acionistas não queriam me aceitar já que sabiam que eu havia sido levada como suspeita principal de homicídio... Também não falei com Miguel ou cogitei essa ideia, mas soube que Maria Julia ligou para mim pois ligaram novamente enquanto eu estava numa reunião com Edmundo Serrano e Célia me contou que ela desejava me ver...

Como eu havia começado ontem pela manhã a fazer minhas aulas de habilitação para que eu pudesse realmente ter a prova que de fato Julio é o amante de Elizabeth e logo Carlos Daniel poderia fazer algo a respeito por mais doloroso que fosse. Hoje pela manhã de terça-feira enquanto eu caminhava sentindo a brisa e o som das árvores com as folhas "batendo" fui caminhar para pensar em tudo o que havia rolado na minha vida nesses dias, estava magoada com meu pai por ter feito tudo aquilo com a minha mãe e estava magoada com Carlos Daniel por desconfiar de mim e não falar mais comigo, também estava magoada pelo fato de ser suspeita na morte de Douglas Maldonado. Enquanto caminhava de longe perto do apartamento de Julio eu vi Elizabeth entrando eu quis ligar para Carlos Daniel mas não tinha um telefone ou celular, movida pela raiva que tinha naquele momento e todos os sentimentos confusos corri até o apartamento, o porteiro não quis abrir a porta para mim no começo.

– Por favor senhor, eu tenho que falar com o senhor Julio e com a senhora Elizabeth sobre a reunião que teremos... - Eu digo a ele que depois de ouvir os nomes com tanto convicção que eu falei, ele acabou cedendo e eu entrei, pude ver o elevador até o andar que ele iria, 13º. Não pensei e chamei o elevador, mas a porta ainda estava fechada e só haviam duas portas, olhei para o lado e não havia ninguém, olhei para o outro e uma camareira estava chegando.

– Posso ajudar senhorita? - A camareira me pergunta.

– Oi moça, pode sim. É que eu perdi a chave da casa do meu namorado, o Julio tem como a senhora abrir para mim? - Eu minto a ela, mas que acaba acreditando também e abre a porta que estava um som um pouco alto, assim que entro, a camareira puxa o meu braço e diz "Sei que não é a esposa, mas quem está aí junto desse rapaz certamente é esposa de alguém." e então a camareira vai embora, e eu finalmente fecho a porta e começo a procurar Elizabeth e Julio, quando encontro seu quarto consigo ver Elizabeth já retirando sua calcinha e Julio sem camisa na cama, era só isso o que eu precisava.

Elizabeth...

Eu estava bem tranquila prestes a fazer mais sexo com o meu verdadeiro "amor" quando fui surpreendida por um vulto de uma mulher saindo até a porta. - Julio, tem alguém aqui vá ver quem é. - Eu digo a ele que se levanta e na ponta dos pés vai até a pessoa, e eu o sigo indo atrás, na porta eu ouço vozes...

Paulina...

Com meu sapato na mão saio do apartamento mas no corredor quase pegando o elevador ouço Julio me chamando. - O que está fazendo aqui? - Ele grita. Eu me viro tentando dar alguma resposta mas não encontro. - Eu queria falar com você, mas acho melhor deixar para depois. - Eu respondo e entro rapidamente no elevador.

Quando consigo finalmente sair e ir para a rua respiro muito fundo e vou para a fábrica mas Carlos Daniel não iria hoje no horário que ele costumava ir, e encontro Patricia e Rodrigo que não os via há muito tempo. Patricia vem ao meu encontro trazendo consigo um bebê em seu colo, era sua filha que acabava de nascer há um tempo de 2 meses.

– Paulina, que saudades! - Ela me diz. - Essa aqui é a Elsa! - Ela levanta ainda mais a sua filha ao meu encontro e eu dou um sorriso de felicidade a ela e Rodrigo chega mais perto de Patricia. Conversamos por pouco tempo e então peço para que Rodrigo avise Carlos Daniel que preciso falar com ele hoje a noite.

Elizabeth...

– Eu não acredito que você não trancou a porta. Droga! Acabou Julio olha só, já era... A infeliz descobriu e vai contar pro trouxa do Carlos Daniel, nosso plano todo já era porque você é estúpido demais para fechar e trancar uma porta. - Eu grito a ele furiosa colocando meus sapatos enquanto ele frustrado toma um gole de tequila.

– O QUE VOCÊ QUER QUE EU FAÇA AGORA? - Ele grita. Eu vou até a cozinha onde ele está, e chegando bem perto de seu ouvido respondo. - Quero que você a mate, mas tem de ser hoje. Carlos Daniel vai ao banco pois parece que doaram 2 milhões para a sua conta misteriosamente... Nesse momento vá atrás de Paulina.

Paulina...

Meu Deus, será que tudo o que Julio havia me contado sobre Carlos Daniel era verdade? Meus pensamentos estão cada vez mais confusos meu coração estava muito rápido e eu decido por minha vez esperar Carlos Daniel entrar em contato, mas ao invés de ir para o meu apartamento fico junto de Viviana que me ligou convidando para tomar um chá de repente, mas eu não consigo dizer não e aceito.

A noite enquanto estou indo para o meu apartamento na minha rua o carro de Carlos Daniel com Pedro está parado e eu ainda não havia dado sinal de vida para Célia que deveria estar muito preocupada.

– Carlos Daniel, eu preciso conversar com você, é muito sério... - Eu digo a ele e dou um abraço que também retorna me abraçando mais forte, não acho que estivesse tão bravo como pensei...

– Você estava me enganando em relação ao Edmundo Serrano, não é meu amor? - Ele me pergunta, olho em seus olhos negros e respondo novamente. - Não é isso, bom mais ou menos... Amor, é o seguinte, eu descobri que...

Elizabeth...

Ela está ali conversando com Carlos Daniel, eu vou descer do carro aqui agora e vou ligar para Estephanie vir me buscar me deixe aqui, já sabe o que tem que fazer...

Carlos Daniel...

– POR FAVOR, ALGUÉM CHAME UM MÉDICO, SOCORRO!!! PEDRO ME AJUDE, LIGUE PARA UMA AMBULÂNCIA. PAULINA, MEU AMOR ACORDE, ACORDE!!! - Paulina havia sido atropelada.

FIM DA SEGUNDA TEMPORADA.